Continua após publicidade

Commodities e juros americanos seguem sendo dor de cabeça para Ibovespa

Enquanto petróleo avança de olho na tensão da guerra, Petrobras anuncia corte no preço da gasolina.

Por Bruno Carbinatto e Sofia Kercher
20 out 2023, 08h22
-
 (Tiago Araújo/VOCÊ S/A)
Continua após publicidade

Bom dia!

As palavras de Jerome Powell, presidente do Fed, costumam demorar para ser digeridas pelo mercado. Por isso o discurso dele de ontem, com tom hawkish, ainda pode ressoar nas bolsas hoje. 

A maior pressão dos EUA vem do estresse dos Treasuries. Ontem, o rendimento do título de 10 anos ontem chegou a ultrapassar o patamar dos 5%, maior desde 2007, o período pré-crise global. 

Com a sinalização de juros altos por mais tempo nos EUA, as bolsas americanas amanhecem indicando queda, prolongando o azedume de ontem. Os futuros do S&P 500, por exemplo, caem 0,3%. Bolsas europeias também operam no vermelho, tendo o cenário do outro lado do Atlântico no radar.

Mas nem é só o mau humor americano que pauta o Ibovespa nesta sexta-feira. As commodities também. Em meio à escalada da tensão no Oriente Médio, sem um cessar-fogo à vista no conflito Israel e Palestina, o preço do petróleo segue subindo. Agora, o Brent já está acima dos US$ 93, com alta de mais de 1% só hoje.

Uma eventual escalada na commodity tem potencial de, no mundo todo, reacender a onda inflacionária que bancos centrais tanto temem e tentam combater. Ontem, os EUA aliviaram as sanções à Venezuela e permitiu a compra de petróleo do país, uma medida para se proteger de uma possível restrição de oferta do leste global.

Continua após a publicidade

Em meio a todo esse cenário, a Petrobras anunciou ontem que vai… cortar o preço da gasolina nas refinarias. Uma queda de R$ 0,12 por litro, ou 4,1%. O timing pareceu estranho, justamente quando o petróleo ameaça um rali no mercado internacional. O diesel, por sua vez, vai subir 6,58%, anunciou a estatal.

Além disso, nesta sexta, o minério de ferro tem forte queda na China: -3,17% na bolsa de Dalian. As bolsas asiáticas, aliás, também fecharam todas no vermelho, outro mau presságio para o Ibov.

Na agenda do dia, o destaque fica para a divulgação do IBC-Br (o “PIB do banco central”) e falas de Haddad e Campos Neto. Nos EUA, mais dois dirigentes do Fed também falam. 

Bons negócios.

Compartilhe essa matéria via:
Humorômetro - dia com tendência de baixa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Continua após a publicidade

Futuros do S&P 500: -0,31%

Futuros do Nasdaq: -0,39%

Futuros do Dow Jones: -0,26%

*às 8h08

market facts

Continua após a publicidade

Não existe Netflix grátis

Depois de começar a cobrar pelo compartilhamento de senhas, em maio deste ano, a Netflix acaba de confirmar o fim do plano básico para novos assinantes no Brasil. Antes, o consumidor possuía 4 alternativas de assinatura: padrão com anúncios (R$ 18,90), plano básico (R$ 25,90), padrão (R$ 39,90) e premium (R$ 55,90).

A notícia foi dada na quarta-feira (18), durante uma apresentação de resultados financeiros. A companhia também afirmou que vai aumentar o preço de seus serviços nos Estados Unidos e Europa.

Investidores e especialistas temem que as mudanças possam ter efeito negativo nas novas assinaturas ou cancelamentos do streaming. Não foi o caso: a companhia afirmou que ganhou quase 9 milhões de assinantes no terceiro trimestre — bem mais que as expectativas de analistas de Wall Street, que previam 6 milhões. A empresa caminha para encerrar o ano com mais de 20 milhões de novos clientes (bem mais do que os 9 mi de 2022).

As ações da Netflix (NFLX34) deslancharam na B3 na quinta-feira (19), fechando o dia em alta de 6,71%, a R$ 40,56.

Continua após a publicidade
Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    9h BC divulga IBC-Br

    10h Patrick Harker, presidente do Fed de Filadélfia, fala em evento

    11h00 Haddad participa de evento da CVM

    13h15 Loretta Mester, presidente do Fed de Cleveland, fala em evento

    Europa

    Continua após a publicidade
      • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -1,05%
      • Londres (FTSE 100): -0,82%
      • Frankfurt (Dax): -1,28%
      • Paris (CAC): -0,90%

      *às 8h12

      Fechamento na Ásia

      • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,72%
      • Hong Kong (Hang Seng): -0,72%
      • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,54%
      Commodities
      (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
                    • Brent: 1,22%, a US$ 93,51
                    • Minério de ferro: -3,17%, cotada a US$ 114,66 por tonelada na bolsa de Dalian (China)

                    *às 8h14

                    Vale a pena ler:

                    Frenesi do Ozempic afeta investimentos no mercado de saúde

                    O Ozempic se tornou o medicamento de prescrição mais vendido nos Estados Unidos seis anos após seu lançamento. Usado inicialmente no tratamento de diabetes tipo 2, estudos recentes mostram que remédios da mesma classe (aqueles que imitam o hormônio GLP-1) podem ajudar no tratamento de doenças cardíacas e derrames, proteger o fígado e os rins, combater o vício em substâncias e até ajudar em sintomas de Alzheimer.

                    Apesar dos estudos estarem em fases iniciais, o mercado financeiro e o de saúde já começam a sentir o efeito do frenesi do Ozempic. Má notícia para fabricantes de outros medicamentos. Segundo a Wells Fargo, os americanos deixarão de desembolsar 10% dos US$ 250 bilhões por ano no tratamento de doenças cardiovasculares até 2050. Quando a Novo Nordisk anunciou a eficácia do Ozempic para combate a doenças renais, US$ 3,6 bilhões em ações da Fresenius Medical Care e DaVita (fornecedores de equipamentos de diálise) foram vendidas. Entenda as consequências nesta reportagem da Bloomberg.

                    Publicidade

                    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

                    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

                    Domine o fato. Confie na fonte.

                    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

                    MELHOR
                    OFERTA

                    Digital Completo
                    Digital Completo

                    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

                    a partir de 9,90/mês*

                    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
                    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

                    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
                    Fechar

                    Não vá embora sem ler essa matéria!
                    Assista um anúncio e leia grátis
                    CLIQUE AQUI.