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China faz a alegria dos mercados com PIB acima do previsto

Com o fim das restrições contra a covid, gigante asiático cresceu 4,5% no primeiro trimestre. Bank of America completa a festa com balanço melhor do que o esperado. 

Por Júlia Moura, Camila Barros
Atualizado em 18 abr 2023, 08h47 - Publicado em 18 abr 2023, 08h40

A gigante acordou. O crescimento da China voltou a surpreender o mercado, com alta de 4,5% no PIB do primeiro trimestre na comparação anual, bem acima da previsão de 4%. 

A retomada é fruto do fim da política de covid zero no país, que impulsionou o varejo. O investimento estatal em infraestrutura e a forte retomada das exportações também ajudaram.

Apenas em março, as vendas no varejo subiram 10,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já a produção industrial veio um pouco abaixo da expectativa (4,1%), com alta de 3,9%.

Após os dados, economistas veem como mais do que crível a meta de crescimento de 5% do governo chinês para 2023. A consultoria britânica Capital Economics, inclusive, elevou de 5,5% para 6% sua previsão para o PIB deste ano.

Essa notícia é ainda melhor quando comparada ao contexto global. A expectativa do FMI é que o mundo todo cresça menos por conta da alta de juros e crise bancária.

Apesar de que, a crise bancária parece estar estancada. O Bank of America divulgou resultados melhores do que o esperado nesta manhã. O segundo maior banco dos EUA lucrou US$ 8,16 bilhões nos primeiros três meses do ano, 15% a mais do que no mesmo período de 2022.

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O BofA acompanhou os pares JPMorgan, Wells Fargo e Citi. Os bons números no setor foram impulsionados pelo alto gasto dos americanos no cartão de crédito.

Logo mais, o Goldman Sachs divulga o seu balanço. Após o fechamento, é a vez da Netflix.

Mais boas novas: ainda nesta terça, o governo Lula finalmente deve apresentar o texto do arcabouço fiscal ao Congresso.

Bons negócios!

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

S&P 500: 0,41%

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Nasdaq: 0,63%

Dow Jones: 0,39%

*às 8h33

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Follow-on da 3R Petroleum 

Na noite de domingo, a 3R Petroleum anunciou que fará um aumento de capital privado (ou seja: destinado, a princípio, aos acionistas atuais). A petroleira pretende captar de R$ 600 milhões a R$ 900 milhões, e usará o dinheiro para aumentar o caixa e reduzir a alavancagem. 

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Cada nova ação custará R$ 24,45 – um desconto de 25,6% em relação ao fechamento de sexta, quando as ações estavam cotadas a R$ 32,87. 

Os investidores não gostaram do anúncio, já que operações de follow-on diluem a participação de quem não compra mais papéis. Ou seja: ou você desembolsa uma grana nas novas ações, ou passa a receber menos dividendos da companhia. As ações da RRRP3 caíram 15,69% no pregão de ontem, a R$ 27,71.

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Governo entrega texto do arcabouço fiscal ao Congresso;

9h30: construções de moradias iniciadas em março nos EUA;

14h: Michelle Bowman, diretora do Fed, discursa sobre moedas digitais em evento da Universidade de Georgetown;

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17h30: estoques de petróleo nos EUA na semana até 14/4.

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,81%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,07%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,62%

Bolsa de Paris (CAC): 0,66%

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*às 8h19

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,30%

Hong Kong (Hang Seng): -0,63%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,51%

Commodities
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Brent: -0,12% a US$ 84,66 o barril

*às 8h36

Minério de ferro**: 2,08%, a US$ 113,95 a tonelada, na bolsa de Dalian

**às 7h00

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Bancos zumbis

O setor bancário americano parece ter se acalmado: não houve novas falências desde 12 de março, as ações de instituições financeiras estão se recuperando e os balanços dos bancões mostraram resultados consistentes para o primeiro trimestre. Só que a coisa continua feia para as pequenas e médias instituições. Juntos, os bancos com até US$ 4 trilhões em ativos têm perdas não realizadas que valem mais da metade do FDIC (Corporação Federal de Seguros de Depósitos, o FGC americano). Os mercados estão tranquilos porque o governo federal está oferecendo um apoio generoso e indiscriminado ao setor. Mas, a longo prazo, isso pode ser ruim. Este artigo da The Economist explica porquê a postura estatal pode corroer o sistema bancário futuramente. 

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(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Antes da abertura: Goldman Sachs.

Após o fechamento: Netflix e United Airlines.

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