Continua após publicidade

Futuros dos EUA começam o dia em baixa à espera do Fed

A semana trará dois índices importantes para a inflação e a atividade econômica, que podem determinar o futuro dos juros americanos. Já o maior farol para o mercado só virá na sexta, com o simpósio do BC americano.

Por Bruno Vaiano e Camila Barros
Atualizado em 22 ago 2022, 08h36 - Publicado em 22 ago 2022, 08h35
-
 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
Continua após publicidade

Os futuros amanheceram em queda livre nesta segunda. Havia desabamentos de 1,14% rolando no S&P 500 e de 1,45% na Nasdaq às 7h46. As bolsas de Nova York – e por tabela, o mercado financeiro mundial – estão sofrendo por antecipação: os dados mais importantes para o futuro próximo só saem na sexta. 

A semana se encerrará com o já tradicional simpósio anual do Fed no vilarejo de Jackson Hole, em Wyoming, e com a divulgação de um outro indicador de inflação do Tio Sam, o índice de despesas com consumo pessoal (personal consumer expenditures, PCE) de julho – considerado “o índice preferido do Fed”, ou seja, o mais determinante para auferir a quantas andam as altas de preços por lá. 

Para hoje, um aperitivo: a sucursal do Fed de Chicago anuncia o índice de atividade nacional (CFNAI) de julho às 9h30. 

O medo é o de sempre: que o PCE não venha com essa desaceleração toda e que o dado de atividade econômica de Chicago chegue forte – duas chancelas para o Fed a anunciar mais uma alta de juros pesadona na reunião que termina em 21 de setembro, após os já doloridos incrementos de 0,75 pp dos últimos meses. 

A palestra do presidente de Fed, Jerome Powell, em Jackson Hole, acontecerá com esses dados já na mesa. Logo, deve trazer informações mais sólidas sobre o futuro da “Selic” deles.  

Na Europa, onde os pregões já estão rolando, o Euro Stoxx 50 (um compilado de 50 empresas relevantes da Zona do Euro) refletiu o desânimo, bem como os índices das bolsas de Frankfurt e Paris: quedas de – 1,38%, – 1,66% e – 1,27% às 07h51. As bolsas asiáticas – que, naquele fuso horário, já encerraram seus pregões – fecharam em baixa. 

Continua após a publicidade

Aqui no Brasil, o dado da vez é o IPCA-15, agendado para quarta, com o comportamento dos preços da primeira quinzena de agosto. A expectativa é que as reduções sucessivas nos preços da gasolina e do diesel pela Petrobras – somadas ao alívio no ICMS sobre combustíveis – tenham contagiado os demais preços, e ao menos desacelerado as altas na maior parte dos setores econômicos.

O ingresso considerável de capital estrangeiro no Brasil registrado nas últimas semanas ajudou a segurar o câmbio com o dólar abaixo de US$ 5,20 – embora a promessa de alta nos juros quase sempre seja sinônimo de commodities em queda e moeda americana em alta. 

A questão, agora, é até que ponto o Ibovespa vai se deixar levar pelo humor deprimente dos EUA.

Para os interessados no drama e nas ações da Oi, o último passo para a companhia encerrar seu período de recuperação judicial é um leilão de 8 mil torres por no mínimo R$ 1,6 bilhão, marcado para hoje às 15h30. Boa semana e bons negócios.

Humorômetro - dia com tendência de baixa

Continua após a publicidade

Futuros S&P 500: – 1,14%

Futuros Nasdaq: – 1,45%

Futuros Dow: – 0,93%

*às 7h46

Europa

Continua após a publicidade

Índice europeu (EuroStoxx 50): – 1,38%

Bolsa de Londres (FTSE 100): – 0,31%

Bolsa de Frankfurt (Dax): – 1,66%

Bolsa de Paris (CAC): – 1,27%

*às 07h51

Continua após a publicidade

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,73%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): – 0,47%

Hong Kong (Hang Seng): – 0,59%

Commodities

Continua após a publicidade

Brent: alta de 0,37%, a US$ 97,08

Minério de ferro: alta de 1,40%, a US$ 104,85 a tonelada na bolsa de Cingapura

*às 8h00

market facts

Setor imobiliário nos balanços do 2º tri

O faturamento das incorporadoras de capital aberto aumentou durante o segundo trimestre do ano, mas os gastos do setor também – principalmente por conta do encarecimento dos custos de construção e à alta dos juros, que tornam as dívidas mais pesadas. Resultado: na média, o lucro das companhias encolheu. A receita líquida das incorporadoras totalizou R$ 7,7 bilhões – crescimento de 4,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido recuou 35%, para R$ 652,5 milhões. O levantamento, feito pelo Estadão, levou em conta as 17 incorporadoras listadas na B3.

Vale a pena ler:

Crise das hipotecas: o retorno

Falando em setor imobiliário… depois de um súbito aumento nas taxas de empréstimo nos EUA, o mercado de hipotecas está começando a ver credores falirem. A quebradeira que está por vir pode ser a pior desde a bolha imobiliária de 2008. Mas os efeitos não devem ser tão devastadores quanto os de 15 anos atrás: agora, não há excesso de empréstimos, e boa parte dos grandes bancos desistiram dos derivativos lastreados em hipotecas depois da última crise. Esta reportagem da Bloomberg, traduzida pelo Valor, explica a situação. 

Publicidade dos jogos de azar

No Reino Unido, 60% do lucro das empresas de aposta vêm de 5% dos usuários – em sua maioria, jogadores compulsivos. Para atingir essas minas de ouro ambulantes, o setor gasta em média £ 1,5 bilhão (algo em torno de R$ 9 bilhões) por ano em publicidade. Identificar esses clientes mais lucrativos exige uma coleta detalhada de informações sobre os jogadores: quando fazem login, quanto tempo passam jogando e quanto dinheiro gastam em cada sessão, por exemplo. O Financial Times conta mais aqui.

Agenda

EUA: índice de atividade nacional do Fed de Chicago em julho às 9h30;

Brasil: Sabatina de Bolsonaro no JN às 20h30.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês*

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.