Índices futuros de NY avançam e Ibov tem chances de renovar o melhor fechamento do ano
Petróleo se recupera do tombo de 5% ontem e avança 1% nesta manhã. O IBC-Br, que mede a atividade econômica do país, será divulgado às 9h.
Aos 124.639 pontos, o Ibovespa está em seu maior patamar desde meados de 2021 — e, ao que indicam as primeiras movimentações do dia no exterior, pode ter fôlego para subir ainda mais alto. As principais bolsas europeias operam em alta, assim como os futuros do S&P 500 (+0,25%) e do Nasdaq (+0,06%).
O pano de fundo segue sendo os dados de inflação e do mercado de trabalho dos últimos dias e que alimentam a leitura de que o Federal Reserve não precisará mais elevar os juros para além dos atuais 5,50%. Hoje, três dirigentes do Fed terão agenda pública e a expectativa é para novas sinalizações positivas com relação ao futuro da taxa básica.
O alívio nos juros americanos tende a ajudar os negócios por aqui, mas Brasília também segue no radar. Hoje, Roberto Campos Neto, presidente do BC brasileiro, fará o seu primeiro pronunciamento após o governo federal bater o martelo sobre a não alteração da meta fiscal (pelo menos em 2023).
No início do mês, o Copom deu um puxão de orelha no governo e alertou que uma mudança nas expectativas poderia impactar a trajetória da Selic. Sem o risco de deterioração do cenário fiscal no curto prazo, o mercado espera a continuidade do ciclo de queda dos juros — e um tapinha nas costas do governo por parte do presidente do BC.
O assunto ainda pode voltar em 2024, mas, por ora, Brasília está focada nos projetos que podem elevar a arrecadação e dar fôlego ao orçamento: como a taxação dos fundos exclusivos, PL das apostas esportivas, subvenção do ICMS e conclusão da reforma tributária.
Na agenda, o destaque desta sexta-feira fica com a divulgação do IBC-Br, às 9h. O indicador é um bom termômetro da atividade econômica brasileira e pode alterar as projeções de crescimento do mercado. A expectativa é de uma alta de 0,20% em setembro. Em agosto, o recuo foi de 0,77%.
Depois de cair 4,81% ontem, o petróleo engata uma recuperação de 1% nesta manhã e também pode ajudar o Ibovespa hoje, puxando empresas de peso como a Petrobras.
- Futuros do S&P 500: 0,25%
- Futuros do Nasdaq: 0,06%
- Futuros do Dow Jones: 0,28%
*às 8h20
Fabricante do Ozempic gastará US$ 6 bilhões para expandir produção
A ideia da Novo Nordisk é atender à demanda crescente pelo medicamento, construindo uma nova instalação na Dinamarca. A planta terá 170 mil metros quadrados, e será finalizada gradualmente nos próximos anos, de 2025 a 2029. A ideia é contratar 3 mil funcionários para a realização da obra, e empregar 800 pessoas quando ela for concluída (para entender como o sucesso do remédio mexe com a economia da Dinamarca, veja aqui).
A farmacêutica luta para manter a liderança no mercado de remédios contra a obesidade (que deve atingir US$ 100 bilhões de valor até 2030, segundo dados da Bloomberg). Mercado esse que consolidou a Novo Nordisk como a empresa de capital aberto mais valiosa da Europa, desbancando a LVMH, dona da Louis Vuitton.
Mas a Pax Dinamarquesa pode ser perturbada por novos concorrentes. Semana passada, a farmacêutica americana Eli Lilly recebeu permissão dos reguladores nos EUA e Reino Unido para comercializar o Zepbound, também usado para perda de peso. O produto é mais barato que o Ozempic — e pode desencadear uma guerra de preços.
Em todo caso, isso é papo para o futuro. Por agora, as ações da Novo Nordisk já subiram 75% em 12 meses, e seu valor de mercado já ultrapassou o PIB da Dinamarca. Para a concorrência: held og lykke (boa sorte!).
▪️ 09h00 — IBC-Br de setembro
▪️ 10h00 — Roberto Campos Neto participa de live dos jornais Valor Econômico e O Globo
▪️ Ao longo do dia, três dirigentes do Fed participam de eventos públicos: Michael Barr, Susan Collins e Austan Goolsbee.
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,83%
- Londres (FTSE 100): 0,90%
- Frankfurt (Dax): 0,89%
- Paris (CAC):0,89%
*às 8h20
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,12%
- Hong Kong (Hang Seng): -2,12%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,48%
- Brent*: 1,15%, a US$ 78,31
- Minério de ferro: -0,42%, a US$ 131,51 por tonelada na bolsa de Dalian (China)
*às 8h20
The Lord of The Deep
Existem cerca de 3 milhões de naufrágios no oceano, que carregam um tesouro incalculável de bilhões de dólares. Mas chegar até eles é difícil, perigoso e, claro, terrivelmente caro.
Recentemente, os avanços da tecnologia subaquática abriram partes do fundo oceânico nunca antes exploradas. Além dos tesouros culturais, é possível encontrar minerais raros, petróleo, gás, metais de baterias e criaturas desconhecidas pela ciência — em um local fora do alcance de qualquer regulador estatal. O que importa mesmo, então, é chegar primeiro.
Anthony Clake, um executivo de fundos de investimentos de 43 anos que raramente sai da terra firme, entendeu isso como ninguém. Nesta reportagem, a Bloomberg mostra como ele conseguiu organizar uma operação que recuperou tesouros perdidos nos 4 cantos do planeta. E como conseguiu manter esse notável empreendimento em segredo – até agora.