Nova mobilidade urbana: você sabe o que é?

Alinhada às pautas mundiais de sustentabilidade, a área encontra-se em expansão e demanda um olhar atualizado para o desenvolvimento de bons negócios

Por Bruna Ouchi, de Abril Branded Content
Atualizado em 18 out 2024, 09h31 - Publicado em 18 jun 2021, 10h00
Foto colagem, moça andando de bike e semáforo para bicicletas
 (iStock/iStockphoto)
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Desafio para as cidades de todo o mundo – principalmente para aquelas que cresceram sem planejamento adequado, como São Paulo –, a mobilidade urbana é um assunto urgente e necessário. Não é à toa que aumentar o número de cidades e comunidades sustentáveis está entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) para 2030.

Compartilhamento de bicicletas, ciclovias, veículos elétricos e híbridos no transporte público e ampliação de sistema sobre trilhos são algumas das ações que movem a gestão da nova mobilidade urbana. “Isso significa tornar as cidades e os assentamentos humanos mais inclusivos, seguros e sustentáveis. A iniciativa contempla, também, pluralidade de modais e a escolha dos mais adequados de acordo com as necessidades das pessoas”, afirma Mauro Andreassa, professor e coordenador do curso de pós-graduação em gestão da nova mobilidade urbana e sustentável do Instituto Mauá de Tecnologia.

No Brasil, algumas mudanças já foram implementadas, como ciclovias e ciclofaixas, rodízio de veículos, trabalho remoto, compartilhamento de veículos, entre outras. De acordo com Andreassa, as ações estão acontecendo, embora devessem ocorrer em um ritmo acelerado. “Precisamos de mais ciclovias, bicicletários, banheiros públicos, campanhas educativas e até subsídios para a compra de bicicletas. No trânsito, é necessário aliar inteligência com tecnologia, como câmeras e sensores nos principais pontos da cidade para coordenar a sincronicidade de semáforos. A ideia do pedágio urbano, implementado em Londres desde 2003, também é um caminho possível”, afirma.

Segundo o especialista, um transporte público de qualidade é igualmente importante. “Na cidade de Münster, na Alemanha, eles fizeram a seguinte conta: para transportar 72 pessoas, com uma média de 1,2 pessoa por veículo, seriam necessários 60 carros, ocupando 1 000 metros quadrados. Um ônibus transporta a mesma quantidade de pessoas, ocupando 34 vezes menos espaço. Os números falam por si só”, completa.

O FUTURO É AGORA

Para os profissionais entusiastas da mobilidade urbana, existem cursos de especialização só sobre o tema. Como acontece no Instituto Mauá de Tecnologia, que oferece pós-graduação em gestão da nova mobilidade urbana e sustentável. “É uma grande oportunidade de se atualizar na forma de fazer negócios. Apresentamos uma nova visão de mobilidade urbana, locomoção, população, deslocamentos e trânsito”, conta.

O curso é indicado para graduados em administração de empresas, economia, marketing, design e engenharias em geral, ou para os que desejam dedicar-se com profundidade ao tema. “Certamente será a porta de entrada para aqueles que estão em áreas muito diferentes, mas também poderá melhorar o grau de empregabilidade de quem já está inserido no mercado”, afirma Andreassa.

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De acordo com o coordenador, no final da pós o aluno terá uma visão holística sobre mobilidade e suas novas práticas de negócio. Além disso, permitirá um redirecionamento do foco de produto para serviço e a integração entre modais até a criação das smart cities, assim como o futuro da economia de escala e as novas perspectivas de Ebitda (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) e compliance para tempos de nova mobilidade.

TRIPÉ DA INOVAÇÃO

O Instituto Mauá de Tecnologia é um centro de excelência em assuntos técnicos e, agora, foca também em temas relacionados a negócios. “A inovação bem-sucedida vem com uma mudança no paradigma – não é só criatividade e tecnologia que conta. Este é o momento da indústria automobilística transitar para a mobilidade sustentável, reavaliando modelos de amortização de investimentos, taxas de retorno e mudança cultural”, analisa Mauro Andreassa.

Na Mauá, é comum ouvir a expressão “Tripé da Inovação”, que é composta por fazer conexões, gerar valor e propor as melhores soluções para cada tipo de problema. “Chamamos isso de formação Nexialista. Essa palavra apareceu pela primeira vez no livro Voyage of the Space Beagle, de Alfred E. van Vogt, em 1950, e indica a capacidade de dar sentidos e nexos a assuntos diferentes. Exatamente como este momento, em que vivemos uma mudança radical no mundo da mobilidade. Nada parece ter nexo, como um dia aconteceu com a indústria fonográfica – que saiu do vinil, passou pelo CD, foi para a troca de arquivos e reside hoje em algum lugar da imponderável nuvem. Ou ainda da Blockbuster, substituída pela Netflix. Agora chegou a vez da mobilidade”, finaliza o professor.

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