Novas carreiras vão surgir com a computação cognitiva
Nesta era em que tudo e todos estão conectados, precisamos de humanos e computadores trabalhando em conjunto para formar um único cérebro global
O incontrolável desejo humano de resolver problemas nos leva às portas da computação cognitiva. Nesse futuro cada vez mais próximo, homens e máquinas vão trabalhar juntos para resolver os problemas mais complexos do mundo. ]
A capacidade de análise e de compreensão de dados das máquinas vai nos ajudar a resolver as mais ameaçadoras epidemias, a desenvolver a cura do câncer e a encontrar uma solução para a crise hídrica. Vamos usar as máquinas para investigar crimes e organizar o trânsito.
Nem precisaremos mais dirigir os carros. Essa é a proposta da computação cognitiva, que promete eliminar vários dos problemas com que lidamos hoje. Para Thomas Malone, do MIT, não se trata de uma oportunidade de fazer coisas incrivelmente inéditas, mas de uma necessidade.
Precisamos, segundo Malone, construir um sistema operacional social. Nesta era em que tudo e todos estão conectados, precisamos de humanos e computadores trabalhando em conjunto para formar um único cérebro global.
Quem aposta forte nessa tendência é a IBM e seu supercomputador Watson. A empresa acredita que a computação cognitiva pode levar o homem a um novo nível de criatividade. Uma amostra pode ser vista no aplicativo Chef Watson with Bon Appétit, em que o computador ajuda cozinheiros amadores a combinar 9 000 ingredientes e sabores e a obter novas receitas.
Em outubro, o Twitter fechou uma parceria com a IBM para usar o Watson. A máquina vai analisar tuítes em busca de padrões de consumo e de comportamento.
Você pode participar do humanbrainproject.eu, que reúne cientistas do mundo todo para compreender o impacto dessa nova era na humanidade e nos levar a outras fronteiras do pensamento.
Ao mesmo tempo, a computação cognitiva tem o poder de eliminar muitos empregos, inclusive os mais qualificados e dependentes de raciocínio. Os mais radicais futuristas chegam a prever o fim do trabalho.
Por enquanto, o que aparecem são novas profissões baseadas em supercomputação: chief data officer, engenheiro de internet das coisas, nanomédico, ciberpolicial. São centenas de novas carreiras nascidas da combinação entre inteligência humana e digital à sua espera.
Estude para conquistar seu novo emprego. E, lembre-se, esta é a hora da computação que reúne forças, é a era da criação coletiva. É menos “eu” e mais “nós”.