Depois do payroll, mercado aguarda fala de Powell para confirmar otimismo
Expectativa é por sinalizações mais dovish do chefão do banco central americano. Por aqui, investidores aguardam dados do varejo e acompanham a votação da Reforma Tributária.

Bom dia!
A quarta-feira é marcada pela divulgação de diversos indicadores econômicos e vários balanços trimestrais, mas o que investidores mais aguardam mesmo é o evento principal do dia: a fala de Jerome Powell.
O presidente do Fed participa de um evento pela primeira vez desde a divulgação do payroll, na sexta feira passada. O relatório de empregos dos EUA veio fraco, mostrando um número de novas vagas menor do que o projetado, o que gerou uma espiral otimista no mercado: afinal, se a economia americana já dá sinais de desaquecimento, o banco central americano pode parar de subir os juros – e adiantar o ínicio do ciclo de redução deles, com um primeiro corte talvez já em maio.
Essa posição, é claro, é uma suposição do mercado; nos últimos dias, alguns dirigentes do Fed deram indicações contrárias. Outros quatro falam hoje, ao longo do dia. Agora, investidores esperam pistas do próprio Powell em relação aos próximos passos da política monetária nos EUA depois da nova atualização sobre o mercado de trabalho. A expectativa é por um tom mais dovish, ou seja, suave, já que as pressões inflacionárias começaram a ceder.
Até ter essa confirmação, Wall Street amanheceu de lado, sem um humor definido.
Por aqui, o dia é cheio. Um olho está em Brasília, onde deverá ser votada a Reforma Tributária no Senado. Se o texto for aprovado, como tudo indica que será, voltará à Câmara para uma nova votação, já que sofreu mudanças – entre elas, a inclusão de mais exceções.
O outro está na divulgação de dados: às 9h, o IBGE divulga o número de vendas no varejo de setembro. O instituto também divulga a produção industrial regional neste horário.
Em termos de balanços, são 16 no final do dia, após o fechamento (veja quais mais abaixo). Antes da abertura do pregão, há divulgações de Eletrobras e BTG.
Bons negócios.
Futuros do S&P 500: -0,04%
Futuros do Nasdaq: -0,05%
Futuros do Dow Jones: estável
*às 8h06
Amazon adere ao Remessa Conforme
A companhia se junta à AliExpress, Mercado Livre, Shein, Sinerlog e Shopee, já participantes do programa. O anúncio foi dado pelo governo nesta segunda-feira (6).
Em linhas gerais, o Remessa Conforme zera a alíquota de importação para compras internacionais de até US$ 50 (mas mantém os de 17% de ICMS, cobrado pelos estados). Para valores acima, além do ICMS, a tributação é de 60%.
9h IBGE divulga vendas no varejo e produção industrial regional de setembro
11h15 Jerome Powell, do Fed, discursa em evento
14h Senado inicia votação da Reforma Tributária
15h40 Roberto Campos Neto participa de evento americano
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,33%
- Londres (FTSE 100): -0,09%
- Frankfurt (Dax): -0,14%
- Paris (CAC): 0,04%
*às 8h11
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,24%
- Hong Kong (Hang Seng): -0,48%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,33%
- Brent*: -0,70%, a US$ 81,04
- Minério de ferro: 1,03%, cotado a US$ 128,40 por tonelada na bolsa de Dalian (China)
*às 8h03
SOS SouthRock
A empresa, que comanda as operações da Starbucks, Subway e Eataly no Brasil, entrou com um pedido de recuperação judicial na terça-feira passada (31), com dívidas que giram em torno de R$ 1 bilhão. Nesta reportagem, o Valor conversou com mais de 10 pessoas envolvidas na operação para entender exatamente o que aconteceu — e qual estratégia a companhia pretende seguir para sair do sufoco financeiro.
EUA, depois do fechamento: Disney
Brasil, depois do fechamento: BB, Braskem, Casas Bahia, Minerva, 3R Petroleum, Alpargatas, Cogna, Copel, Equatorial, Soma, Hapvida, MRV, Oi, SLC Agrícola, Taesa e Ultrapar