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Cinco tendências para o setor de coworkings

Confira alguns pontos importantes para dar atenção neste ano e que devem se tornar tendências para os próximos

Por Por Jorge Pacheco*
Atualizado em 17 dez 2019, 15h21 - Publicado em 10 Maio 2016, 09h00

 Há cinco anos acompanho de perto o surgimento e a evolução de espaços coworkings no Brasil. Durante esse período, identifico alguns movimentos de mercado que têm se intensificado e permitido prever não só a sua continuidade, mas também o seu crescimento e maior relevância para as pessoas.

 

Acredito que 2016 será excelente para o mercado de coworking no Brasil. Penso que será um ano marcado pela evolução de espaços e serviços e uma maior aceitação por parte das empresas, que cada vez mais estão vendo o valor de ter seus colaboradores em um ambiente compartilhado.

 

Abaixo, alguns pontos que considero importantes para dar atenção nesse ano e que devem se tornar tendências para os próximos:

 

1. Grandes empresas migrando para espaços compartilhados

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Já faz tempo que coworking deixou de ser sinônimo de espaço de trabalho para profissionais freelancers, autônomos e startups, sendo cada vez mais comum ver empresas buscando espaços compartilhados e geridos por terceiros. Trata-se de um movimento que representa redução de custos, simplificação de suas operações, além de maior networking e colaboração. O momento que vivemos hoje no Brasil requer constante inovação e, para isso, nada melhor do que estar em um espaço compartilhado com diferentes tipos de empreendedores e dispostos a trocar experiências e informações. Já temos observado espaços de coworking hospedando empresas com mais de 50 pessoas.

 

2. Maiores espaços

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Um dos maiores valores nos espaços de coworking é a diversificação e densidade de pessoas. Tendo uma boa gestão de comunidade, espaços com maior número de pessoas enriquecem as oportunidades de informação e geração de projetos e negócios. Além disso, para os gestores de coworking espaços maiores são interessantes porque diluem custos fixos e aumentam a circulação de pessoas. Ao longo dos últimos cinco anos novos espaços foram nascendo três ou quatro vezes maiores do que os primeiros.

 

3. Coworkings temáticos

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Espaços de coworking temáticos têm a força de concentrar empreendedores, serviços, recursos e conteúdos focados em um determinado assunto. Isto cria um poderoso hub para a troca de conhecimento especializado, além de serviços e equipamentos específicos para atender a comunidade. Espaços brasileiros seguem o mesmo caminho de sucesso de exemplos como o Fashion&Tech Lab, localizado em Paris e focado em moda, e o The Game Nest, localizado em San Francisco e focado em games. Também temos visto o surgimento de muitos espaços com foco em mães e que oferecem serviço de creche para bebês, como faz o Work Around, em NYC, por exemplo.

 

4. Coworkings corporativos

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O ano de 2015 foi marcado pelo nascimento do CUBO, primeiro espaço de coworking vinculado a uma grande corporação, o Banco Itaú. Ainda no primeiro semestre de 2016 teremos a inauguração do Google Campus dando continuidade a este movimento. Acredito que nos próximos tempos veremos a abertura de diversos novos espaços vinculados ou patrocinados por grandes empresas. O que motiva as corporações a criarem estes espaços vai desde o interesse de promover inovação e oportunidades de negócios, até campanhas institucionais e interesse de impactar positivamente a sociedade.

 

5. Chegada de players internacionais

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2016 também deve ser marcado pela presença do WeWork no Brasil, maior empresa de coworking no mundo e com mais de 60 espaços espalhados em 7 países. A chegada deles será positiva para promover o conceito de espaços compartilhados e contribuirá para que novas pessoas e empresas passem a conhecer as vantagens do modelo. A Regus que, embora já tenha forte presença no Brasil com um modelo corporativo, vem sinalizando que irá investir e se modernizar, já que em 2015 adquiriu duas empresas Europeias, e é possível que expanda o modelo de coworking usando estas novas marcas.

 

* Este artigo é de autoria de Jorge Pacheco (CEO e fundador da Plug) e não representa necessariamente a opinião da revista.

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