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Esta empresa conseguiu evitar que centenas de academias fossem à falência

Aulas online gratuitas, atendimento individualizado e até um banco de currículos estão entre as ações da W12, criadora da plataforma Evo

Por Camila Pati
Atualizado em 26 ago 2020, 10h00 - Publicado em 26 ago 2020, 10h00

Não seria de se estranhar que uma empresa que fornece software de gestão para academias de ginástica estivesse em apuros neste momento em que o segmento atravessa a pior crise de sua história. Mas a estratégia de relacionamento com clientes da W12, criadora da plataforma Evo, foi certeira e hoje seu presidente Paulo Akiau, comemora o retorno do faturamento e de venda de novos contratos aos patamares próximos daqueles registrados antes da pandemia. “Recebemos clientes que vieram da concorrência, pois outras empresas de software tomaram decisões muito diferentes da nossa”, disse.

A tática da empresa foi a de fornecer total apoio aos clientes desde o começo da quarentena. Assim que as academias foram obrigadas a fechar as portas, por exemplo, Paulo conseguiu liberar de graça para todos os seus 4 mil clientes mais 350 aulas e treinos online.

“Conseguimos colocar esse pacote de aulas por meio de aplicativo e, assim, nossos clientes puderam manter o relacionamento vivo com seus alunos. Com isso, muitas das academias continuaram atendendo de forma virtual e faturando”, explica.

Com um grupo de profissionais dedicado exclusivamente à negociação, a empresa apostou em um atendimento personalizado e na flexibilização dos pagamentos. “Selecionamos as pessoas mais comunicativas e fomos atendendo um por um. Desde o começo, nós entendemos que teríamos que ser o parceiro mais importante nesse momento. A gente virou um misto de empresa de tecnologia, psicólogo, pai, amigo, guru, tudo junto”, diz Paulo.

Como parte da estratégia de apoio, a empresa começou a selecionar e dividir as melhores práticas de gestão com os clientes. “Viramos um hub”, diz Paulo.  Ao longo desses meses de quarentena, a W12 organizou lives, webinares, produziu conteúdos sobre gestão de crise e relacionamento com o cliente.

Todas essas ações amenizaram os efeitos nefastos da crise evitaram que centenas de academias fechassem de vez. Mas o número de demissões no setor ainda é preocupante. Segundo levantamento da W12, podem chegar a 100 mil os profissionais de academia que perderam o emprego. Por isso, Paulo resolveu montar um banco de currículos e dá preferência ao recrutamento desses profissionais n. Na W12 há vagas na área de pré-vendas, comercial, onboarding e atendimento. A empresa não demitiu ninguém da equipe durante a pandemia e está retomando seu plano de contratações.

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Na plataforma criada pela empresa e batizada de EVO Talent é possível indicar profissionais do mercado que tiveram que ser desligados devido à crise. Segundo a W12, já foram feitas 40 indicações. As vagas  abertas na W12 são na área de pré-vendas, comercial, onboarding e atendimento. A ideia é que as próprias empresas que precisaram dispensar funcionários possam indicá-los para o banco de dados que futuramente será aberto para a concorrência.

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