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Balanços de JPMorgan, Citi e Wells Fargo vêm fortes

O ar estava pesado após a crise no setor em março. Mas os gigantes americanos se provaram resistentes – o JPMorgan registrou até uma alta nos depósitos.

Por Bruno Vaiano
Atualizado em 14 abr 2023, 15h42 - Publicado em 14 abr 2023, 10h14

A temporada de balanços do primeiro trimestre de 2023 abriu em uma nota de suspense: JPMorgan, Citi e Wells Fargo anunciaram seus resultados.

A falência do SVB e a aquisição do Credit Suisse pelo UBS, em março, obrigaram o Fed e outros bancos centrais mundo afora a adotar medidas de emergência para evitar uma corrida bancária (quando os clientes sacam o dinheiro guardado com medo de uma falência) e evitar escassez de crédito nas rodadas de empréstimos entre bancos que ocorrem após o fim do expediente.

Os grandões do setor, porém, se mostraram resistentes ao baque, e já estão colhendo os frutos na bolsa. O JPMorgan, incrivelmente, registrou um aumento nos total de depósitos no primeiro trimestre em relação ao 4T22: tinha US$ 2,38 tri ao final de março, contra os US$ 2,34 tri em dezembro.

A receita líquida de juros (NII, na sigla em inglês) aumentou 49% e veio em US$ 20,7 bilhões, um resultado tão bom que motivou o banco a atualizar a previsão que havia feito em janeiro para o total que arrecadaria neste ano por meio desta fonte, de US$ 73 bi para US$ 81 bi.

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Por fim, o lucro líquido do gigante foi de US$ 12,62 bilhões, 52% maior que a do mesmo período do ano passado.

Esse gás na NII é, pelo menos em parte, uma consequência da taxa básica de juros de 5% vigente nos EUA, muito alta para os padrões do país. O Wells Fargo teve um aumento parecido nesse indicador, de 45%.

Falando nele, o lucro líquido do quarto maior banco dos EUA foi de US$ 4,99 bilhões, o que representa uma alta de 36% em relação ao trimestre anterior e 32% em relação ao primeiro trimestre de 2022.

E agora o último da lista, o Citi, cujo lucro de US$ 4,6 bilhões no primeiro trimestre representa uma alta de 7% em relação ao resultado de US$ 4,3% do último período de 2022. Sua receita, em US$ 21,4 bilhões, superou a projeção consensual do mercado, que era de US$ 19,9 bilhões.

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