Biden e McCarthy não chegam a acordo e impasse da dívida americana segue assombrando os mercados
Conversa entre partidos melhora, mas democratas estão relutantes em cortar gastos. Na Europa, PMI indica que a indústria contraiu no maior ritmo desde a pandemia.
Bom dia!
A reunião entre Joe Biden e o presidente da Câmara americana, Kevin McCarthy, sobre a dívida dos Estados Unidos terminou sem o tão esperado acordo para elevar ou suspender o teto de gastos americano, deixando a maior economia do mundo à beira de um calote. Sem um acordo, o país deve ficar sem dinheiro já no início de junho.
Parece apocalíptico, e seria, se não fosse a capacidade do governo americano de dar um jeito de driblar a régua fiscal ano após ano. O país já estourou o teto 78 vezes e essa deve ser a 79ª. Em nota, o presidente dos EUA assegurou que o calote da dívida americana está “fora da mesa”.
Mas, o impasse no acordo entre republicanos e democratas e a incerteza em relação às cláusulas deixa investidores preocupados e encarece a dívida americana. Ontem, o juro do título do Tesouro americano de 10 anos foi de 3,692% para 3,719%. No fim de abril, ele estava a 3,4520%.
Enquanto o lado de McCarthy pede mais austeridade fiscal, Biden luta para promover o seu plano de investimento pesado que o ajudou a se eleger. “Acredito que Biden e os democratas querem, sim, fazer um acordo, mas apenas para gastar mais dinheiro”, disse McCarthy.
Apesar dos pesares, a situação parece estar melhor do que na semana passada. O republicano disse na saída da Casa Branca que o encontro foi produtivo e que “o tom desta noite foi melhor do que nas reuniões anteriores”.
Outra preocupação dos investidores é a fraca atividade na Europa. Hoje, a leitura do PMI indicou que a indústria encolheu em maio no ritmo mais rápido desde 2020, no início da pandemia.
O PMI industrial caiu mais do que o esperado, de 45,8 pontos em abril para 44,6 pontos em maio, e o de serviços foi de 56,2 para 55,9 pontos. O PMI composto recuou de 54,1 abril para 53,3 pontos.
Resta torcer para que os EUA salvem o pregão com um acordo entre republicanos e democratas.
Bons negócios!
Futuros do S&P 500: -0,08%
Futuros do Dow Jones: -0,10%
Futuros do Nasdaq: -0,09%
*às 8h41
Recuperação judicial 2.0
Na sexta-feira, o conselho de administração da Oi aprovou o plano de sua segunda recuperação judicial. Ele prevê uma captação extra de R$ 4 bilhões e, se necessário, eventuais aumentos de capital (públicos ou privados). O objetivo é reduzir a dívida de R$ 43,7 bilhões nas costas da companhia. O pedido foi autorizado pela Justiça em março, só três meses depois do encerramento da primeira RJ, em dezembro de 2022. Essa demorou seis anos para ser concluída, e conseguiu diminuir a dívida de R$ 65 bi para os atuais R$ 43 bi.
Na segunda, as ações registraram alta de 2,04%, a R$ 2,50.
10h: presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, participa de conferência sobre tecnologia disruptiva;
10h45: PMI composto preliminar dos EUA em maio;
11h: vendas de moradias novas nos EUA em abril;
12h: líderes partidários se reúnem na casa de Arthur Lira para definir data de votação do arcabouço fiscal;
15h30: divulgação do 2º boletim macrofiscal da Fazenda, com projeções de PIB, inflação e resultado fiscal;
16h: secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, concede entrevista coletiva sobre boletim macrofiscal;
16h: Fernando Haddad tem reunião com os deputados Aguinaldo Ribeiro e Reginaldo Lopes, respectivamente, relator da reforma tributária na Câmara e coordenador do grupo de trabalho sobre a reforma na Casa;
17h30: estoques de petróleo nos EUA na semana até 19/5.
Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,49%
Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,25%
Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,18%
Bolsa de Paris (CAC): -0,80%
*às 8h26
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,41%
Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,42%
Hong Kong (Hang Seng): -1,25%
Brent*: 0,97%, a US$ 76,73
Minério de ferro: -2,95%, a US$ 100,26 por tonelada na bolsa de Dalian
*às 8h40
A síndrome do impostor
A sensação crônica de ser uma fraude no trabalho – especialmente quando você é bem-sucedido – é mais comum do que parece. Ainda assim, trata-se de um problema pouco investigado pela psicologia e incompreendido pelo público. Nesta reportagem da Você S/A, entenda o que realmente se sabe sobre o fenômeno.
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