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Bolsas caminham para o melhor mês desde novembro de 2020

Balanços da Apple e Amazon surpreendem e encomendam mais uma alta em uma semana marcada pelo bom humor.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 29 jul 2022, 12h27 - Publicado em 29 jul 2022, 08h21

Bom dia!

Os futuros americanos nesta sexta-feira apontam para o positivo; encomendando mais um dia de alta em uma semana cheia de emoções para o mercado. Se for confirmada, a tendência é que as bolsas por lá tenham o melhor mês desde novembro de 2020.

O que sustenta o otimismo do investidor é, principalmente, a temporada de balanços corporativos referentes aos segundo trimestre do ano. Os resultados sólidos das grandes empresas vem ajudando a acalmar os temores com a inflação nas alturas e com a recessão que bate às portas da economia americana.

Ontem, foi a vez de duas gigantes mostrarem seus números: a Amazon e a Apple. A empresa de Jeff Bezos divulgou prejuízo, mas teve um crescimento de receita acima do previsto e relatou otimismo com as vendas no restante do ano. As ações sobem surpreendentes 12% no pré-market em Nova York nesta manhã.

Já a empresa da maçã teve redução no lucro graças a novos entraves nas cadeias de produção vindas da China, mas as vendas de iPhones continuaram a crescer mesmo assim, mostrando a resiliência da Apple. Os papéis sobem 2,3% no pré-market.

Ao longo da semana, outras big techs, como Alphabet e Microsoft, também divulgaram números acima do esperado pelo mercado, o que ajudou a sustentar o bom humor.

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Ontem também teve divulgação do PIB americano, que mostrou uma nova desaceleração: queda de 0,9%, isso após ceder 1,6% no primeiro trimestre do ano. Dois trimestres seguidos de queda podem ser considerados uma recessão técnica. Mas Wall Street viu o copo meio cheio: com a economia fraca, o Fed deverá maneirar no seu ritmo de aumento de juros por lá. 

Na quarta, o banco central americano subiu a taxa em 0,75 p.p., e espera-se que, na próxima reunião, volte a anunciar um novo aumento, já que a inflação é alta e persistente. A questão é a magnitude desse aumento – com a economia em inanição, o mercado espera que a postura do Fed seja mais suave daqui para frente.

Por aqui, quem injetou otimismo ontem foi a Petrobras, com uma distribuição recorde de dividendos que agradou aos acionistas. Depois do fechamento do pregão, a empresa também divulgou seu balanço mostrando forte lucro:  R$ 54,33 bi, um valor 26,8% maior que o registrado no segundo trimestre do ano passado.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros S&P 500: 0,77%

Futuros Nasdaq: 1,11%

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Futuros Dow: 0,34%

*às 8h10

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): 1,22%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,44%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,09%

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Bolsa de Paris (CAC): 1,37%

*às 8h12

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,32%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,05%

Hong Kong (Hang Seng): -2,26%

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Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent: 2,17%, a US$ 109.47

Minério de ferro: -4,55%, cotado a US$ 114,65 por tonelada  em Cingapura

*às 7h58

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Assaí e GPA: atacarejo sai ganhando

Até fevereiro do ano passado, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) era dono do Assaí. Aí os executivos do GPA entenderam que os dois negócios eram diferentes demais para continuarem respondendo como um só: o Pão de Açúcar focado no segmento premium (mais caro) de supermercado, e o Assaí voltado ao atacarejo. Depois da cisão, o Assaí ganhou seu próprio ticker na bolsa: ASAI3. Se deu bem quem deixou o premium de lado e apostou no atacarejo. O Assaí reportou lucro líquido de R$ 319 milhões no segundo trimestre de 2022 – crescimento de 20,7% em um ano. Do outro lado, o Pão de Açúcar teve prejuízo de R$ 172 milhões no trimestre. Em 2022, as ações do Assaí subiram 28%, a R$ 16,36. Alcançou o valor das ações do GPA, que caíram 21% no ano, a R,32.

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Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Delivery não entrega lucro

O setor de delivery foi um dos grandes beneficiados pela pandemia. Mas a Covid não mudou um elemento basilar dos apps de entrega: eles são máquinas de queimar dinheiro. Não dão lucro. E agora, na beira do precipício de uma desaceleração econômica global, eles precisam começar a reavaliar seus negócios para cortar gastos de funcionamento. Aqui, a Reuters analisa a situação (e o futuro) dos apps de entrega pelo mundo – entre eles o Ifood. 

Fuja dos golpes do Pix

Roubo de celular é a nova Covid. Em 2021, o país registrou um telefone roubado por minuto, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em 2022, a Polícia de São Paulo investiga se o PCC, a maior facção criminosa do Brasil, estaria envolvido. Enquanto isso, cada vez mais gente têm a vida financeira devastada após um roubo de celular. Ninguém está 100% imune, mas existem jeitos de deixar a vida dos bandidos mais difícil. Aqui, a gente te ensina como se proteger dos golpes do Pix.

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

9h30 – EUA divulgam índice de preços de gastos com consumo (PCE) de junho 

Temporada de balanços
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Antes da abertura – Chevron, ExxonMobil e Procter & Gamble, nos EUA; Usiminas, no Brasil

Depois do fechamento – Raia Drogasil

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