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Saiba quais são as profissões mais bem remuneradas no mercado brasileiro

Médicos especialistas são os mais bem pagos, enquanto professores do ensino pré-escolar ficaram na lanterna. Profissões relacionadas à tecnologia viram seus ganhos aumentarem nos últimos dez anos. Confira a lista.

Por Luana Franzão
16 out 2024, 17h00
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 (CSA Images/Getty Images)
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e você já escolheu a sua profissão, é bem provável que esta lista só sirva ao propósito de matar a sua curiosidade. No entanto, se estiver começando agora, ou planejando uma transição de carreira, talvez possa tirar algumas ideias da lista.

Um estudo de Janaína Feijó, pesquisadora do FGV-Ibre, mostrou quais as profissões mais bem remuneradas no mercado de trabalho brasileiro, com base em microdados coletados pelo IBGE no 2° trimestre de 2023.

Segundo o instituto, o primeiro passo para ganhar melhor é se qualificar. Quanto maior o investimento na educação, maiores as chances de angariar melhores cargos. O levantamento mostrou que pessoas com o ensino superior completo ganham, em média, quatro vezes mais do que quem tem menos de um ano de estudo e duas vezes mais do que aqueles com o ensino médio completo.

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Rendimento médio do trabalho da População Ocupada (PO) por grupos de escolaridade. 2º trimestre de 2023. Brasil. (Janaína Feijó/FGV-Ibre/Divulgação)

Os mais escolarizados também têm menos chances de ficarem desempregados – apenas 3,8% das pessoas que têm ensino superior completo estão desempregadas. O número é maior em outras faixas de qualificação: 9,2% entre os que têm ensino médio completo e 13,6% entre os que não concluíram o ensino médio.

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Taxa de desemprego por grupos de escolaridade. 2º trimestre de 2023. (Janaína Feijó/FGV-Ibre/Divulgação)

Ocupações mais bem remuneradas

Este é o ranking das ocupações mais bem pagas, considerando o rendimento médio real do trabalho dos profissionais das ciências ou intelectuais com ensino superior e trabalhando no setor privado, segundo os cálculos da especialista.

  1. Médicos especialistas (R$ 18.475)
  2. Matemáticos, atuários e estatísticos (R$ 16.568)
  3. Médicos gerais (R$ 11.022)
  4. Geólogos e geofísicos (R$ 10.011)
  5. Engenheiros mecânicos (R$ 9.881)
  6. Desenvolvedores de programas e aplicativos (R$ 9.210)
  7. Engenheiros industriais e de produção (R$ 8.849)
  8. Economistas (R$ 8.645)
  9. Engenheiros eletricistas (R$ 8.422)
  10. Engenheiros de minas, metalúrgicos e afins (R$ 7.877)
  11. Engenheiros civis (R$ 7.538)
  12. Desenhistas e administradores de bases de dados (R$ 7.301)
  13. Advogados e juristas (R$ 7.237)
  14. Engenheiros químicos (R$ 7.161)
  15. Analistas de sistemas (R$ 7.005)
  16. Desenvolvedores de páginas web e multimídia (R$ 6.075)

A pesquisadora ressalta que, mesmo entre as cinco principais ocupações do ranking, houve perda no rendimento real ao longo da última década. Médicos especialistas, que lideram a lista, sofreram uma queda de 13% nos ganhos entre 2012 e 2023. Já os médicos gerais enfrentaram uma redução de 37%, enquanto os engenheiros químicos registraram a maior queda, com 52%.

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As únicas categorias da lista que registraram aumento nos rendimentos foram aquelas diretamente relacionadas à tecnologia. Desenvolvedores de programas e aplicativos ampliaram seus ganhos em 39% nos últimos dez anos, enquanto desenvolvedores de páginas web e multimídia tiveram um crescimento de 91%.

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Rendimento médio real do trabalho dos profissionais das ciências intelectuais com ensino superior e que trabalham no setor privado (ocupações mais bem pagas) (Janaína Feijó/FGV-Ibre/Divulgação)

Menores remunerações

Os profissionais das ciências ou intelectuais com ensino superior e que trabalham no setor privado com menor rendimento real, segundo a pesquisa, foram aqueles que exercem funções na área da educação. Diferentemente do anterior, esse ranking é crescente, dos menores ganhos para os maiores.

  1. Professores do ensino pré-escolar (R$ 2.285)
  2. Outros profissionais de ensino (R$ 2.554)
  3. Outros professores de artes (R$ 2.629)
  4. Físicos e astrônomos (R$ 3.000)
  5. Assistentes sociais (R$ 3.078)
  6. Bibliotecários, documentaristas e afins (R$ 3.135)
  7. Educadores para necessidades especiais (R$ 3.379)
  8. Profissionais de relações públicas (R$ 3.426)
  9. Fonoaudiólogos e logopedistas (R$ 3.485)
  10. Professores do ensino fundamental (R$ 3.554)
  11. Outros professores de música (R$ 3.578)
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Rendimento médio real do trabalho dos profissionais das ciências ou intelectuais com ensino superior e que trabalham no setor privado (ocupações com menores rendimentos) (Janaína Feijó/FGV-Ibre/Divulgação)

Assim como no topo da lista, as profissionais que ocupam as últimas posições também perderam rendimento real. A maior queda foi observada nos ganhos dos professores de artes, que perderam 45% do rendimento. Os únicos parte do ranking a verem seus lucros aumentarem foram os professores para necessidades especiais (14%) e professores de ensino fundamental (7%).

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