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Ibovespa tenta estancar sangria, sobe 0,92%, mas fecha semana abaixo dos 100 mil pontos

Investidores apostam contra Deutsche Bank em nova rodada da crise bancária. Por aqui, Faria Lima segue à espera do substituto do teto de gastos.

Por Tássia Kastner
Atualizado em 21 out 2024, 10h37 - Publicado em 24 mar 2023, 17h26
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 (Juliana Krauss/Fotos: Getty Images/Você S/A)
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A sexta-feira foi de mezzo alívio. O Ibovespa voltou a subir, estancando a sangria que levou o índice para abaixo dos 100 mil pontos. Serviu para estancar a sangria, enquanto o mercado financeiro ao redor do mundo tenta descobrir quais são os próximos passos da crise bancária que se desenha. 

Por aqui, fechamos em alta de 0,92%, a 98.829 pontos, em um pregão mais uma vez fraco (R$ 20 bi em negócios). O dólar recuou 0,74%, a R$ 5,2511. E foi mais ou menos a mesma toada de Nova York, com ganho de 0,57% do S&P 500.

O dia foi tomado pela assombração do Deutsche Bank. O maior banco da Alemanha virou alvo dos investidores e passou por uma venda massiva de ações nesta sexta-feira e uma compra frenética de seguro contra calote de dívidas do banco (os CDS, no jargão do mercado).

O problema é que não há evidência de que o Deutsche esteja em situação delicada. O Citibank chegou a dizer que o alemão era vítima dos “mercados irracionais”, quando agentes do mercado entram no efeito manada sem razão.

Foi tão aleatório que o chanceler alemão, Olaf Scholz, participava de um evento em Bruxelas nesta sexta e foi questionado sobre a situação do banco. Ele afirmou que não há nada a temer. “O Deutsche Bank reorganizou e modernizou os seus negócios e é um banco muito lucrativo”, afirmou.

Desde a quebra do Silicon Valley Bank, políticos e banqueiros centrais passaram a ser convocados a falar sobre a solidez do sistema financeiro de seus países. E suas falas tentam acalmar investidores e clientes das instituições, para evitar que uma corrida bancária concretize a queda de uma instituição apenas por puro medo.

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Medo, por sinal, é a palavra que resumo o estado de ânimo de investidores desde que a alta de juros começou a abater instituições financeiras. O petróleo, que funciona como uma espécie de termômetro de recessão global, cedeu 1,20% nesta sexta, mas fechou a semana em alta.

O S&P 500 fechou a semana em alta de 1,39%. O mesmo não se pode dizer do Ibovespa, que recuou 3,09%.

Por aqui, o medo se junta com a ansiedade, e a Faria Lima anda a beira de um diagnóstico de síndrome de pânico. Tudo porque gestores e analistas esperam o anúncio da nova política fiscal do governo, isso enquanto o presidente Lula e Roberto Campos Neto travam uma batalha de perdedores sobre a taxa de juros do país.

Lula havia sinalizado que a discussão sobre o substituto do teto de gastos, o santo gral da Faria Lima, ficaria para depois da viagem à China. O presidente embarcaria amanhã, mas a viagem foi adiada para domingo e ainda está sob avaliação médica, ainda que o quadro do presidente tenha sido considerado “superestável” e ele tenha trabalhado nesta sexta-feira.

De qualquer maneira, fica o suspense na Faria Lima: quando sai o novo pacote fiscal? Uma pergunta para ser respondida na próxima semana. Nos vemos lá.

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Maiores altas

BRF (BRFS3): 10,99%

Yduqs (YDUQ3): 10,69%

Hapvida (HAPV3): 8,70%

Aliansce Sonae (ALSO3): 7,30%

Braskem (BRKM5): 7,09%

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Maiores baixas

Cogna (COGN3): -8,37%

Locaweb (LWSA3): -7,83%

Sabesp (SBSP3): -2,24%

Assaí (ASAI3): -1,97%

Vale (VALE3): -1.53%

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Ibovespa: 0,92%, a 98.829 pontos 

Nova York

Dow Jones: 0,41%, a 32.238 pontos

S&P 500: 0,57%, a 3.971 pontos

Nasdaq: 0,31%, a 11.824 pontos

Dólar: -0,74%, a R$ 5,2511

Petróleo

Brent: -1,20%, a US$ 74,59

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WTI: -1%, a US$ 69,26

Minério de ferro: 0,29%, a US$ 126,12 por tonelada na bolsa de Dalian, na China

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