Continua após publicidade

Inflação brasileira e emprego nos EUA pautam as bolsas nesta sexta

À espera dos dados, investidores começam o dia em cima do muro, enquanto o petróleo continua a subir.

Por Tássia Kastner
8 out 2021, 08h17

Bom dia!

Antes de acabar, a semana ainda promete mais emoções a investidores. Às 9h, o IBGE divulga a inflação do país e, às 9h30, os EUA divulgam dados sobre o mercado de trabalho de lá.

Por aqui, a expectativa é bastante salgada: aceleração da inflação para 1,25% em setembro. Se há alguma esperança, ao menos o Banco Central considera que o mês passado foi o pico de preços no país. Claro, ele precisa combinar isso com o petróleo. 

O preço do barril continua subindo no mercado internacional, dado os baixos estoques para a travessia do inverno no hemisfério norte. Nesta sexta, o brent sobe 0,88%.

Nos EUA, dados sólidos do mercado de trabalho devem reforçar as apostas de uma recuperação firme da economia do país, isso apesar do avanço da variante delta por lá. Segundo o The Wall Street Journal, economistas esperam que tenham sido criados 500 mil empregos no mês passado, o dobro de agosto. A taxa de desemprego deve ter caído de 5,2% para 5,1% – no Brasil, estamos ao redor de 14%.

Mesmo que não venha um número tão robusto, investidores americanos ainda tendem a ficar com o copo meio cheio: de que a economia dos EUA vai bem o suficiente para suportar a retirada gradual de estímulos a partir de novembro. O número só seria considerado uma tragédia se ficar abaixo de 200 mil, disseram especialistas ouvidos pela Bloomberg.

Continua após a publicidade

Com esse cenário, investidores começaram o dia no modo indeciso, com os futuros americanos rondando a estabilidade. Boa sexta – e se você não fizer feriadão, nos vemos na segunda. 

humorômetro: o dia começou sem tendência definida

Futuros S&P 500: +0,09%

Futuros Nasdaq: +0,04%

Futuros Dow:  +0,12%

Continua após a publicidade

*às 8h00

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,18%

Bolsa de Londres (FTSE 100): +0,09%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,07%

Continua após a publicidade

Bolsa de Paris (CAC): -0,36%

*às 8h01

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): +1,31%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): +1,34%

Continua após a publicidade

Hong Kong (Hang Seng): +0,55%

Commodities

Brent: +0,61%, a US$ 82,45

às 8h17

Agenda

Continua após a publicidade

9h IBGE divulga a inflação para o mês de setembro. O mercado financeiro espera uma alta de 1,25 %

9h30 EUA anunciam o payroll, dados oficiais de emprego do país, para o mês de setembro,

14h Roberto Campos Neto, presidente do BC, falará sobre economia e política monetária em evento do Itaú BBA.

market facts

Tesouro mais barato

A taxa de custódia do Tesouro Direto vai cair no próximo ano. A partir de 2022, a taxa de custódia cobrada de quem tem títulos públicos cairá para 0,20% ao ano, dos atuais 0,25%. A cobrança é feita semestralmente, em janeiro e julho. Investimentos de até R$ 10 mil em Tesouro Selic são isentos da cobrança.

De mudança

A Tesla vai deixar a Califórnia e passará a ter sede no Texas, o estado onde a montadora produz seu modelo Y e deve começar a produzir o Cybertruck. Segundo a Bloomberg, é um movimento que outras companhias já fizeram, caso da HP, da Oracle e da Charles Schwab, a corretora que a XP copiou. O Texas cobra impostos mais baixos, tem custo de vida menor (portanto, dá para pagar salários menores) e ainda menos regulações para empresas. 

Vale a pena ler:

O mistério da stablecoin
Em julho, Janet Yellen e membros da SEC (a CVM americana) se reuniram para discutir o tether, uma criptomoeda que se diz lastreada em dólar. Ou seja, para cada 1 tether circulando no mundo virtual, haveria um dólar num cofre como garantia, mas ninguém sabe se isso é realmente verdade. Para piorar, a forma de atuação da moeda se assemelha à de um banco, o que colocaria em risco todo o sistema financeiro. Leia aqui (em inglês).

Fuga da pobreza
A Folha publica nesta semana uma série de reportagens chamada Como Fugir da Pobreza. Nesta sexta, uma entrevista com Michael França, economista e coordenador do Núcleo de Estudos Raciais do Insper, discute a necessidade de mudar os empregos ocupados por negros, o que ajudaria a corrigir a desigualdade de salários na comparação com trabalhadores brancos. Leia aqui

 

 

Publicidade