Relâmpago: Assine Digital Completo por 1,99/mês

Abertura de Mercado: “tá tudo caro”

Presidente da Petrobras prestará contas à Câmara dos Deputados sobre a alta nos preços dos combustíveis. Lá fora, os EUA divulgam a inflação de agosto.

Por Tássia Kastner
Atualizado em 16 dez 2024, 16h33 - Publicado em 14 set 2021, 08h18
-
 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
Continua após publicidade

“A Petrobras deve ser lembrada: os brasileiros são seus acionistas.” A frase foi dita por Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, em sua conta no Twitter ontem à noite. Era um ensaio para a audiência pública do presidente da estatal, o General Joaquim Silva e Luna, marcada para as 9h. A pauta, claro, é a disparada nos preços dos combustíveis. 

Lira se juntou a Bolsonaro nas reclamações contra a Petrobras. No final de agosto, o presidente da República havia dito que gostaria de começar a “trabalhar” os preços dos combustíveis, que tanto afetam a inflação – e a sua popularidade. Economistas pela primeira vez previram que o IPCA fechará o ano na faixa de 8%, cada vez mais distante da meta de 3,75% do Banco Central.

O valor de gasolina, diesel e gás no Brasil são fruto de uma combinação dos preços do petróleo no mercado internacional com a cotação do dólar. Por enquanto, a moeda americana está relativamente estacionada ao redor dos R$ 5,20. Poderia ser menos, dizem os economistas, mas a crise política causada pelo próprio presidente segura o câmbio.

Por outro lado, não dá para contar com uma baixa no barril. A commodity tem novo dia de alta no mercado internacional, reflexo de um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). No documento, a agência disse que haverá uma redução significativa na produção da matéria-prima, principalmente pelos impactos do furacão Ida nos EUA. Lá fora, o petróleo amanheceu em alta, com o brent acima dos US$ 74 por barril.

O resultado dessa história é que não há mágica: se for para reduzir o preço dos combustíveis, será à pauladas. E essa intervenção tem tudo para ceifar os lucros e as altas nas ações da Petrobras na B3. Ontem, ela havia avançado mais de 3% em um dia marcado por algum otimismo da Faria Lima com uma redução de risco político.

Essa preocupação com os preços dos combustíveis não é exclusividade do Brasil. Em todo o mundo, consumidores reclamam do aumento de custos. Hoje, os EUA divulgam a inflação deles para agosto (o CPI). Esse é um dos dados mais importantes para guiar a decisão do Fed (o banco central dos EUA) de reduzir ou não os estímulos à economia que tanto alimentam a alta nas bolsas. Na dúvida, os futuros americanos abriram perto da estabilidade, a perfeita definição de esperar para ver.

 

humorômetro: o dia começou sem tendência definida

Continua após a publicidade

Futuros S&P 500: +0,09%

Futuros Nasdaq: +0,02%

Futuros Dow:  +0,07%

*às 8h02

Europa

Continua após a publicidade

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,08%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,28%

Bolsa de Frankfurt (Dax): +0,12%

Bolsa de Paris (CAC): -0,39%

*às 8h29

Continua após a publicidade

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,49%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): +0,73%

Hong Kong (Hang Seng): -1,12%

Commodities

Continua após a publicidade

Petróleo*

Brent: +0,72%, a US$ 74,04

WTI: +0,64%, a US$ 70,90

Minério de ferro

-1,75%, a US$ 121,67 por tonelada no porto de Qingdao

*às 8h05

Agenda

Continua após a publicidade

9h O IBGE divulga o resultado do setor de serviços em julho. A expectativa é de alta de 1,1% na comparação com junho.

9h Roberto Campos Neto participa de MacroDay, do BTG Pactual.

9h O presidente da Petrobras, Joaquim Luna e Silva, participa de debate sobre preço dos combustíveis e termelétricas na Câmara dos Deputados. Ontem, o presidente Arthur Lira disse que a estatal é dos brasileiros, engrossando o coro de críticas à escalada da gasolina e do diesel nas bombas.

9h30 EUA divulgam a inflação de agosto, dado central para o Fed (o banco central dos EUA) começar a cortar os estímulos à economia.

17h Paulo Guedes, participa de MacroDay, do BTG Pactual (17h)

market facts

Também não sei

O Magazine Luiza (MGLU3) precisou dar explicações à CVM sobre a movimentação brusca das suas ações no último mês. E não havia nada muito emocionante a dizer: a companhia afirmou não saber a origem das movimentações atípicas, e disse que elas poderiam ser atribuídas ao noticiário do setor. A empresa também lembrou que conduz um programa de recompra de ações. Os papéis do Magalu acumulam baixa de mais de 30% no ano, mas isso ainda significa que a empresa é negociada a um P/L de 147 vezes. P/L, não custa lembrar, é a divisão do valor de mercado da empresa pelo lucro que ela gera. O indicador estima quantos anos o acionista levaria para recuperar o investimento. O P/L médio do Ibovespa está ao redor de 8.

Hello, segurança

A Apple lançou ontem uma atualização de emergência para o seu sistema iOS. O objetivo era barrar a invasão de telefones pelo sistema espião israelense do NSO Group. Até então, tratava-se os sistemas da maçã como invioláveis. Uma reportagem do New York Times relembra o caso (aqui, em inglês). Hoje a companhia anuncia seus novos iPhones.

Vale a pena ler:

Ops, era fake news

Ontem, um serviço de disparo de notícias anunciou que o WalMart passaria a aceitar litecoins (uma prima distante do bitcoin) como forma de pagamento, levando a moeda a disparar. Era fake. O Walmart negou qualquer negociação, e o GlobeNewswire (o sistema usado) vai investigar o caso. À Bloomberg, o criador da litecoin, Charlie Lee, comentou o episódio. “Eu nego que isso tenha qualquer relação conosco e vamos tentar nosso melhor para descobrir o que aconteceu – e vamos barrar a circulação de fake news”, afirmou. A entrevista, em vídeo, e o resumo da conversa estão aqui

E agora?

Perder o emprego pode ser uma experiência traumática. Neste cinco tópicos, a revista Gama dá cinco dicas para lidar com a nova fase, incluindo o que e para quem contar. Aqui.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

ECONOMIZE ATÉ 65% OFF

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês*

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.