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IPCA-15 desacelera para 0,21%. Exterior amanhece em forte baixa

Índice de setembro tinha fechado em 0,35%. Lá fora, futuros do S&P 500 e da Nasdaq caem perto de 1%.

Por Alexandre Versignassi e Sofia Kercher
Atualizado em 26 out 2023, 09h11 - Publicado em 26 out 2023, 09h08

Bom dia!

Ou nem tanto. Porque o urso prevalece no mercado – e quem resolveu hibernar foi o touro. Os futuros dos EUA, que dão o tom da orquestra financeira global, acordaram em forte baixa: -0,8% para o S&P 500 e -1,0% para Nasdaq. Isso depois de os índices à vista terem caído, respectivamente, 1,43% e 2,43% ontem. Feio. Na Europa, o Stoxx 50 cai 1%.

A decepção com os resultados das big techs tem sido apontada como a responsável pela nova onda de baixas. Mas eles não estão vindo tão decepcionantes assim. 

A Alphabet, controladora do Google, anunciou um aumento de 11% na receita sobre o mesmo trimestre do ano anterior, acima das expectativas. O lucro por ação, medida favorita nos balanços americanos, veio em US$ 1,55 – superando o consenso, que apontava para 1,45%. Só a receita de computação em nuvem veio menor que o esperado – US$ 8,4 bi, ante uma expectativa de US$ 8,6 bi. Mas foi um crescimento de 22% em relação ao ano passado. 

O fato é que, a ação caiu 9,60% – maior tombo desde o crash de 2020. E estende as perdas no pré mercado (-1,85%).

A Meta, que soltou seu balanço ontem após o fechamento de mercado, registrou uma alta de 164% no lucro líquido, a US$ 11,58 bilhões. No lucro por ação, vieram US$ 4,39 – 20% acima do esperado (US$ 3,64). Até o número de usuários ativos do Facebook cresceu na comparação anual (5%). De negativo, só uma declaração de que a empresa está “preocupada com a incerteza do ambiente econômico”. 

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Mesmo assim, o papel cai 4,17% no pré mercado. 

É um fenômeno parecido com o da WEG. A companhia apresentou uma alta de 13% no lucro anual, a R$ 1,31 bilhão, quase em linha com a expectativa do mercado (R$ 1,31 bilhão). Mas caiu aterrorizantes 10,11%.

Ou seja: a ponta vendedora nas bolsas está tão forte que mesmo resultados sólidos não conseguem estancar a fuga de dinheiro – grana que flui para os Treasuries, que seguem na vizinhança dos 5%.  

IPCA-15: 0,21%

O IPCA-15 de outubro, que serve de prévia para a inflação do mês, subiu 0,21%, em cima da mediana das expectativas apuradas pela Broadcast, que também apontava para 0,21%. 

Trata-se de uma desaceleração ante os 0,35% em setembro – boa notícia para a curva de juros. O grupo Alimentacão e Bebidas, com deflação de 0,31%, foi o que mais puxou o índice para baixo. 

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Hoje também tem PIB dos EUA (9h30) e balanço da Vale (após o fechamento de mercado) – a expectativa é que o lucro caia 39% na comparação anual, para US$ 2,7 bilhões. 

Bons negócios, na medida do possível. 

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Humorômetro - dia com tendência de baixa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Futuros do S&P 500: -0,77%

Futuros do Nasdaq: -1,03%

Futuros do Dow Jones: -0,45%

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*às 8h54

market facts

Bitcoin dispara com possível ETF

Na terça-feira (23), o preço do Bitcoin chegou a subir 15% e bateu os US$ 35 mil — feito que não atingia desde maio de 2022. A euforia cedeu um pouco, mas não muito: a cripto segue negociada ao redor de US$ 34 mil. 

Tudo isso graças a novos burburinhos em torno de um possível fundo de índice (ETF) de Bitcoin da BlackRock, nos Estados Unidos. Na terça, a gestora registrou o ETF sob o código $IBTC no site de uma empresa que presta serviços para a Nasdaq.

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Só que a SEC ainda não aprovou a criação do fundo, e há quase uma década vem negando pedidos semelhantes sob o argumento de que os ativos não oferecem segurança o suficiente para investidores. Mas os entusiastas cripto estão otimistas de que, com a chancela da maior gestora do mundo, o Bitcoin poderá adentrar novamente em um tão sonhado bull market. A ver.

Agenda

9h00: IPCA-15 de outubro

9h15: Banco Central Europeu divulga sua decisão sobre a taxa de juros no continente  

9h30, EUA: Número de pedidos de entrada no seguro desemprego na semana passada

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9h30: PIB dos EUA

    Europa

          • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -1,07%
          • Londres (FTSE 100): -0,86%
          • Frankfurt (Dax): -1,51%
          • Paris (CAC): -0,84%

          *às 8h42

          Fechamento na Ásia

          • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,28%
          • Hong Kong (Hang Seng): -0,24%
          • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -2,14%
          Commodities
          (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
                            • Brent: -1,58%, a US$ 88,71 por barril
                            • Minério de ferro: 0,69%, a US$ 119,75 por tonelada na bolsa de Dalian, na China

                            *às 8h40

                            Vale a pena ler:

                            Um ano de Elon Musk no X

                            Em outubro de 2022, Elon Musk entrou no Twitter (agora X) com uma missão: tchau, publicidade e olá, assinaturas premium. Um ano depois, a análise de um pesquisador independente estima que a empresa convenceu menos de 1% dos usuários a se inscreverem, gerando uma receita de US$ 120 milhões anuais — bem menos do que os US$ 4,5 bilhões de receita publicitária da empresa na era pré-Musk.

                            Depois de um ano reduzindo o valor de sua empresa em bilhões de dólares, o bilionário tem que lidar com uma companhia com menos funcionários, menos usuários, menos receita, e muito mais desinformação. Leia nesta reportagem da Bloomberg.

                            -
                            (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

                            Antes da abertura de mercado

                            EUA: Ford e Mastercard

                            Após o fechamento de mercado:

                            Brasil: Multiplan, Suzano e Vale

                            EUA: Amazon e Intel

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