Continua após publicidade

Bolsas se recuperam, ironicamente, na sexta-feira 13

Ações do Twitter, porém, desabam no pré-mercado em NY após Elon Musk anunciar repentinamente que o acordo de compra está “temporariamente suspenso”.

Por Bruno Carbinatto
13 Maio 2022, 08h18

Dia de azar? Não para todos, aparentemente. Nesta sexta-feira 13, o mercado mundial ensaia uma recuperação após dias sangrentos nas bolsas. Os índices americanos futuros apontam para cima, assim como as bolsas europeias e asiáticas.

Depois de tantas perdas, os chamados dip buyers parecem aproveitar a agenda vazia desta sexta-feira e buscam ir às compras em busca de pechinchas. Tanto que a maior alta nesta manhã entre os futuros fica para o Nasdaq (1,60%), o índice que mais sofreu nessa semana, com perdas de 6,4% até o fechamento desta quinta. Claro: os pregões foram dominados por temas como inflação e aumento de juros, que são mais sensíveis para companhias com alto potencial de crescimento.

O destaque aqui, porém, fica para o Twitter: as ações do passarinho azul chegaram a cair mais de 20% no pre-market de Nova York nesta manhã, e, até agora, continuam em queda forte. O motivo? Se você chutou que envolve Elon Musk, acertou. O dono da Tesla tuitou avisando que seu acordo de US$ 44 bi para comprar a rede social está “temporariamente suspenso”, deixando todo mundo sem entender o que está acontecendo direito.

Tudo o que o bilionário realmente disse é que “o acordo do Twitter temporariamente suspenso por pendências em detalhes que sustentam que contas falsas de fato representam menos de 5% dos usuários”, citando uma reportagem da Reuters.

Em seu último balanço, o Twitter estimou que as contas falsas representaram apenas 5% dos seus usuários no trimestre. Mas admitiu que o número é apenas uma estimativa, e a proporção pode ser bem maior. Musk, por sua vez, já deixou claro que combater bots e perfis de spam é uma de suas prioridades na rede. Ele já sugeriu, por exemplo, que todos os “seres humanos reais” sejam autenticados na rede. 

Com a suspensão repentina do acordo, uma dose de incerteza foi injetada no mercado. Há quem especule que o homem mais rico do planeta sequer vai completar realmente a compra do Twitter.

Continua após a publicidade

O pessimismo, porém, parece estar restrito às ações do Twitter. Pelo menos por enquanto. Afinal, nunca se sabe – é sexta-feira 13.

Bons negócios.

Compartilhe essa matéria via:
humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros S&P 500: 1,06%

Futuros Nasdaq: 1,65%

Futuros Dow: 0,72%

Continua após a publicidade

*às 7h57

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 1,50%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 1,64%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,41%

Continua após a publicidade

Bolsa de Paris (CAC): 1,69%

*às 07h59

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,75%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 2,64%

Continua após a publicidade

Hong Kong (Hang Seng): 2,68%

Commodities

Brent*: 1,86% , a US$ 109,45

Minério de ferro: +0,65%, a US$ 131,00 por tonelada em Cingapura

*às 7h59

Continua após a publicidade

Agenda

Dia de agenda esvaziada.

market facts

Meta vs fake news eleitorais

A Meta, empresa que controla o Facebook, WhatsApp e Instagram, anunciou nesta quinta-feira quais ações está tomando para combater as notícias falsas e a desinformação nas eleições deste ano aqui no Brasil. Entre as medidas, está a criação de um um “centro” para monitorar o conteúdo publicado por usuários nas redes sobre o tema. O foco será retirar de circulação conteúdos “inautênticos”, feitos por perfis fakes com o intuito de enganar o leitor. Publicações contendo a data errada da eleição ou que troquem o número do candidato, por exemplo, serão deletadas pela Meta. Postagens que incentivem a violência também. Outros conteúdos fake, porém, podem ser apenas sinalizados pela plataforma e terem seu alcance diminuído, mas não serão necessariamente excluídos das redes. As medidas vêm como resposta a uma pressão maior, inclusive de autoridades eleitorais, para controlar a circulação de notícias falsas nas redes.

Vale a pena ler:

Tristeza para os unicórnios latinos

A América Latina se tornou um caldeirão de startups bem-sucedidas nos últimos anos. Mas a inflação alta e os juros subindo fazem os investidores correrem de mercados emergentes e de risco. Nisso, os unicórnios latinos – Brasil incluso – passam por uma fase amarga. Veja aqui, na Bloomberg

-

Balanços de Cemig, Cosan, Cyrela e Raízen, após o fechamento do mercado.

Publicidade