Relâmpago: Assine Digital Completo por 1,99/mês

Em busca de um milagre: Ibovespa caminha para terminar o ano com queda de 11%.

Já o americano S&P 500 começa a última semana de 2021 no azul e buscando bater recorde (de novo), apesar da baixa liquidez.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 16 dez 2024, 16h30 - Publicado em 27 dez 2021, 08h16
-
 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
Continua após publicidade

Bom dia!

Na volta do feriado de Natal, o mercado americano amanheceu morno, mas os contratos futuros dos principais índices ainda apontam para uma leve alta de 0,2%. Isso depois de um pregão natalino bastante positivo por lá, que levou o S&P 500 a renovar seu recorde de fechamento.

Não que tenha sido uma raridade, claro. Em 2021, até agora, o maior e mais importante índice acionário americano bateu seu próprio recorde de fechamento 68 vezes. No ano, os ganhos acumulam impressionantes 27%, depois de uma subida de 16% em 2020. Os valores polpudos se devem a uma política de estímulos generosa do Fed, o BC americano, combinada com resultados robustos de empresas em seus balanços trimestrais, mostrando que a economia americana está a todo vapor depois da pandemia.

Por aqui, você sabe, as coisas não vão tão bem assim. Na verdade, nada bem: a queda no Ibovespa até agora é de mais de 11%. O índice caminha para registrar seu pior ano desde 2015, quando perdeu 13,3%.

A agenda econômica da última semana do ano é esvaziada, com as bolsas fechadas nesta segunda-feira em Londres, Hong Kong e na Austrália. Os pregões que ocorrem devem ser mornos, já que muitos investidores emendaram o recesso. Com a baixa liquidez, o mercado tende a ficar instável e mais suscetível a mudanças de humor repentinas.

Sem grandes novidades, o mercado continua a ficar de olho na variante Ômicron e em seus impactos na economia global. No feriado natalino, a variante se mostrou avançar com rapidez: França e Reino Unido reportaram seus recordes de casos diários nesse fim de semana, e o mesmo aconteceu em populosos estados americanos, como Nova York e Flórida. 

Continua após a publicidade

Mais: o vírus ajudou a cancelar pelo menos 7 mil voos mundo afora em pleno feriadão, com um grande número de infecções entre funcionários de companhias aéreas. 

Mas investidores não se deixaram abalar, pelo menos por enquanto; o mercado continua apostando, agora com mais dados, que a variante não vai causar tanto estrago porque os países não precisarão adotar medidas tão como lockdown para contê-la. 

De certa forma, faz sentido. Apesar da curva de casos crescente, o número de mortes e hospitalizações permanece baixo, e mais e mais estudos reforçam a suspeita inicial de que a variante é menos letal que suas antecessoras. 

Além disso, três doses de vacina se mostraram altamente eficazes em impedir mortes e casos graves. De qualquer forma, um pézinho na cautela é sempre bem-vindo; afinal, mesmo pouco agressiva, a Ômicron ainda pode lotar o sistema de saúde se infectar muita gente ao mesmo tempo, como alertou Anthony Fauci, conselheiro científico da Casa Branca. 

É com esse otimismo cauteloso que os mercados americanos começam a última semana do ano. Por aqui, ao que tudo indica, temos que nos contentar só com a cautela mesmo.

Continua após a publicidade

Boa semana.

Compartilhe essa matéria via:

humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros S&P 500: 0,21%

Futuros Nasdaq: 0,28%

Continua após a publicidade

Futuros Dow: 0,09%

*às 7h58

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,10%

Bolsa de Londres (FTSE 100): Feriado prolongado, sem negociação

Continua após a publicidade

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,16%

Bolsa de Paris (CAC): 0,08%

*às 8h00

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,41%

Continua após a publicidade

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,37%

Hong Kong (Hang Seng): Feriado prolongado, sem negociação

Commodities

Brent: 0,11%, a US$ 76,22

*às 7h47

Agenda

Dia de agenda esvaziada.

market facts

Junto e misturado

As transações de fusão e aquisição cresceram 52% no Brasil até novembro deste ano, e devem fechar 2021 em valor recorde. É o que revelam os dados da consultoria Duff & Phelps, divulgados pela Folha. Foram 1.455 fusões e aquisições nestes 11 meses analisados, e a expectativa é que o valor atinja 1500 quando dezembro for adicionado na conta. A tendência é global: no mundo, o aumento foi de 63% no ano, de acordo com a Dealogic.

PIBão

US$ 100 trilhões – esse deve ser o PIB mundial em 2022, de acordo com a mais nova projeção do think-tank britânico Centre for Economics and Business Research. O ano que vem aí marcará a primeira vez que o planeta atingirá a marca de três dígitos trilionários – uma surpresa positiva, já que, anteriormente, o mesmo grupo estimou que isso só aconteceria em 2024. As previsões do novo relatório estão alinhadas com as de outros órgãos, como a do FMI. Entre os destaques, a China deve superar o PIB dos EUA somente em 2030 – dois anos mais tarde do que se previa. E a Alemanha deve superar o Japão, atual terceira economia, em 2031. Já o Brasil terá um ganho modesto: de 11ª para 9ª economia até 2036. 

Vale a pena ler:

Escândalos milionários

US$ 7 milhões – esse foi o valor pago pelo Airbnb para uma mulher australiana não-identificada depois que ela foi vítima de violência sexual em um apartamento em Nova York alugado pela plataforma. O caso ocorreu em 2015, mas só veio à tona agora, muito em parte dos esforços da empresa em evitar um escândalo público. E não é, nem de longe, o único do tipo, e a política da empresa para lidar com casos como esse é pouco transparente.

Nesta longa reportagem, a Bloomberg conversou com funcionários e ex-funcionários do Airbnb para entender como a empresa lida com situações que podem ser horríveis – tanto para as vítimas como para a reputação da companhia. Leia aqui (em inglês).

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

ECONOMIZE ATÉ 65% OFF

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês*

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.