Índice Big Mac: veja a versão atualizada do ranking
O Big Mac Index é um ranking bem-humorado que busca medir a valorização das moedas de vários países em relação ao dólar. Quanto menor o preço em US$, mais depauperada está a moeda. Veja onde o real entra nessa brincadeira.
A cada seis meses, a Economist coleta o preço do Big Mac em diversos países. O sanduíche, quase onipresente na alimentação mundial, é produzido com os mesmos ingredientes, da mesma forma, em todo lugar. Portanto, ele deveria custar o mesmo valor sempre que convertido para dólares.
Não é esse o caso, pois sempre haverá o efeito do câmbio. Comparando o preço do Big Mac de um determinado país com o valor em dólar, nos EUA, é possível medir a valorização de cada moeda: quanto mais barato o produto estiver, mais desvalorizada ela está em relação ao dinheiro verde.
Os dados mais recentes do índice, divulgados em junho, mostram que o real estava 13,7% desvalorizado em relação ao dólar.
O lanche custava R$ 22,90, em média, por aqui. Dava US$ 4,81 pelo câmbio de junho. Nos EUA, ele custa US$ 5,58. Para que o sanduíche saísse a US$ 5,58 por aqui, o dólar deveria estar a R$ 4,10, contra os R$ 4,76 medidos na ocasião. Ou seja: R$ 4,10 seria o “câmbio justo” do real.
Nos últimos quatro anos, o lanche está mais barato por aqui do que nos EUA.
Como o peso argentino foi parar no topo do ranking?
Em junho, um Big Mac custava US$ 5,58 nos Estados Unidos e 1.650 pesos na Argentina. A Economist usou como referência a cotação oficial de então, a 275,2 pesos por dólar. Deu US$ 5,99 – com o peso aparecendo como uma moeda sobrevalorizada. Acontece que o câmbio oficial não reflete a realidade do peso. O que vale por lá é a cotação no câmbio paralelo, que era de 503 pesos por dólar ao final de junho. Isso coloca o preço do Big Mac em US$ 3,28 — mostrando que o peso estava, na verdade, desvalorizado em 41,2%.