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Ibovespa espera inflação nos EUA sem esperança de fechar agosto no azul

Negócios também serão guiados pelos dados de desemprego e pela proposta de Orçamento para 2024.

Por Tássia Kastner e Sofia Kercher
Atualizado em 31 ago 2023, 08h06 - Publicado em 31 ago 2023, 08h05

Bom dia!

Agosto fez jus ao ditado de “mês do desgosto” – ao menos para investidores. Para fechar no zero a zero, o Ibovespa precisaria subir 3,75% no pregão de hoje, algo altamente improvável, dado os ânimos dos investidores.

O governo submete hoje a proposta de Orçamento para 2024 com a promessa de déficit zero. O texto prevê receitas extras de R$ 168 bilhões, acima dos R$ 130 discutidos antes. O problema é que a cifra menor já era considerada menos provável de ser atingida.

Brasília, por sinal, tem brincado de morde e assopra com a Faria Lima. Ontem, o Congresso aprovou a volta do voto de qualidade no Carf (a segunda instância das disputas com a Receita Federal), uma vitória do governo. Por outro lado, a Câmara aprovou a prorrogação da desoneração da folha de pagamento com uma medida que diminuiu os encargos na conta das prefeituras, o que envolve perdas bilionárias em arrecadação – esse projeto ainda volta para o Senado. 

A notícia positiva nisso tudo é que, ao menos, a pauta está avançando, o que ajudou o Ibovespa a deixar sua sequência recorde de quedas para trás.

O fim do mês será marcado também por um combo de indicadores econômicos, que ajudam a ler o atual estado da economia do Brasil e do mundo.

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Aqui, saem os dados de desemprego para o trimestre encerrado em julho. Até junho, a taxa estava em 8% ao ano.

Lá fora, quem comanda o humor dos mercados é o PCE, o indicador de inflação usado pelo Fed. Para além de dados mais fracos de emprego e da economia americana como um todo, os investidores querem saber se a inflação está cedendo como o BC americano espera.

Por ora, investidores estão em cima do muro. Os futuros do S&P 500 estão levemente no azul, enquanto o Nasdaq recua. Definitivamente é dia de espera. Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou sem tendência definida

Futuros S&P 500: 0,07%

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Futuros Nasdaq: -0,10%

Futuros Dow Jones: 0,31%

*às 8h

market facts

São Paulo recebe aérea ultra lowcost 

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A dominicana Arajet começará suas operações no Brasil no dia 21 de setembro. A rota São Domingos (DO) → Guarulhos (SP) será feita três vezes por semana.

Os valores variam, mas é possível encontrar passagens de ida e volta a partir de R$ 2.500. Para despachar bagagem, mais R$ 500. Bagagem de mão até 10 kg, de R$ 250 a R$ 400. E não existe almoço grátis: lanches e água a bordo também são cobrados à parte. É aquele padrão das lowcost europeias: só falta cobrar pelo banheiro. 

A companhia promete passagens 50% mais baratas do que a concorrência. E neste tempos vale lembrar: não é no mesmo esquema da 123 Milhas (que não vendia a passagem em si, mas a promessa de emissão futura).

Para comparação, partindo dia 21 de setembro pela Copa Airlines, as passagens custam R$ 4.200. Pela Avianca, R$ 5.500.


Agenda

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08h30: BC divulga resultado do setor público consolidado de julho

09h: IBGE publica taxa de desemprego do trimestre encerrado em julho

09h30: EUA divulgam índice de preços de gastos com consumo (PCE) em julho, o indicador de inflação do Fed

09h30: EUA publicam pedidos semanais de auxílio-desemprego

16h: Orçamento de 2024 chega ao Congresso

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Europa

            • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,12%
            • Londres (FTSE 100): 0,05%
            • Frankfurt (Dax): 0,60%
            • Paris (CAC): -0,07%

            *às 8h

            Fechamento na Ásia

              • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,61%
              • Hong Kong (Hang Seng): -0,55%
              • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,88%

              Commodities

                      • Brent: 0,66%, a US$ 86,43
                      • Minério de ferro: 3,54% a US$ 116,48 por tonelada na bolsa de Dalian, na China

                      *às 8h

                      Vale a pena ler:
                      (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

                      Semana de 4 dias entra em teste no Brasil

                       A famosa jornada de quatro dias de trabalho (sem redução de salário) começará a ser testada no Brasil a partir do dia 5. Oficialmente, 20 companhias, que somam 400 funcionários, estão confirmadas no projeto-piloto — entre as mais de 400 que se inscreveram. Entenda como vai funcionar os testes, quais os trâmites jurídicos que ainda preocupam especialistas e algumas das empresas selecionadas nesta reportagem da Folha de S. Paulo.

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