Continua após publicidade

Game over: game baseado em NFTs é encerrado, e deixa jogadores no prejuízo 

O F1 Delta Time acabou repentinamente, tornando inúteis objetos virtuais que chegaram a custar US$ 110 mil.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 6 dez 2022, 08h25 - Publicado em 13 Maio 2022, 06h57

O F1 Delta Time era um jogo de corrida do tipo “play-to-earn” (jogue para ganhar): game que recompensa o jogador com criptomoedas próprias. A cripto aqui era o REVV. Para jogar, era preciso primeiro comprar três NFTs, os certificados digitais que autenticam a posse de algum item na blockchain do Ethereum. Nesse caso, um carro, um piloto e um conjunto de pneus.

A partir daí, a ideia era disputar corridas e receber mais criptos como recompensa, que poderiam ser usadas para aprimorar os equipamentos e assim vencer mais disputas, ou trocá-las por dinheiro real mesmo. Alguns NFTs de carros no jogo chegaram a custar mais US$ 110 mil.

O game foi um dos pioneiros do tipo, lançado em 2019. E a cotação do REVV chegou a saltar de US$ 0,01 para US$ 0,42. Mas o jogo deixou de existir repentinamente no dia 16 de março, pegando de surpresa seus jogadores. O motivo? Tratava-se de um jogo licenciado junto à Liberty Media, a empresa dona da Fórmula 1. De repente, os NFTs comprados perderam todo seu valor.

Para não deixar os jogadores totalmente no prejuízo, a Animoca Brands, empresa responsável pelo jogo, vai oferecer recompensas para quem perdeu seus itens em outro título play-to-earn, o “REVV Racing”. Mas a cripto agora vale pouco: está em US$ 0,06.

O episódio ilustra os perigos envolvendo NFTs. Por outro lado, o fato é que elas continuam bombando. No começo de maio, a Yuga Labs, os criadores das famosas NFTs Bored Apes, deram início a uma corrida do ouro ao vender lotes em seu futuro metaverso, o Otherside. No total, as compras somaram US$ 258 milhões e o frenesi foi tão grande que chegou a travar a rede Ethereum, onde rolam as transações.

Publicidade