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Investidores, neblina, auxílio emergencial e a compra e venda de ações

Volume de negócios na bolsa foi fraco e mostra cautela do mercado com cenário político

Por Tássia Kastner
Atualizado em 17 out 2024, 10h41 - Publicado em 16 out 2020, 19h23
 (Sydney Herron/Unsplash)
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Se você está dirigindo e de repente uma neblina te deixa completamente sem visão, o que você faz? Reduz a velocidade, eu espero. Ninguém quer se envolver em um acidente na estrada.

Algo parecido anda acontecendo na B3. O volume médio de negócios nesta sexta-feira foi de R$ 22,5 bilhões. Esse volume é 22% menor que a média do ano, de R$ 29 milhões.

Isso quer dizer que os investidores estão na defensiva e adotando a tática de, na dúvida, não fazer movimentos bruscos. Ou não fazer movimento nenhum. O volume financeiro de um pregão é quanto, em dinheiro, foi negociado na compra e venda de ações (e outros contratos também, como opções).

O problema é que para tomar uma decisão de comprar ou vender uma ação, o investidor tem que ter alguma clareza sobre a situação da companhia ou mesmo das condições da economia. E bem, sabemos, nenhuma dessas coisas anda fácil de prever.

Depois de dias com alguma paz no noticiário de Brasília, um rumor (sim) de que o governo poderia estender o pagamento do auxílio emergencial para além de dezembro (que, lembrando, já é uma prorrogação).

A fonte do boato foi da consultoria BAF, segundo o serviço Bom Dia Mercado. E não adiantou outras consultorias e analistas políticos tentarem colocar panos quentes na notícia. A bolsa brasileira ampliou a queda e fechou no menor patamar do dia: 98.309 pontos (-0,75%). Na semana, a alta foi de 1%.

O dólar avançou 0,34%, cotado a R$ 5,6435, próximo da máxima do dia. Juros futuros também voltaram a subir. 

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Relembrando: a maior preocupação do mercado financeiro no atual momento é com o descontrole de gastos públicos. Quando o governo adiou o debate sobre turbinar o Bolsa Família sob o nome de Renda Cidadã, o mercado deu o primeiro suspiro aliviado. Parecia que a neblina era um trecho curto da viagem.

Quando políticos organizaram o acordo de paz entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, as primeiras nesgas de sol indicaram que a neblina ia mesmo diminuir.

O mercado dava sinais de que poderia segurar o volante com menos força e começava a pisar no acelerador de novo. Na quarta o Ibovespa bem que flertou com os 100 mil pontos, perdidos há quase um mês.

Mas estrada serrana é assim: sinuosa e de neblina imprevisível. E imprevisibilidade leva à queda e a menos negócios. Melhor aproveitar o final de semana e descansar. 

 

MAIORES ALTAS

Braskem: 5,58%

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Suzano: 4,61%

Usiminas: 4,33%

Klabin: 3,99%

JBS: 3,57%

 

MAIORES QUEDAS 

Cogna: -4,17%

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YDUQS: -3,30%

Santander: -3,12%

Notre Dame: -3,04%

IRB: -3,00%

 

Bolsas americanas

Dow Jones: 0,39%

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S&P 500: 0,01%

Nasdaq: -0,36%

 

Petróleo

WTI: -0,20%, a US$ 40,88

Brent: -0,79%, a US$ 42,82

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