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À espera do payroll, bolsas globais amanhecem no azul

Relatório de empregos dos EUA sai às 9h30 e vai balizar o humor dos investidores. Sem indicadores fortes por aqui, Ibovespa acompanha Wall Street.

Por Jasmine Olga
Atualizado em 21 out 2024, 10h20 - Publicado em 6 out 2023, 08h32
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 (Tiago Araújo/Você S/A)
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Bom dia!

A bateria de dados sobre o mercado de trabalho americano que vimos nos últimos dias está prestes a chegar ao fim. E, como já é tradição, o mais importante dos números ficou para o final. Hoje é dia do payroll, às 9h30. Trata-se do relatório de empregos dos EUA, uma das peças-chaves do Fed na hora de definir o futuro da política monetária. 

A projeção da Bloomberg é que o país tenha registrado a criação de 170 mil novos postos de trabalho em setembro, queda com relação aos 187 mil de agosto, mas o suficiente para reduzir a taxa de desemprego para 3,7%. 

Um mercado de trabalho com forte oferta constante de emprego é uma das características de uma economia americana mais resiliente e, por tabela, mostra que ainda existe espaço para o Fed elevar os juros (hoje em 5,50%) e mantê-los próximos desse patamar por mais tempo do que o esperado. E esse é o grande temor do mercado. 

Mas tão importante quanto o número de vagas é o avanço no salário médio dos trabalhadores — já que se o número é capaz de alimentar a inflação na veia, deixando a meta de 2% ao ano do Fed ainda mais distante. 

Segundo o CME Group e sua ferramenta de projeções para as próximas decisões de juros nos Estados Unidos, 81,5% dos investidores acreditam em uma manutenção da taxa básica na reunião de novembro. Para dezembro, esse número é de 64,2%. 

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Se ontem os investidores optaram pela cautela antes de conhecer os novos dados, hoje os índices futuros americanos operam em leve alta, sem grandes barulhos e sem ditar uma tendência para o dia 

É que os dados preliminares divulgados nos últimos dias não deram nenhum tipo de clareza sobre qual deve ser a fotografia final do mercado de trabalho americano Lembrando: o Jolts de agosto, considerado uma prévia do payroll, mostrou uma forte abertura de novos postos de trabalho, enquanto o relatório ADP de setembro, medidor do mercado privado, ficou longe das estimativas dos analistas. 

Mas caso a surpresa negativa se confirme, a sexta-feira tende a ser de perdas. É que uma alta nas projeções para o juro americano deve levar a uma nova enxurrada de dólares em direção aos títulos do Tesouro americano. O resultado é bolsa em queda e uma forte apreciação da moeda americana frente às demais moedas — principalmente a de países emergentes, como o Brasil. 

Na Europa, a alta mais firme é patrocinada por dados melhores do que o esperado da maior economia do continente. A Alemanha viu a indústria alemã se expandir, com alta de 3,9% em novos pedidos. Em julho, o indicador havia afundado 11,3%. 

Também vale ficar de olho no comportamento do petróleo — ainda que o payroll traga números que levem as bolsas a ganhar novo fôlego, uma nova queda no preço do barril é capaz de brecar um movimento de ganhos, já que levaria as petroleiras a uma nova rodada de perdas. Na semana, o Brent acumula queda de quase 9%.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros do S&P 500: 0,28%

Futuros do Nasdaq: 0,33%

Futuros do Dow Jones: 0,25%

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*às 8h15

market facts

Novela da Oi Móvel chega ao fim

Em 2020, a Tim, Vivo e Claro adquiriram a Oi Móvel em um leilão, por um total de R$ 16,5 bilhões. Naquele momento, a companhia estava em recuperação judicial (ela entrou de novo em março deste ano, mas isso é outra história) e a venda da operação de celular era parte da reestruturação da empresa.

Por uma série de inconsistências relacionadas à caixa e à base de clientes, as três empresas propuseram que o valor fosse reduzido em R$ 3,2 bilhões. A Oi não concordou – e o caso foi parar na Justiça em outubro de 2022.

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Um ano depois, as empresas finalmente chegaram em um acordo: a redução será de R$ 723,7 milhões, totalizando R$ 15,2 bilhões, uma queda de 7,8%.

A notícia agradou investidores: OIBR4 chegou a subir 13,61%. Fechou em alta de 5,70%, a R$ 2,04. As ações da Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3) também subiram, respectivamente, 1,74% e 1,15%.

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

▪️ 09h30 — Departamento. do Trabalho dos EUA divulga o relatório mensal de empregos (payroll) de setembro

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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        • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,65%
        • Londres (FTSE 100): 0,37%
        • Frankfurt (Dax): 0,84%
        • Paris (CAC): 0,67%
        Fechamento na Ásia
        (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
        • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): fechado por conta de feriado
        • Hong Kong (Hang Seng): 1,58%
        • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,26%
        Commodities
        (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
              • Brent: -0,02%, a US$ 84,08 por barril
              • Minério de ferro: Em Cingapura, alta de 0,04%, a US$ 117,55

              *às 7h30

              Vale a pena ler:
              (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

              Taxas de juros a.C

              Parece que não é só a galera do TikTok que está pensando muito no Império Romano. Em relatório divulgado na semana passada, o Bank of America (BofA) montou um gráfico com histórico de taxas de juros no mundo. Até aí, nada de novo. O detalhe é que os dados remontam a 3.000 a.C – sim, antes de Cristo. Segundo o banco, as taxas de juros que hoje parecem altas são as mais baixas em “cerca de 5.000 anos”.

              A série foi feita com base em informações do Banco Central da Inglaterra (BOE), uma empresa de dados chamada Global Financial Data e um livro chamado “A History of Interest Rates”, de 2005. Para conferir mais gráficos, vale a leitura desta matéria bem-humorada do Financial Times. O gráfico do BofA deixamos aqui embaixo:

               

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