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IGP-M de maio mostra que preços caíram bem mais do que o esperado

Índice tem deflação quatro vezes maior do que o previsto. Em volta do feriado, EUA comemoram acordo para elevar teto da dívida.

Por Júlia Moura, Camila Barros
30 Maio 2023, 08h35

Bom dia!

Se esperava uma deflação em maio. Mas não tamanha. O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), calculado pela FGV, apontou que neste mês houve queda de 1,84% nos preços em relação ao mês anterior, bem mais que o recuo de 0,45% esperado pelo mercado e que a deflação de 0,95% registrada em abril. Este é o segundo mês seguido de forte queda nos preços, cortesia da queda nos preços dos combustíveis e da Selic a 13,75% ao ano.

No ano, o índice acumula uma queda de 2,58%. Em 12 meses, o recuo é maior, de 4,47%.Em maio de 2022, o cenário era bem diferente, com uma alta de 10,72% do IGP-M em 12 meses. 

Tamanha queda nos preços possibilita um eventual recuo da Selic, como deseja o governo Lula, mas é necessário que ela também apareça de forma constante no IPCA, índice oficial de inflação do país, especialmente em seu núcleo. Ou seja, nos itens que não são energia e nem alimentos.

Sem calote à vista

Depois do feriado do Memorial Day, os índices futuros americanos operam em alta com a  expectativa de aprovação de um novo teto para a dívida americana, evitando, pela 79ª vez, o calote dos Estados Unidos.

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Mesmo com parte dos republicanos contra o projeto, o presidente Joe Biden conseguiu um acordo provisório com o presidente da Câmara do país, Kevin McCarthy, o que indica que a liberação de mais dinheiro para pagar a dívida de US$ 31,788 trilhões deve ser aprovada no 

Congresso amanhã. O limite era de US$ 31,4 trilhões e foi ultrapassado em janeiro. 

Sem o novo teto, o país ficaria sem dinheiro para arcar com todas as suas obrigações na próxima segunda, dia 5.

O mercado está confiante na aprovação da medida, levantado o futuro do S&P 500 em 0,45% nesta manhã. 

Bons negócios!

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros do S&P 500: 0,45%

Futuros do Dow Jones: -0,02%

Futuros do Nasdaq: 1,10%

*às 8h24

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Desce e sobe de preços

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O consumidor deve se preparar para uma montanha russa no preço do combustível nos próximos meses, de acordo com cálculos de Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Rena. A nova política de preços da Petrobras reduziu em 12,6% o valor da gasolina vendida para as refinarias. Segundo dados da economista cedidos para O Globo, isso deve diminuir o preço da gasolina nas bombas em 2% até o fim deste mês.

Só que, em junho, entrarão em vigor mudanças no valor do ICMS: o imposto será de R$1,22 por litro de gasolina ou etanol – hoje a média é de R$ 1,08/litro. Além disso, em julho, chegará ao fim a desoneração de tributos federais sobre combustíveis.

Segundo Andréa, o combo de tributos deve provocar a alta de 5,64% no valor da gasolina. 

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

11h: índice de confiança do consumidor americano em maio;

14h: presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin participa de bate-papo em evento da Nabe;

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14h30: Fazenda divulga resultado do Tesouro de abril;

15h: Secretário do Tesouro, Rogério Ceron, comenta resultado em coletiva;

16h: Comitê de Regras da Câmara dos Representantes analisa projeto de lei sobre teto da dívida;

22h30: PMI composto da China em maio, PMI industrial e PMI de serviços.

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,17%

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Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,62%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,45%

Bolsa de Paris (CAC): -0,50%

*às 8h11

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,1%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,30%

Hong Kong (Hang Seng): 0,24%

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent*: -1,49%, a US$ 75,95

Minério de ferro: -0,28%, a US$ 99,89 por tonelada na bolsa de Dalian

*às 8h27

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Varejistas mais transparentes 

O caso Americanas melhorou a forma que varejistas listadas na B3 divulgam seus resultados, de acordo com um levantamento da consultoria empresarial FTI Consulting. Das 10 empresas com perfil similar ao da Americanas na bolsa, 7 são mais transparentes em relação às despesas com risco sacado – uma operação que antecipa o pagamento de fornecedores por meio de empréstimos com bancos. O assunto esteve no centro do escândalo da Americanas, já que a empresa excluia esse tipo de despesa de seus balanços. A Folha mostra detalhes do levantamento aqui

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