Apesar de crise, ainda há oportunidades de carreira para engenheiros
Há vagas para especialistas em logística e vendas técnicas, áreas que otimizam custos e trazem negócios.
Quais são as posição mais demandadas pelo mercado? Quais competências ajudam os profissionais a manter o passe valorizado? Um levantamento feito com base no Guia Salarial 2017 da consultoria Robert Half e divulgado com exclusividade na VOCÊ S/A, mostra que, embora os salários não tenham tido grandes reajustes, as empresas precisam de pessoas que estão dispostas a colocar a mão na massa e usar a crise como um momento para aprender mais e assumir novas responsabilidades. A seguir, você confere o sexto dos oito setores avaliados com carreiras em alta.
6. Engenharia
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Embora a construção civil e o setor de infraestrutura, responsáveis por absorver muitos engenheiros, estejam em crise, há outras oportunidades interessantes para esses profissionais. O agronegócio é uma delas. A área, que teve um crescimento de 1,76% no PIB no primeiro semestre de 2016, continua contratando engenheiros, principalmente para atuar com soja, milho, açúcar e algodão. “Há vagas para toda a cadeia, desde o engenheiro agrônomo que cuida da plantação, passando pelo engenheiro especializado em vendas que negocia a commodity, até o profissional que faz negociações portuárias com objetivo de exportar”, diz Isis Borge, consultora da Robert Half.
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Por ter uma atuação importante na otimização de custos, a área de logística continua aquecida desde o ano passado. Só que o perfil do profissional desse setor está mudando. Agora é preciso estar alinhado às novas tecnologias (entender profundamente de sistemas e Excel conta pontos), possuir um bom nível de inglês (há mais vagas em multinacionais com estruturas matriciais) e ter um olhar estrategista (os recrutadores buscam quem entenda o todo e atue como parceiro de negócio). “Ainda existem lacunas de tecnologia na logística, então profissionais que têm esse conhecimento saem na frente”, diz Carolina Cabral, consultora da Robert Half. Com o mesmo objetivo de controle de custos, a área de melhoria contínua é outra que está em alta.
Além disso, há demanda em vendas técnicas. Como fechar negócios está difícil, é necessário ter conhecimento do produto e disposição para encontrar novos clientes. “Tem que estar disposto a passar 80% do tempo do trabalho na rua, visitando clientes. Por isso, ter disposição para viagens constantes é fundamental”, afirma Isis.
Competências essenciais
• Boa comunicação
• Habilidade de relacionamento entre áreas
• Flexibilidade
Onde há vagas
• Agronegócios
• Alimentos
• Bens de consumo – destaque para setor de cosméticos
• Tecnologia
• Indústria química
• Bens de capital
• Equipamentos médicos
Salários em alta
Gerente de planejamento
• Empresas P/M*= alta 18,6%
2016: de 8 000 a 13 500 reais
2017: de 10 000 a 15 500 reais
• Empresas G*= alta de 3,8%
2016: de 9 500 a 17 000
2017: de 10 000 a 17 500
Analista de logística
• Empresas P/M*= alta de 8,7%
2016: de 4 500 a 7 000 reais
2017: de 4 500 a 8 000 reais
• Empresas G* = alta de 11,1%
2016: de 4 500 a 9 000 reais
2017: de 5 000 a 10 000 reais
Gerente de vendas técnicas
• Empresas P/M* = alta de 2,4%
2016: de 14 000 a 27 000 reais
2017: de 15 000 a 27 000 reais
• Empresas G*= alta de 2,2%
2016: de 16 000 a 30 000 reais
2017: de 17 000 a 30 500 reais
*Divisão baseada em faturamento:
– P/M: até 500 milhões de reais;
– G: acima de 500 milhões de reais
Esta matéria foi publicada originalmente na reportagem de capa edição 218 da revista Você S/A
Você S/A | Edição 218 | Setembro de 2016