IGP-M de maio mostra que preços caíram bem mais do que o esperado

Índice tem deflação quatro vezes maior do que o previsto. Em volta do feriado, EUA comemoram acordo para elevar teto da dívida.

Por Júlia Moura, Camila Barros
Atualizado em 21 out 2024, 10h30 - Publicado em 30 Maio 2023, 08h35
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

Se esperava uma deflação em maio. Mas não tamanha. O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), calculado pela FGV, apontou que neste mês houve queda de 1,84% nos preços em relação ao mês anterior, bem mais que o recuo de 0,45% esperado pelo mercado e que a deflação de 0,95% registrada em abril. Este é o segundo mês seguido de forte queda nos preços, cortesia da queda nos preços dos combustíveis e da Selic a 13,75% ao ano.

No ano, o índice acumula uma queda de 2,58%. Em 12 meses, o recuo é maior, de 4,47%.Em maio de 2022, o cenário era bem diferente, com uma alta de 10,72% do IGP-M em 12 meses. 

Tamanha queda nos preços possibilita um eventual recuo da Selic, como deseja o governo Lula, mas é necessário que ela também apareça de forma constante no IPCA, índice oficial de inflação do país, especialmente em seu núcleo. Ou seja, nos itens que não são energia e nem alimentos.

Sem calote à vista

Depois do feriado do Memorial Day, os índices futuros americanos operam em alta com a  expectativa de aprovação de um novo teto para a dívida americana, evitando, pela 79ª vez, o calote dos Estados Unidos.

Mesmo com parte dos republicanos contra o projeto, o presidente Joe Biden conseguiu um acordo provisório com o presidente da Câmara do país, Kevin McCarthy, o que indica que a liberação de mais dinheiro para pagar a dívida de US$ 31,788 trilhões deve ser aprovada no 

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Congresso amanhã. O limite era de US$ 31,4 trilhões e foi ultrapassado em janeiro. 

Sem o novo teto, o país ficaria sem dinheiro para arcar com todas as suas obrigações na próxima segunda, dia 5.

O mercado está confiante na aprovação da medida, levantado o futuro do S&P 500 em 0,45% nesta manhã. 

Bons negócios!

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros do S&P 500: 0,45%

Futuros do Dow Jones: -0,02%

Futuros do Nasdaq: 1,10%

*às 8h24

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market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Desce e sobe de preços

O consumidor deve se preparar para uma montanha russa no preço do combustível nos próximos meses, de acordo com cálculos de Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Rena. A nova política de preços da Petrobras reduziu em 12,6% o valor da gasolina vendida para as refinarias. Segundo dados da economista cedidos para O Globo, isso deve diminuir o preço da gasolina nas bombas em 2% até o fim deste mês.

Só que, em junho, entrarão em vigor mudanças no valor do ICMS: o imposto será de R$1,22 por litro de gasolina ou etanol – hoje a média é de R$ 1,08/litro. Além disso, em julho, chegará ao fim a desoneração de tributos federais sobre combustíveis.

Segundo Andréa, o combo de tributos deve provocar a alta de 5,64% no valor da gasolina. 

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Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

11h: índice de confiança do consumidor americano em maio;

14h: presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin participa de bate-papo em evento da Nabe;

14h30: Fazenda divulga resultado do Tesouro de abril;

15h: Secretário do Tesouro, Rogério Ceron, comenta resultado em coletiva;

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16h: Comitê de Regras da Câmara dos Representantes analisa projeto de lei sobre teto da dívida;

22h30: PMI composto da China em maio, PMI industrial e PMI de serviços.

Europa
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Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,17%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,62%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,45%

Bolsa de Paris (CAC): -0,50%

*às 8h11

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,1%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,30%

Hong Kong (Hang Seng): 0,24%

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent*: -1,49%, a US$ 75,95

Minério de ferro: -0,28%, a US$ 99,89 por tonelada na bolsa de Dalian

*às 8h27

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Varejistas mais transparentes 

O caso Americanas melhorou a forma que varejistas listadas na B3 divulgam seus resultados, de acordo com um levantamento da consultoria empresarial FTI Consulting. Das 10 empresas com perfil similar ao da Americanas na bolsa, 7 são mais transparentes em relação às despesas com risco sacado – uma operação que antecipa o pagamento de fornecedores por meio de empréstimos com bancos. O assunto esteve no centro do escândalo da Americanas, já que a empresa excluia esse tipo de despesa de seus balanços. A Folha mostra detalhes do levantamento aqui

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