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Investidores em deprê pré-recessão global

Bolsas amanhecem no negativo após nova revisão para o PIB.

Por Tássia Kastner e Camila Barros
Atualizado em 18 out 2024, 14h16 - Publicado em 8 jun 2022, 08h33
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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O problema é o crescimento – de novo. Nesta manhã, a OCDE reduziu a previsão do PIB global em 2022 para 3,0%, ante 4,5% previstos antes. Os culpados são velhos conhecidos: inflação + guerra na Ucrânia.

É o que assombra investidores novamente nesta quarta-feira. Os futuros americanos amanheceram em queda, mesmo sinal das bolsas europeias. 

No bloco europeu, os sinais são mistos. O PIB da Zona do Euro avançou no primeiro trimestre acima das expectativas do mercado (0,6% ante o quarto trimestre, a estimativa era de 0,3%).

Beleza. O problema é que amanhã os membros do Banco Central Europeu se reúnem para decidir o futuro da política monetária no bloco. E aí a coisa tende a apertar. Até aqui, eles vinham sendo mais cautelosos que outros BCs no mundo, alegando que o problema da inflação era mais de oferta (efeito-guerra) do que excesso de demanda (já que o crescimento do bloco pode ter sido maior, mas é modesto).

Ainda assim, agora a expectativa é que eles decidam encerrar o problema de compra de títulos (o instrumento que injeta dinheiro na economia) e sinalizem com a primeira alta de juros.

É a medida de combate à inflação, mas que pode frear ainda mais o crescimento. O problema não é só macro. Empresas começam a mostrar os efeitos negativos da reviravolta econômica. O Credit Suisse avisou o mercado que deve ter prejuízo no segundo trimestre.

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No Brasil, as expectativas não são melhores. A OCDE agora estima que o PIB do país crescerá pífios 0,6% no ano, ante a expectativa anterior de 1,4%. E para piorar, a economia agora enfrenta piruetas do governo para tentar reduzir o preço dos combustíveis.

O efeito colateral deve ser combustível ainda mais caro. A irresponsabilidade fiscal fez o dólar disparar ontem – o que, além de tudo, causa mais inflação.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: -0,34%

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Futuros Nasdaq: -0,21%

Futuros Dow: -0,42

*08h18

 

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,27%

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Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,36%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,50%

Bolsa de Paris (CAC): -0,71%

*às 08h04

Fechamento na Ásia

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Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,97%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,04%

Hong Kong (Hang Seng): 2,24%

Commodities

Brent*: 0,85%, a US$ 121,60

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Minério de ferro: 0,24%, a US$ 144,75 por tonelada em Singapura

*às 08h25

Agenda

Bolsonaro viaja aos EUA para participar da Cúpula das Américas

market facts

Debandada nos fundos chega à renda fixa

Os fundos de investimento perderam R$ 64 bilhões em maio, ampliando a sangria que vem desde o começo do ano. A novidade é a retirada de R$ 22,3 bilhões dos fundos de  renda fixa no mês passado. Eles vinham driblando a crise do mercado graças à alta de juros – a categoria ainda lidera os aportes no setor, com captação líquida de R$ 97,9 bilhões, segundo relatório da Anbima (a associação das empresas do mercado de capitais).

 

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Tipo-máquina

Estamos trabalhando como máquinas – seja porque somos monitorados ou porque fomos condicionados a responder mensagens e emails em tempo real. Esse nem é o maior problema. O ponto é que maior produtividade se mede em geração de riqueza, e não é o que tem acontecido, de acordo com este texto do Financial Times.

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