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Don’t look up: bolsas fecham os olhos para avanço Ômicron, e abrem 2022 em alta

Variante eleva o número de novos casos a um patamar inédito, mas mortes seguem em baixa. Enquanto isso, no mercado financeiro, EUA e Europa apontam para novos recordes.

Por Alexandre Versignassi, Guilherme Jacques
3 jan 2022, 08h24

Bom dia, bom ano!

Como o mar, a Covid vem em ondas, e cada canto do mundo tem seus picos em momentos diferentes. Olhando para os números globais, porém, dá para dizer que houve um momento de auge no número de casos: foi em maio de 2021, quando a média móvel diária de novos infectados estava em 800 mil por dia. Mas isso é parte do passado.

Ontem, no segundo dia de 2022, ela estava em 1,45 milhão. 45% a mais que na semana passada, quando esse número passou de um milhão pela primeira vez.  

As mortes, porém, seguem caindo. Estão em 6 mil por dia no mundo, na média móvel, contra 7 mil no início de dezembro, e 13 mil em maio de 2021. Isso indica que as vacinas estão cimprindo seu papel. 48% da população mundial tomou pelo menos duas doses; 5,7%, três (no Brasil, são 67% com duas; 12,5% com três).

Também é possível que a Ômicron em si seja menos letal. Na África do Sul, onde ela começou a se espalhar primeiro, são apenas 27% com duas doses. E o número de mortes subiu, de 21 na primeira semana de dezembro para 59 agora. Mesmo assim, trata-se de um número distante do auge da pandemia por lá: eram mais de 500 mortos por dia em janeiro de 2021.

Outro ponto positivo: enquanto o número de novos casos avança como fogo pelo mundo, eles começam a baixar na África do Sul. Eram 23 mil em meados de dezembro. Agora, 8 mil. 

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Nesse cenário, as bolsas abrem em alta. O índice futuro do S&P 500 decolava 0,58% às 7h53. O índice Stoxx 50, da Europa, subia 0,95%, com o índice do continente apontando para renovar sua marca recorde, de novembro. 

Tudo isso num um ano que promete ser mais difícil para o mercado financeiro. A inflação global espalha-se com a mesma rapidez da Ômicron, e os Bancos Centrais do mundo desenvolvido, a começar pelo dos EUA, já anunciaram que 2022 será um ano de alta nos juros – o que drena dinheiro da economia, começando pelas bolsas. 

Serão mais 363 dias de aventura. Acompanhe aqui com a gente 😉

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros S&P 500: 0,58%

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Futuros Nasdaq: 0,63%

Futuros Dow: 0,50%

*às 7h53

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,95%

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Bolsa de Londres (FTSE 100): feriado

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,90%

Bolsa de Paris (CAC): 1,07%

*às 7h51

Fechamento na Ásia

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Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): feriado

Bolsa de Tóquio (Nikkei): feriado

Hong Kong (Hang Seng): -0,53%

Commodities

Brent: 1,58%, a US$ 79,01*

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Minério de ferro: 1,25%, a US$ 122,26, no porto de Qingdao na China

*às 7h50

Agenda

Dia de agenda esvaziada.

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Desoneração da folha até 2023

Jair Bolsonaro sancionou, na sexta-feira, o projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento. A medida que beneficia empresas dos 17 setores que mais empregam no país, agora, vale até 2023. Ao governo, ela custa R$ 9 bilhões ao ano. A equipe econômica passou mais de 20 dias discutindo formas de compensação para a arrecadação – não previstas no orçamento de 2022. No final das contas, a sanção ocorreu sem que tenham encontrado nenhuma. Segundo o Planalto, um parecer do TCU apontou o seguinte: por ser a extensão de um benefício fiscal, não há necessidade de compensação.

Vale a pena ler:

O ano do negócios espaciais

Elon Musk, Jeff Bezos e Richard Branson. 2021 marcou o início da era privada da exploração espacial, com Musk fornecendo foguetes para a Nasa e Bezos e Branson dando início a seus programas de turismo na órbita baixa da Terra. A CNN fez uma retrospectiva destes e de outros momentos. Leia aqui (em inglês).

Faz um micropix

Se o cartão substituiu o dinheiro de papel, o Pix está tomando o lugar das moedinhas de R$ 1. E as transações de baixo valor ganharam um apelido: micropix. Leia a reportagem na Folha de São Paulo.

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