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Cúpulas da Otan, do G7 e da União Europeia decidem futuro da Rússia

Países se reúnem para discutir sanções contra Putin e dependência energética da Europa. Petróleo segue acima dos US$ 120.

Por Juliana Américo, Alexandre Versignassi
Atualizado em 18 out 2024, 14h19 - Publicado em 24 mar 2022, 08h30
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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A guerra completa um mês hoje e a agenda internacional está cheia: teremos reuniões das cúpulas da União Europeia, da Otan e do G7. O objetivo é discutir novas estratégias para isolar a Rússia economicamente em represália à invasão da Ucrânia, e combinar medidas caso os russos usem armas químicas ou nucleares (ainda que de pequeno porte) para render o vizinho.

Algo assim “mudaria fundamentalmente a natureza do conflito”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. Difícil? Sim. Putin sabe que ampliar seu poder de fogo a esse patamar basicamente daria início a uma Terceira Guerra Mundial. Mas, como a própria invasão da Ucrânia era considerada improvável, e aconteceu, não há como descartar essa hipótese.   

Ontem, o governo dos EUA subiu o tom e declarou formalmente que o exército russo cometeu crimes de guerra no país vizinho, como ataques a civis e a corredores humanitários. O Tribunal Penal Internacional de Haia já tinha aberto uma investigação sobre os supostos crimes cometidos pelo país. 

Também está na pauta a redução da dependência da Europa às fontes de energia russa. Nas últimas semanas, os países europeus tentaram chegar a um acordo sobre adotar ou não o embargo ao petróleo russo, liderado pelos EUA e Reino Unido. O problema nem é o óleo em si, mas sim o quanto essa decisão pode afetar o fornecimento de gás natural, que não tem como ser substituído de forma factível. A Rússia fornece 40% do gás consumido no continente e ameaçou fechar gasodutos caso haja sanção contra o petróleo. 

Putin determinou que deixará de aceitar dólares ou euros como pagamento pelo fornecimento de petróleo e gás à União Europeia – agora vai ser só em rublo. A medida é uma retaliação ao congelamento de quase US$ 300 bilhões das reservas russas no exterior, que aconteceu no início do mês, e deixou Putin sem metade de sua “poupança” – salvou-se a fatia em yuans, que estão na amiga China, e a em outro, em solo russo mesmo.

Enquanto isso, os futuros americanos sobem. As bolsas europeias, por outro lado, vivem dia de volatilidade. O petróleo amanheceu estável (0,01%), depois de disparar 5% no pregão de ontem e superar os US$ 120. 

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Bom dia. 

humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros S&P 500: 0,48%

Futuros Nasdaq: 0,55%

Futuros Dow: 0,36%

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*às 8h15 

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,37%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,05%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,49%

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Bolsa de Paris (CAC): -0,25%

*às 8h15

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,59%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,25%

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Hong Kong (Hang Seng): -0,94%

Commodities

Brent: 0,01%, a US$ 121,61

Minério de ferro: -0,18%, US$ 147,70 em Cingapura

*às 8h15

Agenda

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9h30 Ministério do Trabalho dos EUA divulga número de novos pedidos de auxílio-desemprego no país.

market facts

Controle sanitário

A China suspendeu as importações de carne bovina da JBS, e a decisão passa a valer a partir de hoje. O comunicado divulgado pelo país se limita aos produtos da unidade de Mozarlândia (GO) – é o maior frigorífico da companhia no Estado – e não  cita a razão para a suspensão. Essa é a segunda vez que a Administração Geral de Alfândegas chinesa bloqueia a mesma unidade (no dia 12 de março, foi anunciada a suspensão de uma semana das importações). Desde 2020, quando a pandemia começou, a China suspendeu a compra de frigoríficos de vários países usando o controle sanitário como justificativa. 

Mercado de cerveja

O Grupo Heineken acionou o Cade para acusar a Ambev de controle de mercado ao fechar contratos de exclusividade com bares de, pelo menos, 11 capitais brasileiras. A companhia holandesa chegou a apresentar um mapeamento de bairros onde quase todos os estabelecimentos estão impedidos de vender cervejas de outras marcas. A disputa das companhias de bebidas sobre o controle do mercado é antiga. Em 2015, o grupo Kaiser (que hoje faz parte da Heineken) também denunciou a Ambev por prática de contratos abusivos. Na época, o Cade impôs um limite de 8% dos pontos de venda com exclusividade, mas a determinação expirou em 2020.

Vale a pena ler:

Crise na cadeia de suprimentos 

A pandemia expôs as vulnerabilidades na cadeia de suprimentos. O Wall Street Journal acompanhou durante um mês a trajetória de produtos saídos da China, e  lançou um documentário abrangente sobre a crise no setor. Veja aqui (em inglês).

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Hoje, Cogna, Enjoei, ClearSale, Sabesp e Tecnisa  divulgam os seus resultados do quarto trimestre de 2021. 

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