Bancos centrais nos EUA, Europa e Ásia decidem juros nesta semana
Expectativa de uma pausa no aperto monetário do Fed anima mercados mundo afora; por aqui, previsão é de cortes na Selic a partir de agosto.

Bom dia!
A semana começa com altas expectativas com decisões de grandes bancos centrais mundo afora. O principal é, claro, o Fed, que começa sua reunião amanhã e termina na quarta-feira. É grande a expectativa do mercado que o BC americano decida finalmente pausar os aumentos nos juros por lá, após dez altas seguidas. 75% dos investidores apostam nessa opção, segundo o CME Group.
A provável pausa do Fed anima os mercados e aumenta o apetite por risco nesta segunda-feira: os futuros de NY amanhecem no azul, enquanto as bolsas europeias também registram ganhos.
Mas há ainda um dado importante antes da decisão do banco, que pode mudar a história: a inflação americana. Amanhã sai o CPI (índice de inflação ao consumidor) de maio; mesmo assim, dificilmente ele terá o potencial de reverter as apostas do mercado por uma pausa nos juros. Seria preciso um número muito acima do esperado para alterar o rumo da novela.
Na Europa, o consenso é por um novo aumento na taxa de juros na Zona do Euro, de 0,25 p.p. Há ainda decisões no Japão (provável manutenção) e na China – onde o banco central poderá diminuir os juros para incentivar a economia, o que seria uma ótima notícia para o Brasil, embora uma manutenção nas taxas atuais seja a decisão mais provável do banco chinês.
E por aqui? A expectativa de uma Selic mais baixa é um dos fatores que impulsionam o otimismo com o Ibovespa – que já sobe 8% no mês. A inflação em queda, próxima da meta, reforça a aposta de cortes pelo Copom na reunião de agosto. Roberto Campos Neto falará hoje em palestra, às 15h30, e pode dar pistas do que vem por aí.
A provável pausa do Fed, então, só vem para somar mais gasolina para o otimismo que dominou a bolsa brasileira nos últimos dias. Mas a segunda-feira amanhece com um fator negativo: petróleo e minério de ferro, duas commodities de peso para a bolsa brasileira, em queda. O minério caiu 1,8% na bolsa chinesa de Dalian hoje e o petróleo tomba quase 2% também. Será o suficiente para frear o otimismo que tomou conta dos investidores? A ver.
Bons negócios.

Futuros S&P 500: 0,23%
Futuros Nasdaq: 0,47%
Futuros Dow: 0,04%
*às 8h16
Debandada? Que nada!
Quando a Netflix anunciou que passaria a cobrar uma tarifa de quem acessasse a mesma conta em mais de uma residência, seus clientes foram às redes bradar contra a iniciativa e dizer que abandonariam a plataforma pelas concorrentes, de custo menor e sem este empecilho. Até o Procon entrou na jogada, alegando que a cobrança adicional de R$ 12,90 fere os direitos do consumidor. Afinal de contas, você pode ter mais de uma casa, viajar, ou assistir sua série enquanto se desloca para o trabalho —não necessariamente apenas distribuir sua senha a torto e direito entre amigos e família, rs.
Por enquanto, as reclamações não passam de barulho para a companhia. Segundo projeções do JP Morgan, a tarifa adicional adotada globalmente deve gerar US$ 6 bilhões a mais de receita para a Netflix entre 2024 e 2025. Esse valor é quase 20% dos US$ 32,6 bilhões que ela gerou em todo 2022, quando lucrou US$ 6,4 bilhões.
O banco está tão confiante com a plataforma de streaming, que aumentou o preço-alvo do papel de US$ 380 para US$ 470. Desde que ele anunciou a nova estimativa, na semana passada, o papel foi de US$ 399 para US$ 420.
13h Lula se reúne com Ursula von der Leyer, presidente da Comissão Europeia, para tratar do acordo UE-Mercosul
15h30 Campos Neto fala em evento promovido pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV)
Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,95%
Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,05%
Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,53%
Bolsa de Paris (CAC): 0,47%
*às 8h19
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,20%
Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,52%
Hong Kong (Hang Seng): 0,07%
Brent: -1,83%, a US$ 73.42 o barril
*às 8h03
Minério de ferro: -1,81% a US$ 109,99 por tonelada na bolsa de Dalian (China)
Oráculo de Omaha
Para se dar bem nos investimentos, o segredo é diversificar. E ninguém faz isso melhor do que Warren Buffett, o mestre do value investing. Sua empresa, a Berkshire Hathaway, lucrou US$ 35,5 bilhões, no primeiro semestre deste ano, uma alta de 536,2% em relação ao ano anterior. E a maior parte disso vem do investimento em outras empresas. Nesta reportagem da edição de junho da Você SA, destrinchamos o portfólio que rende, em média, quase 20% ao ano.