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Inflação acelera para 11,30% em 12 meses, a maior desde 2003

Mercado financeiro termina a semana em tom mais positivo, depois da tormenta do Fed.

Por Tássia Kastner
Atualizado em 8 abr 2022, 10h02 - Publicado em 8 abr 2022, 08h31

Bom dia!

Não há sinal de trégua para a inflação. O IBGE divulgou nesta sexta que IPCA de março foi a 1,62% no mês – uma bela aceleração ante o 1,01% em fevereiro. Isso significa que a inflação em 12 meses chega a 11,30% em 12 meses.

Quando se pensa em inflação de dois dígitos, a memória recente é do período de 2015 a 2016. Só que a marca de 11% em 12 meses é bem mais antiga, de 2003 – o primeiro ano do governo Lula, impactado pela disparada do dólar.

O governo Bolsonaro está tentando lançar medidas, do jeito que pode, para baixar os preços. Uma delas é antecipar em 15 dias o fim da sobretaxa imposta sobre a conta de luz para compensar a crise hídrica. Analistas ouvidos pelo Valor Econômico dizem que o efeito sobre os preços deve ser nulo.

A outra é interferir na Petrobras no esforço de segurar os preços dos combustíveis, ainda que não seja possível cravar quanto o buchicho ao redor da estatal será efetivo.

O choque inflacionário é pauta no mundo todo. Nesta sexta, a ONU divulgou que os preços dos alimentos saltaram 13% no mês passado, uma consequência direta da guerra na Ucrânia, já que a região é grande produtora.

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Por lá, o governo ucraniano acusa a Rússia de um novo massacre de civis durante a evacuação de uma cidade. O mercado financeiro, por enquanto, não se abalou. Os futuros americanos começam a sexta no positivo, a mesma direção das bolsas americanas.

Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros S&P 500: 0,32%

Futuros Nasdaq: 0,34%

Futuros Dow: 0,37%

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*às 8h15

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): 1,47%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 1,02%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,39%

Bolsa de Paris (CAC): 1,42%

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*às 7h22

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,51%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,36%

Hong Kong (Hang Seng): 0,29%

 

Commodities
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Brent: 0,70%, a US$ 101,28*

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Minério de ferro: -0,63%, a US$ 155,55 por tonelada em Cingapura

*às 7h20

Agenda
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9h IBGE divulga inflação de março

10h Anfavea divulga produção de veículos em março

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market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Façam o que eu digo (e o que eu faço)

A Berkshire Hathaway, empresa de Warren Buffett, comprou uma fatia de 11% da fabricante de computadores e impressoras HP por um valor estimado em US$ 4,2 bilhões. Buffett é um midas de ações: após o anúncio, os papéis da HP dispararam e fecharam com valorização de quase 15%. Além da HP, Buffett tem outras empresas tech no seu portfólio, a mais famosa delas é a Apple. A diferença, hoje, é que a HP é uma empresa “barata”. O P/L da companhia está tão baixo quanto o da Petrobras, em 3,5. O da Apple é de 28. Um dos princípios da filosofia de Buffett é comprar ações baratas: a aquisição da fatia da HP mostra que ele tem seguido à risca a ideia de faça o que eu digo e também o que eu faço.

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Onde elas ganham mais

Um estudo do Pew Research mostra que existem 22 regiões metropolitanas nos Estados Unidos em que as mulheres jovens ganham mais do que seus pares homens. Uma das explicações é que os salários maiores tipicamente são pagos a pessoas com ensino superior, e hoje há mais mulheres que homens concluindo a graduação. Esse é o lado meio cheio do copo, claro. A verdade é que a pesquisa acompanha mais de 200 regiões. E o segundo problema é que homens progridem mais na carreira, e ao cruzar a barreira dos 30, eles passam a ganhar mais do que elas. Leia aqui na Bloomberg.

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