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Ata do Copom e IPCA-15 no radar dos investidores brasileiros nesta terça

Lá fora, clima é de recuperação após a forte sangria nas bolsas – mas o medo dos juros altos ainda paira sobre Wall Street.

Por Bruno Carbinatto
27 set 2022, 08h25

Bom dia!

O céu parece ter se aberto em New York, ao menos temporariamente. Os futuros das bolsas americanas apontam para cima nesta terça-feira, após a forte sangria registrada ontem nas bolsas

Na segunda-feira, foi a vez de diversos membros do Fed injetar pessimismo no mercado com suas falas sobre os juros nos Estados Unidos, que devem subir mais do que o esperado e ficar em alto patamar por muito tempo. Hoje, é a vez de Jerome Powell, o presidente do Fed, falar às 8h30, em evento que também reúne a líder do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. 

As palavras de Powell podem amargar o humor e reverter o otimismo que abre o dia (ainda que seja possível que ele simplesmente evite falar de política monetária). De qualquer forma, os índices americanos vêm de uma sequência de quatro dias de queda e devem buscar hoje uma oportunidade para respirar.

Também é de recuperação o clima na Ásia, onde as bolsas fecharam em alta, e na Europa, após o derretimento da libra e as fortes perdas do euro ante ao dólar de ontem.

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Por aqui, investidores devem digerir a ata do Copom, divulgada pela manhã desta terça-feira. A última reunião do Comitê anunciou o fim do ciclo de alta de juros – decisão que não foi unânime, diga-se, já que dois membros optaram por uma alta residual, de 0,25 ponto percentual. De qualquer forma, o tom do BC foi considerado agressivo, não descartando novas altas caso a inflação volte a assustar.

Inflação, aliás, também é destaque hoje, com a divulgação do IPCA-15 (referente à primeira quinzena de setembro), que deve mostrar deflação de 0,2%.

Uma boa notícia para o consumidor, melhor ainda para o governo Bolsonaro. A melhora nos preços pode ser a última esperança para o presidente, que aparece em segundo lugar nas pesquisas. O ex-presidente Lula, por sua vez, está isolado no primeiro lugar e pode vencer já no primeiro turno – cenário confirmado pela pesquisa Ipec de ontem.

Mesmo com toda a tensão política, o mercado doméstico ainda está mais focado nas questões internacionais do que as brasileiras. A poucos dias da eleição, essa tendência vai continuar? A ver.

Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

 

Futuros S&P 500: 1,12%

Futuros Dow: 0,89%

Futuros Nasdaq: 1,32%

às 8h15

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Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,67%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,13%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,61%

Bolsa de Paris (CAC): 0,65%

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*às 8h15

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,45%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,53%

Hong Kong (Hang Seng): 0,03%

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Commodities

Brent*: 1,49%, a US$ 85,31

Minério de ferro: 1,88%, cotado a US$ 97,45 por tonelada em Cingapura

*às 7h59

market facts

Igualdade de competição

O BC decidiu limitar a tarifa que as fintechs ganham cada vez que você usa o cartão de débito. O lance é que as contas digitais (como a do Nubank) não têm cartão de débito de verdade, mas sim um pré-pago. Para o cliente, não faz diferença, mas isso muda o quanto elas ganham a cada compra. Os bancões tinham um teto de 0,8% do valor da transação paga no débito. Para as fintechs, não havia limite. O Nubank ganhava mais de 1%. Isso vai mudar. O limite da tarifa de intercâmbio dos cartões pré-pagos será de 0,7%. No débito, o teto caiu para 0,5%. 

A medida já era discutidamais de um ano. Os cartões da conta dos bancões são de débito, e eles diziam estar em desvantagem em relação às fintechs. Na prática, o teto afeta negativamente as fintechs porque limita uma fonte de receita. O Nubank chegou a dizer que apenas 7% de sua receita vem dessa tarifa. Caso o teto tivesse em vigor desde julho do ano passado, a perda de receita total seria de 2,9%. O fato é que o dia negativo nas bolsas não ajudou, mas as ações do Nubank caíram 4,45%, a US$ 4,51; o PagSeguro, que também usa cartões pré-pagos, despencou 7,96%, a US$ 12,61. 

Vale a pena ler:

Como o dólar forte afeta o mundo inteiro? 

Em momentos de pessimismo global, o dólar, símbolo de estabilidade e segurança, costuma ser um bunker para os investidores. Quanto pior as coisas ficam, mais as pessoas compram dólares. E com os juros norte-americanos altos, melhor ainda: os retornos da moeda aumentam. Com muita gente comprando, o preço do dólar sobe. Segundo um estudo do FMI, quase 40% das transações mundiais são feitas em dólar. Por isso, as oscilações dele impactam a economia do mundo inteiro. Em resumo: um dólar muito valorizado tem prós e contras para os Estados Unidos; para o resto do mundo, são só contras. O NYT explica aqui

Os empregos que os americanos não querem

Os impactos da grande resignação norte-americana ainda pairam sobre o setor de serviços dos EUA. Desde a onda de demissões do início da pandemia, o setor não conseguiu preencher de novo os cargos que necessita. Vagas de vendedores, garçons, lavadores de pratos e outras tarefas que exigem baixa qualificação vêm permanecendo em aberto por anos. Aqui, a BBC explica porquê. 

Agenda

8h Copom divulga ata da última reunião

8h30 Jerome Powell, do Fed, e Christine Lagarde, do BCE, participam de evento do Banque de France

9h IPCA-15 de setembro; expectativa é de deflação de 0,20%

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