Fim da alta de juros nos EUA e meta fiscal preservada guiam Ibovespa

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Bom dia!

Volta de feriado no meio da semana é sempre um pouco confuso. Enquanto investidores brasileiros aproveitavam a pausa na B3 para encontrar refresco, os Estados Unidos continuavam a pleno vapor.

E o que rolou por lá é que a inflação ao produtor (PPI) caiu 0,5%, isso enquanto economistas esperavam alta de 0,1%. A notícia é especialmente boa porque inflação ao produtor é uma “prévia” dos preços aos consumidor. Se o insumo está mais barato, o produto final tende a reduzir de preço também. Isso depois de o CPI, divulgado na terça, já ter trazido boas notícias.

Resultado: não existe mais ninguém apostando que o Fed promoverá mais um aumento de juros, como vinha sinalizando que era possível. Esse ninguém, claro, é uma força de expressão: estamos falando do “bolão” da CME chamado Fed Market Watch, que mostra as apostas do mercado financeiro para a “Selic” dos EUA.

As bolsas americanas fecharam ontem em alta, e o S&P 500 já sobe 7% no mês. Hoje, porém, o dia começa beeeem levemente negativo. Uma espécie de trégua após tanta euforia.

Não é para menos. Para além do sobe-não-sobe de juros do Fed, o que está em jogo é o fato de que a inflação americana finalmente está voltando para os eixos. 

A emoção de hoje ficará por conta dos Fed Boys, os dirigentes do BC americano que tiraram o dia para falar. Não poderia ser mais conveniente a data, já que todo investidor quer ouvir que o ciclo que alta de juros acabou.

Por aqui, investidores ficam divididos entre correr atrás da alta lá de fora, de ontem, enquanto acompanham as movimentações em Brasília em torno da meta fiscal.

Os jornais de hoje dizem em uníssono que Haddad venceu uma disputa dentro do governo e que não precisará mexer na meta de déficit zero ainda neste ano. Ele ganhou até março do ano que vem para ver como as engrenagens da economia se ajeitam. 

O dia contará ainda com um componente quase anedótico. A Americanas prometeu divulgar hoje, antes da abertura da bolsa, os resultados financeiros que ficaram represados depois que a fraude contábil foi revelada. A ver o que eles têm a dizer sobre os resultados da companhia. Bons negócios.

Futuros do S&P 500: -0,05%

Futuros do Nasdaq: -0,17%

Futuros do Dow Jones: -0,03%

*às 7h55

Gen Z e petroleiras

A Shell, uma das maiores petroleiras do mundo, está contratando gamers e influenciadores para melhorar a imagem mais cool entre jovens nascidos após 1996 (famosos Gen Z). Para isso, a empresa está investindo milhões em propagandas no TikTok e Twitch, que vão desde a promoção de jogos online até fotos e vídeos de influencers com o logo da marca em seus carros.

Isso é importante porque, de acordo com dados da ONU, os jovens são o grupo que mais considera as questões climáticas uma emergência. A companhia, cuja fonte de receita central são os combustíveis fósseis, está tentando diminuir a resistência dos Gen Z à sua imagem (especialmente porque eles que vão ditar o mercado de consumo nos próximos anos).

As estratégias de marketing da empresa são pensando no futuro. Mas, por ora, o petróleo ainda é uma das principais fontes de energia do mundo — tanto que as ações da Shell em Nova York subiram 18% esse ano (puxadas, inclusive, pelo conflito Israel x Hamas no Oriente Médio, que pode impactar na oferta global da commodity).

08h: Lisa Cook (Fed) discursa 

09h: BC divulga IBC-Br de setembro

09h: Reunião trimestral do BC com economistas 

09h10: Michael Barr (Fed) fala

10h30: Loretta Mester (Fed) discursa

10h30: EUA divulgam pedidos semanais de auxílio-desemprego

11h15: EUA/Produção industrial de outubro

12h30: Christopher Waller (Fed) discursa

12h35: Michael Barr (Fed) fala

13h45: Loretta Mester (Fed) discursa

• Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,01%
• Londres (FTSE 100): -0,34%
• Frankfurt (Dax): 0,50%
• Paris (CAC): -0,26%

*às 7h54

• Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,97%
• Hong Kong (Hang Seng): -1,36%
• Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,28%

• Brent*: -0,22%, a US$ 81
• Minério de ferro: -1,53%, a US$ 133,13 por tonelada na bolsa de Dalian

*às 7h39

O estranho mundo do trading esportivo

 Eles tomam emprestadas expressões típicas do mercado financeiro. E utilizam táticas de aposta semelhantes às do day trade. Conheça o universo dos traders esportivos – e entenda o cenário de regulação das apostas no Brasil nesta reportagem da VCSA.

Antes da abertura: Americanas

Após o fechamento: PagSeguro