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Investidor comemora desaceleração do PIB dos EUA com alta de 2% no S&P 500

VALE3 avança 2,12% mesmo após balanço fraco e segura Ibovespa no azul: +0,60%. Amazon (AMZO34) dispara no after.

Por Tássia Kastner
27 abr 2023, 17h36
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 (Brenna Oriá/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
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O PIB americano trouxe, nesta quinta-feira, o primeiro sinal de que a subida de juros do Fed está trazendo algum impacto sobre a economia dos EUA. O crescimento no 1º trimestre foi de 1,1% na taxa anualizada (uma espécie de exercício didático de qual seria o crescimento em 12 meses caso o resultado do trimestre se repetisse nos períodos seguintes).

Esse desempenho foi pífio quando comparado com a alta de 2% esperada por economistas. E uma desaceleração profunda na comparação com os 2,6% do quarto trimestre de 2022.

Esse seria um indício de que o Fed poderia vislumbrar um fim para o seu aumento de juros, uma notícia que merece ser comemorada por investidores de Wall Street (do mundo). E foi mesmo: o S&P 500 avançou 1,96%, e o Nasdaq, 2,43%. Uma festa.

Só tem um problema: examinando as entranhas do PIB e a inflação do país, o quadro não é mais tão alentador assim. Primeiro porque a derrapada da economia está associada à redução de estoques, e não a uma queda desejada no consumo. E como as famílias continuam indo às compras como nunca, a inflação passou por um repique. Subiu para 4,9%, o maior patamar em um ano.

É a combinação do pior de dois mundos (baixo crescimento e preços em alta), um cenário chamado de estagflação. Para saber se o pesadelo vai mesmo se instaurar, será preciso aguardar o segundo trimestre.

Por hoje, investidores abraçaram o lado meio cheio do copo, isso com um empurrão da Meta. As ações da empresa de Zuckerberg dispararam mais de 10% com resultados melhores que o esperado em publicidade, promessas de cortes de custos e guidance maior para o segundo trimestre. Ou seja, é como dizer que o pior ficou para trás.

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Confirmando essa tendência, as ações da Amazon saltaram também mais de 10% no after market, também celebrando resultados melhores que o esperado pelo mercado e projeções ainda mais otimistas para o 2ºtri.

No cômputo geral, é como se os investidores estivessem vendo um bombardeio, mas comemorando a existência de um abrigo anti-bombas.

Vale

A Faria Lima também vestiu óculos cor-de-rosa nesta quinta, e o Ibovespa avançou 0,60%. Quem carregou o sinal positivo foi a Vale, também num conjunto de fatores bastante improváveis.

Na noite de ontem, a companhia anunciou uma queda de 51% no lucro da empresa no 1ºtri, resultado da queda nos preços do minério de ferro e nas vendas da companhia no período. A mensagem é a mesma dos Estados Unidos: uma desaceleração econômica ainda está se desenhando, com riscos de terminar em recessão.

Mas investidores preferiram se apegar às promessas futuras da empresa, como investimentos num braço “startup” para avançar nos minérios necessários para a transição energética. Resultado: uma alta de 2,12% em VALE3

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Por hoje, é o alento que todo investidor precisa. Até amanhã.

Maiores altas

3R (RRRP3): 11,10%

MRV (MRVE3): 7,98%

Locaweb (LWSA3): 3,71%

Grupo Soma (SOMA3): 3,62%

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BTG Pactual (BPAC11): 3,35%

Maiores baixas

Petz (PETZ3): -4,87%

Pão de Açúcar (PCAR3): -3,84%

Sabesp (SBSP3): -3,61%

Petrobras (PETR3): -2,90%

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Assaí (ASAI3): -2,86%

Ibovespa: 0,60%, a 102.923 pontos

Nova York

Dow Jones: 1,58%, a 33.827 pontos

S&P 500: 1,96%, a 4.136 pontos

Nasdaq: 2,43%, a 12.142 pontos

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Dólar: -1,52%, a R$ 4,9802

Petróleo

Brent: 0,64%, a US$ 78,22

WTI: 0,62%, a US$ 74,76

Minério de ferro: 0,56%, a US$ 103,06 por tonelada na bolsa de Dalian

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