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China fixa meta de crescimento em 5% e abate commodities

Minério e petróleo começam a semana em baixa e derrubam Vale e Petrobras no pré-mercado em Nova York.

Por Tássia Kastner, Camila Barros
Atualizado em 6 mar 2023, 17h14 - Publicado em 6 mar 2023, 08h06

Bom dia!

No final de semana, a China anunciou que sua meta de crescimento em 2023 será de 5%. É o menor avanço esperado para o PIB do país em mais de três décadas. No ano passado, o alvo era de 5,5%, mas a adoção e política de Covid zero levou a um crescimento ainda mais anêmico (para os padrões chineses), de 3%.

A previsão de crescimento menor é um problema para a economia global, que depende das exportações para o gigante asiático para segurar o próprio PIB. E os sinais deletérios de um avanço menor já aparecem.

Nesta segunda, o minério recuou -2,13%, a US$ 129,45 por tonelada na bolsa de Dalian. O petróleo também vai recuando mais de 1%, igualmente um reflexo da desaceleração da demanda chinesa – e, por consequência, do mundo.

Para o Brasil, o resultado é óbvio. Os recibos de ações da Vale e da Petrobras, negociados em Nova York, começam o dia em baixa e apontam para um pregão amargo na B3.

Isso em uma semana que promete ser agitada. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer apressar a entrega da proposta fiscal que substituirá o teto de gastos. Nos EUA, haverá a divulgação do Livro Bege, que mostra as condições da economia sob a análise do Fed, e haverá ainda depoimento do presidente do Fed, Jerome Powell na Câmara e no Senado dos EUA.

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Por enquanto, os futuros das bolsas vão operando ao redor da estabilidade. A emoção, ao que tudo indica, ficará para o pregão regular. Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou sem tendência definida

Futuros do S&P 500: -0,01%

Futuros do Dow Jones: -0,05%

Futuros do Nasdaq: 0,07%

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*às 7h58

market facts

Amazon não terá segunda sede

A Amazon pausou a construção de sua segunda sede nos Estados Unidos, localizada em Arlington, na Virginia. Em 2017, a empresa havia anunciado o interesse no projeto, que envolveria US$ 2,5 bilhões e a contratação de 25 mil trabalhadores da construção civil. 

O passo para trás acompanha a mudança no regime de trabalho na empresa (e no mundo): com boa parte dos funcionários trabalhando remotamente durante parte da semana, um novo escritório parou de fazer sentido. E, em época de vacas magras para o setor de tecnologia, gastos não justificados não são bem vindos. No início do ano, a empresa demitiu 18 mil funcionários – o maior corte de sua história – e manteve as contratações congeladas. 

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Novas demissões na Loft 

E falando em demissões no setor de tecnologia… em sua quarta rodada de cortes desde abril do ano passado, a Loft demitiu 340 pessoas na última sexta-feira. Dá 15% do total de 2,2 mil funcionários. Ao todo, já foram 1.195 demitidos: 159 pessoas em abril, 380 pessoas em julho e 312 em dezembro. Com esses números, a empresa de compra e venda de imóveis foi a startup que mais demitiu no ano passado. 

Agenda

8h25: BC divulga a pesquisa Focus

14h30: BC apresenta diretrizes do Piloto do Real Digital

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Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,33%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,43%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,20%

Bolsa de Paris (CAC): 0,37%

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*às 7h57

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,52%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,11%

Hong Kong (Hang Seng): 0,17%

Commodities

Brent*: -1,41%, a US$ 84,62

Minério de ferro: -2,13%, a US$ 129,45 por tonelada na bolsa de Dalian.

*às 7h56

Vale a pena ler:

Os ‘bullshit jobs’ existem mesmo? 

Em 2018, o antropólogo David Graeber criou a expressão “bullshit jobs” para designar empregos – normalmente, cargos de escritório – que não produziriam nada de útil para o mundo. O conceito pegou, e passou a ser peça fundamental para explicar porquê as pessoas são infelizes no trabalho: exercendo funções inúteis e sem sentido, elas se sentiriam desmotivadas. Só que pesquisas recentes contradizem a tese dos bullshit jobs. Elas sugerem que trabalhadores menos especializados são mais infelizes no emprego do que os colarinhos branco, mas o problema não é a tarefa que executam. Por que, então, tem gente infeliz em horário comercial? Esta reportagem do Financial Times, traduzida pela Folha, tenta explicar. 

A falha de segurança da Apple

A primeira camada de segurança dos smartphones da Apple é o passcode, código de seis dígitos utilizado para desbloquear o aparelho. Só que esse mesmo número também serve para funções internas, como alterar a senha do ID Apple – conta que armazena as informações (fotos, senhas, mensagens, localização) de todos os aparelhos do usuário. Ou seja: tendo o código de desbloqueio em mãos, você fica a poucos cliques de tomar o controle da vida digital do dono daquele celular. Golpistas têm se aproveitado dessa falha de segurança para limpar os apps de banco de suas vítimas. Esta reportagem do WSJ explica como funciona o roubo e como tentar se previnir.

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(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Antes da abertura do mercado: Azul

Após o fechamento: Movida e Pague Menos

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