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Bolsas acordam em baixa à espera dos balanços de Microsoft e Google

Futuros dos EUA operam no negativo, após alta de ontem. Por aqui, IPCA-15 fica em 0,16%. Alta em 12 meses cai de 7,96% para 6,85%.

Por Alexandre Versignassi
Atualizado em 18 out 2024, 14h06 - Publicado em 25 out 2022, 08h34
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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“Agora pare”, disse o mercado americano nesta terça, à espera dos balanços da Microsoft e da Alphabet (Google). As duas, mais Apple, Amazon e Tesla formam o clube das cinco maiores empresas dos EUA. Depois de uma segunda-feira de alta, com o S&P 500 subindo 1,20%, os futuros do índice operavam em baixa nesta manhã: -0,38%.

A temporada de balanços vem positiva lá fora. Até sexta, 20% das 500 maiores companhias dos EUA tinham soltado seus resultados. E 72% anunciaram lucros acima do esperado, de acordo com a consultoria FactSet. Mas a semana dos peixes grandes é essa. Microsoft e Alphabet apresentam seus balanços após o fechamento de mercado. Na quinta, é a vez de Apple e Amazon (a Tesla apresentou o seu na semana passada – com lucro em alta, mas já dizendo que não conseguirá aumentar a produção como previa, o que resultou em queda). 

Além dos balanços, as tentativas de prever os movimentos do Fed também determinam o cabo de guerra. O lado otimista espera que os juros encerrem o ano em 4,50% – com a última alta de 0,75 pp rolando na semana que vem, e a derradeira do ano desacelerando para 0,50 pp  em dezembro. O lado pessimista vê mais duas altas de 0,75%, pelo menos, com a “Selic” deles fechando em 4,75%. Seja como for, são patamares não vistos desde 2007.

Por aqui, você sabe, bastou um sujeito para derrubar a bolsa (-3,27%): Roberto Jefferson. O ex-deputado já está no presídio de Bangu, e responderá por tentativa quádrupla de homicídio. A única certeza é que as eleições seguirão ditando os rumos. Ontem, o Ipec mostrou Lula e Bolsonaro estáveis, com 54% a 46% nos votos válidos – bom para a candidatura petista, ruim para as ações das estatais, principalmente Petrobras e Banco do Brasil, que caem quando as expectativas por uma eventual privatização diminuem.  

Seja como for, acionistas da Petrobras passam a terça com outra dor de cabeça: a companhia diminuiu sua produção de petróleo e gás em 6,6% no 3T22, em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

O IPCA-15 de outubro também ajuda a determinar os rumos de hoje. Ele veio em alta de 0,16%, ante -0,37% em setembro. A expectativa era de 0,09%. Seja como for, a alta em 12 meses caiu bem: de 7,96% para 6,85%.

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Boa terça e bons negócios.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: -0,38%

Futuros Nasdaq: -0,19%

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Futuros Dow: -0,44%

*às 7h45

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,29%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,78%

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Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,86%

Bolsa de Paris (CAC): 0,21%

*às 8h25

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,46%

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Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,02%

Hong Kong (Hang Seng): -0,10%

Commodities

Brent: -1,21%, a US$ 90,12

*às 7h10

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market facts

IRBR3: penny stock 

Ontem, as ações da IRB fecharam em queda de 8,49%, a R$ 0,97. Pela primeira vez na história da companhia, os papéis passaram a valer menos de R$ 1. O tombo veio depois da divulgação de resultados financeiros de agosto, que mostraram prejuízo líquido de R$ 164,7 milhões – contra lucro de R$ 84,8 milhões um ano antes. Somando as perdas de agosto, a IRB acumula um prejuízo de R$ 516,4 milhões nos primeiros oito meses do ano.  É uma piora de 205% em relação ao acumulado do ano passado até agosto, que somava prejuízo de R$ 168,9 milhões. Em 2022, os papéis IRBR3 já caíram 75%.

Vale a pena ler:

O peso dos imóveis na inflação

Habitação ocupa ⅓ da cesta de produtos usada no cálculo do Consumer Price Index (CPI), o IPCA americano – o que faz dela a categoria de maior peso do índice, capaz de influenciar altas ou baixas na inflação geral do país. Neste vídeo, o Wall Street Journal explica porquê a inflação do mercado imobiliário é tão importante e, ao mesmo tempo, tão difícil de medir.

A nova face do desengajamento 

Se a acusação de que “ninguém mais quer trabalhar” é antiga, a resposta que a geração Z (nascidos a partir de meados dos anos 1990) deu a ela é nova: “não queremos mesmo”. Ou, pelo menos, “não dessa maneira”. Esforçar-se o mínimo possível no emprego é a estratégia escolhida pelos jovens para lutar contra o burnout.  No entanto, o “quiet quitting” pode sair pela culatra. A Você S/A te conta porquê.

Agenda

9h: IPCA-15; previsão é de 0,09%

Temporada de balanços

Antes da abertura: Twitter, Coca-Cola, UBS

Depois do fechamento: Alphabet, Microsoft, Visa.

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