Saiba quais são as profissões mais bem remuneradas no mercado brasileiro
Médicos especialistas são os mais bem pagos, enquanto professores do ensino pré-escolar ficaram na lanterna. Profissões relacionadas à tecnologia viram seus ganhos aumentarem nos últimos dez anos. Confira a lista.
e você já escolheu a sua profissão, é bem provável que esta lista só sirva ao propósito de matar a sua curiosidade. No entanto, se estiver começando agora, ou planejando uma transição de carreira, talvez possa tirar algumas ideias da lista.
Um estudo de Janaína Feijó, pesquisadora do FGV-Ibre, mostrou quais as profissões mais bem remuneradas no mercado de trabalho brasileiro, com base em microdados coletados pelo IBGE no 2° trimestre de 2023.
Segundo o instituto, o primeiro passo para ganhar melhor é se qualificar. Quanto maior o investimento na educação, maiores as chances de angariar melhores cargos. O levantamento mostrou que pessoas com o ensino superior completo ganham, em média, quatro vezes mais do que quem tem menos de um ano de estudo e duas vezes mais do que aqueles com o ensino médio completo.
Os mais escolarizados também têm menos chances de ficarem desempregados – apenas 3,8% das pessoas que têm ensino superior completo estão desempregadas. O número é maior em outras faixas de qualificação: 9,2% entre os que têm ensino médio completo e 13,6% entre os que não concluíram o ensino médio.
Ocupações mais bem remuneradas
Este é o ranking das ocupações mais bem pagas, considerando o rendimento médio real do trabalho dos profissionais das ciências ou intelectuais com ensino superior e trabalhando no setor privado, segundo os cálculos da especialista.
- Médicos especialistas (R$ 18.475)
- Matemáticos, atuários e estatísticos (R$ 16.568)
- Médicos gerais (R$ 11.022)
- Geólogos e geofísicos (R$ 10.011)
- Engenheiros mecânicos (R$ 9.881)
- Desenvolvedores de programas e aplicativos (R$ 9.210)
- Engenheiros industriais e de produção (R$ 8.849)
- Economistas (R$ 8.645)
- Engenheiros eletricistas (R$ 8.422)
- Engenheiros de minas, metalúrgicos e afins (R$ 7.877)
- Engenheiros civis (R$ 7.538)
- Desenhistas e administradores de bases de dados (R$ 7.301)
- Advogados e juristas (R$ 7.237)
- Engenheiros químicos (R$ 7.161)
- Analistas de sistemas (R$ 7.005)
- Desenvolvedores de páginas web e multimídia (R$ 6.075)
A pesquisadora ressalta que, mesmo entre as cinco principais ocupações do ranking, houve perda no rendimento real ao longo da última década. Médicos especialistas, que lideram a lista, sofreram uma queda de 13% nos ganhos entre 2012 e 2023. Já os médicos gerais enfrentaram uma redução de 37%, enquanto os engenheiros químicos registraram a maior queda, com 52%.
As únicas categorias da lista que registraram aumento nos rendimentos foram aquelas diretamente relacionadas à tecnologia. Desenvolvedores de programas e aplicativos ampliaram seus ganhos em 39% nos últimos dez anos, enquanto desenvolvedores de páginas web e multimídia tiveram um crescimento de 91%.
Menores remunerações
Os profissionais das ciências ou intelectuais com ensino superior e que trabalham no setor privado com menor rendimento real, segundo a pesquisa, foram aqueles que exercem funções na área da educação. Diferentemente do anterior, esse ranking é crescente, dos menores ganhos para os maiores.
- Professores do ensino pré-escolar (R$ 2.285)
- Outros profissionais de ensino (R$ 2.554)
- Outros professores de artes (R$ 2.629)
- Físicos e astrônomos (R$ 3.000)
- Assistentes sociais (R$ 3.078)
- Bibliotecários, documentaristas e afins (R$ 3.135)
- Educadores para necessidades especiais (R$ 3.379)
- Profissionais de relações públicas (R$ 3.426)
- Fonoaudiólogos e logopedistas (R$ 3.485)
- Professores do ensino fundamental (R$ 3.554)
- Outros professores de música (R$ 3.578)
Assim como no topo da lista, as profissionais que ocupam as últimas posições também perderam rendimento real. A maior queda foi observada nos ganhos dos professores de artes, que perderam 45% do rendimento. Os únicos parte do ranking a verem seus lucros aumentarem foram os professores para necessidades especiais (14%) e professores de ensino fundamental (7%).