Continua após publicidade

IPCA: inflação acumula alta de 5,79% em 2022

Alta de preços desacelerou em relação a 2021, quando o índice subiu 10,06%.

Por Júlia Moura
Atualizado em 10 jan 2023, 09h49 - Publicado em 10 jan 2023, 08h18

A inflação terminou 2022 com uma alta de 5,79%. O dado do IBGE veio acima do esperado e do que a meta definida pelo Banco Central (3,5%, com tolerância entre 2% e 5%). Este será o terceiro ano seguido que o IPCA ficou fora do almejado pelo BC.

As estimativas apontavam para uma alta de 5,60% na inflação oficial do país, mas os preços subiram mais do que o esperado em dezembro. No mês passado, o IPCA ficou em 0,62% contra uma previsão de 0,45%. 

Em 2021, o IPCA acumulou uma alta bem maior, de 10,06%. Naquele ano, a Selic começou na mínima histórica de 2% e terminou a 9,25%.

Para 2023 a meta definida pelo banco é de 3,25%, com intervalo de tolerância entre 1,75% e 4,75%. É provável que a Selic de 13,75% tenha maiores efeitos sobre a inflação este ano, o que torna este alvo mais alcançável.

O vilão da vez

Continua após a publicidade

Os maiores contribuintes para a inflação de 2022 estão no grupo de alimentação e bebidas, que ficou 11,64% mais caro na comparação anual, com um impacto de 2,41 ponto percentual no IPCA como um todo. Em 2021, a alta foi menor, de 7,94%

Dentro desse grupo, foi a alimentação no domicílio que mais pesou no bolso (alta de 13,23%). Os maiores vilões do supermercado foram a cebola, que mais que dobrou de preço (130,14%), e o leite (26,18%). Outros itens que encareceram foram a batata-inglesa (51,92%), as frutas (24%) e o pãozinho francês (18,03%).

Em seguida, os produtos que mais impactaram a vida do brasileiro foram saúde e cuidados pessoais, que tiveram uma inflação de 11,43%.

O maior salto, por sua vez, foi do preço das roupas, com alta de 18,02%.

Continua após a publicidade

Já transportes foi o grupo que teve a maior queda (-1,29%), com a desoneração dos combustíveis. A gasolina, por exemplo, ficou 25,78% mais barata.

Cidades que mais encareceram 

Dentre as capitais, os preços subiram mais no Rio de Janeiro (6,65%) por conta das altas no seguro voluntário de veículo (45,36%), emplacamento e licença (29,22%) e nos produtos farmacêuticos (16,98%).

Logo em seguida, vem São Paulo, com um IPCA de 6,61% em 2022.

Continua após a publicidade

Já Porto Alegre teve a menor alta de preços (3,61%), graças às quedas de 30,90% na gasolina e de 33,18% na energia elétrica residencial.

Publicidade