Nova isenção do IR: entenda como ela impacta sua renda
Se aprovada pelo Senado, proposta deve beneficiar mais de 16 milhões de pessoas a partir de janeiro de 2026.

Na noite desta quarta-feira (1º), a Câmara dos Deputados aprovou, em uma votação unânime, a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com renda de até R$ 5 mil mensais e desconto para quem tem ganhos de até R$ 7.350. Atualmente, já são isentos os contribuintes que recebem mensalmente R$ 3.036. A proposta, agora seguirá para análise do Senado Federal e, se aprovada, deve beneficiar mais de 16 milhões de pessoas a partir de 1º de janeiro de 2026, segundo informações do governo.
A seguir, entenda como as novas regras impactam quem ganha:
Até R$ 5 mil por mês
De acordo com o projeto de Lei (PL) 1.087/2025, contribuintes com essa renda terão uma redução de até R$ 312,89 mensais. Desse modo, o imposto devido será zerado.
A partir de R$ 5.000,01 até R$ 7.350
Aqui, o desconto segue a fórmula R$ 978,62 – (0,133145 x rendimentos tributáveis mensais) e sofre uma diminuição progressiva. Ou seja, quanto maior a renda, menor a dedução. Ao aplicar a fórmula a um salário de R$ 5.400, por exemplo, chegamos a um desconto de R$ 259,63. Já no caso de um pagamento mensal de R$ 7.200, o valor descontado é de apenas R$ 19,97.
Acima de R$ 7.350
Não há redução no imposto para esses contribuintes.
As reduções também serão aplicadas ao pagamento do 13º salário. Mas, no caso da declaração do Imposto de Renda, as mudanças só passarão a valer a partir de 2027, uma vez que o acerto de contas com o Leão no ano que vem é referente ao ano-base de 2025.
Tributação para mais ricos
Numa tentativa de equilibrar a arrecadação, a proposta também prevê um IRPF mínimo para pessoas com rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil (ou a partir de R$ 50 mil mensais). Nesse caso, a alíquota seguirá os seguintes critérios:
- Para quem ganha entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão por ano, o percentual poderá chegar até 10%, conforme o cálculo: Alíquota % = (REND/60000) – 10;
- Já nos rendimentos equivalentes a R$ 1,2 milhão ou mais, a alíquota está fixada em 10%.
O Ministério da Fazenda estima que a medida atinja cerca de 140 mil pessoas. Contudo, ela não será aplicada a quem já paga a alíquota máxima do Imposto de Renda, de 27,5%.