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Copom subirá a Selic para 13,75% hoje. Será o fim do ciclo de aumentos?

Investidores buscam pistas dos próximos passos do banco central enquanto inflação caminha para fugir da meta.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 3 ago 2022, 08h10 - Publicado em 3 ago 2022, 08h09

Bom dia!

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne nesta quarta para decidir sobre a taxa básica de juros da economia, a Selic.

O mercado espera, em forte consenso, que o comitê suba a taxa em meio ponto percentual – dos atuais 13,25% ao ano para 13,75% ao ano. Se confirmado, será o 12º aumento seguido na Selic, que vai a seu maior patamar desde 2016. Qualquer decisão diferente dessa será uma grande surpresa.

Menos certos, porém, são os próximos passos do órgão. Será o fim do ciclo de aumentos nos juros, como apontam a maioria dos palpites? Ou a Selic vai à casa dos 14% nos próximos meses? É em busca dessas respostas que os investidores vão analisar a nova decisão do Copom, que sai às 18h30. (É possível, porém, que o comitê deixe seus próximos passos em aberto, sem guidance, como vem fazendo o Fed nos EUA.)

É mais um episódio da longa saga do Banco Central na sua luta contra a inflação. Para o ano que vem, a meta de inflação da autoridade é 3,25%, podendo variar entre 1,75% e 4,75%. Mas, de acordo com um boletim do próprio BC, a previsão dos analistas para 2023 é de 5,33%, fora da meta. 

Enquanto isso, os mercados globais continuam monitorando as consequências da visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, à Taiwan. Washington comprou a briga com Pequim, que já iniciou manobras militares na região em torno da ilha  e promete novas medidas de retaliação. Uma pitada de tensão geopolítica para temperar a quarta-feira.

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Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou sem tendência definida
(Arte/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: 0,31%

Futuros Nasdaq: 0,27%

Futuros Dow: 0,33%

*às 7h55

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Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

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*às 7h57

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Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,98%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,53%

Hong Kong (Hang Seng): 0,40%

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent: -1%, a US$ 99,54*

Minério de ferro: -3,29%, cotado a US$ 110,35 por tonelada em Cingapura

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*às 7h47

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

R$ 400 milhões por congelamento de pedágio

O governo de São Paulo deixou reservado R$ 400 milhões do orçamento do estado para compensar as 18 concessionárias de rodovias que ficaram no prejuízo por causa do congelamento dos preços de pedágio. O aumento deveria variar entre 10,72% e 11,73% e começar no dia 1º de julho. Mas o governo comunicou um dia antes que não reajustaria as tarifas por causa da alta de preços no país. A medida, no entanto, teve um quê de eleitoreira: o governador Rodrigo Garcia é pré-candidato à reeleição este ano. 

Vale a pena ler:

Devotos do bitcoin

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Eles acreditam piamente que o bitcoin vai transformar o sistema financeiro mundial para melhor, mesmo se o resto do ecossistema cripto estiver corroído por fraudes. Mesmo quando a criptomoeda alcançou os trágicos US$ 20 mil, em junho, eles continuaram comprando – afinal, acreditavam ser um desconto imperdível. O New York Times viaja pela mente dos “maxi”, um pequeno grupo da indústria de cripto que quer convencer os investidores de que o bitcoin é diferente das outras milhares de moedas digitais que derreteram nos últimos meses. 

Boom de commodities em 2022

Não se fazem mais booms de commodity como antigamente. O aumento do preço das commodities em 2022 pode não beneficiar a América Latina tanto quanto em épocas anteriores. Por quê? Em resumo, por causa da inflação. Os consumidores estão (literalmente) pagando o preço da escassez de matéria prima, enquanto têm seu poder de compra reduzido pelo aumento das taxas de juros ao redor do mundo. A BBC explica aqui

Agenda

Durante o dia – Reunião da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo)

18h30 – Decisão do Copom sobre a Selic

Temporada de balanços

Antes da abertura: Balanço da Moderna, nos EUA; balanço da Gerdau, no Brasil.

Após o fechamento: Balanços da PetroRio, Totvs e Ultrapar, no Brasil.

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