Bolsas começam dia em alta à espera de dados de emprego nos EUA
Petróleo recua 0,63%, um sinal de desconfiança com a economia global em meio ao otimismo recente. JCP e Sabesp (SBSP3) movem o Ibovespa.
Bom dia!
O sinal positivo voltou às bolsas globais na manhã desta quarta-feira. Os futuros americanos sobem em uníssono, isso após a dissonância da véspera.
O principal dado do dia é a divulgação da criação de vagas formais de trabalho, uma espécie de prévia dos dados oficiais de desemprego. Trata-se da grande bússola do mercado para ajustar as expectativas sobre uma eventual queda na taxa de juros americana, programada, de acordo com o mercado, para o primeiro trimestre do próximo ano. Do lado do Fed, ainda não há qualquer indicativo de que isso poderá acontecer. Atualizações sobre o assunto devem vir na próxima semana, com a reunião do Fomc.
Será, por sinal, dia de Super Quarta, com decisão de juros também em Brasília. Existem, claro, duas diferenças fundamentais entre Brasil e EUA atualmente. O fato de já estarmos cortando juros – e que o BC tem sido muito explícito sobre os próximos passos.
A Selic cai a 0,50 p.p. por reunião e, ontem, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, repetiu que, para ele, esse é o ritmo adequado de baixa na taxa de juros. O PIB brasileiro do terceiro trimestre mostra que a economia está desacelerando, um dos efeitos dos juros elevados.
No continente europeu, as bolsas também sobem, isso apesar da queda das encomendas à indústria alemã e de vendas no varejo do bloco europeu abaixo das estimativas.
Se tem algo que está de fato alinhado com os fundamentos é o petróleo. O barril ainda não subiu em dezembro – e a sequência de baixas mostra que há uma parcela considerável dos investidores apostando que os dados econômicos globais mostram que haverá menos consumo de combustíveis. O Brent está no menor patamar desde julho.
É aquela história: petróleo em baixa é um sinal ruim para a Petrobras e para o Ibovespa como um geral. O índice, porém, tem garantido suas altas com base na recuperação de outros setores.
Nesta quarta, investidores devem vigiar o Congresso, que propôs incluir a reforma do JCP dentro de outro projeto, a MP das Subvenções. Para levar adiante alguma restrição ao uso do Juro sobre Capital Próprio, o governo precisou ceder em quase tudo o que pretendia. O IR cobrado permanece o mesmo, 15%, não há teto de abatimento e empresas podem “carregar” os resultados de um ano para o outro.
Lembrando que o JCP é um dividendo alternativo das empresas – e que funciona como um redutor da base de cálculo de IR para as grandes empresas.
Por fim, há a Sabesp (SBSP3). Nesta quarta, os deputados de São Paulo devem votar o projeto para privatizar a companhia de saneamento.
Bons negócios!
Futuros S&P 500: 0,25%
Futuros Nasdaq: 0,37%
Futuros Dow Jones: 0,12%
*às 8h
Cúpula do Mercosul no Rio, com a presença de Haddad
08h: FGV publica IGP-DI de novembro
08h30: BC divulga resultado do setor público consolidado de outubro
10h15: EUA/ADP: Relatório de emprego no setor privado de novembro
10h30: EUA divulgam balança comercial de outubro
11h: Parecer da MP da subvenção pode ser apresentado na Câmara
12h30: DoE divulga estoques de petróleo nos EUA
17h30: Plenário da Alesp deve votar privatização da Sabesp
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,33%
- Londres (FTSE 100): 0,29%
- Frankfurt (Dax): 0,19%
- Paris (CAC): 0,26%
*às 8h
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,16%
- Hong Kong (Hang Seng): 0,83%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): 2,04%
- Brent*: -0,63%, US$ 76,71
- Minério de ferro: 2,76%, a US$ 130,15 por tonelada em Dalian
*às 7h59
Como fazer reuniões que NÃO poderiam ter sido um e-mail
Um terço delas são inúteis, segundo os próprios participantes. E custam US$ 101 milhões às grandes empresas americanas todos os anos. Não à toa, “reuniões que poderiam ter sido um e-mail” se tornaram um meme. Mas, com algumas estratégias simples, dá para tornar os encontros mais significativos. Veja como neste texto da VOCÊ S/A.