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Entenda como funciona o novo cartão de crédito e débito para MEIs

Apesar de representar uma alternativa interessante para alavancar o seu negócio, especialistas alertam para a armadilha do endividamento. Confira.

Por Luana Franzão
Atualizado em 23 set 2024, 12h12 - Publicado em 23 set 2024, 12h00
A imagem mostra um design de cartão de crédito para Microempreendedor Individual (MEI) com predominância de cor azul. À esquerda, há o logotipo do MEI e à direita, informações fictícias do titular "Bruno P. Siqueira", incluindo número do cartão, data de validade, e códigos de segurança. O cartão inclui também logotipos de sistemas de pagamento como Elo, Discover, Diners Club International e Pulse.
 (Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte/Divulgação)
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governo anunciou o lançamento de um cartão de débito e crédito para microempreendedores Individuais, que estampará o novo logo MEI e um QR Code que dá direto no Portal do Empreendedor.

A ideia do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte com o projeto é incentivar a formalização de novos negócios, facilitar operações comerciais e contribuir para a sustentabilidade dos pequenos negócios.

Entre os benefícios do cartão que já foram anunciados estão a anuidade zero, o parcelamento da fatura e das compras, ferramentas que centralizam o pagamento de compras e boletos, o que ajuda a promover maior facilidade do controle financeiro e fluxo de caixa – para empresas que, em geral, precisam de um empurrãozinho nessa área no começo.

Quem aderir ao cartão, também terá acesso à Liga PJ, um portal gratuito repleto de conteúdos de capacitação: um instrumento valioso para desenvolver competências de gestão e te ajudar a esquentar os motores da sua empresa.

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Os empreendedores que tiverem interesse também ganharão acesso ao Universo Ourocard, site onde podem ganhar prêmios participando de jogos e desafios.

Até o momento, só quem pode emitir o cartão MEI é o Banco do Brasil, mas o Ministério deixou claro que outras instituições financeiras também terão essa possibilidade em breve.

Tudo muito bom, tudo muito bem. No entanto, como sempre na vida, é recomendada a prudência. Murillo Torelli, professor de Ciências Contábeis da Universidade Presbiteriana Mackenzie, lembra que a responsabilidade financeira continua sendo o elemento principal para essa equação dar certo.

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Para onde pende a balança?

Por um lado, a iniciativa é positiva aos olhos do especialista, afinal facilita acesso ao crédito para quem mais precisa. Ainda por cima, levando em consideração que os MEIs têm assumido um papel cada vez mais importante na economia brasileira.

Segundo dados fornecidos pelo ministro Márcio França, líder da pasta com um enorme nome que já foi citado anteriormente, MEIs, MEs e EPPs representam 27% do PIB nacional, equivale a 99% dos CNPJs do país e geram 6 a cada 10 empregos criados no Brasil.

Olhando por outra perspectiva, é preciso ter cuidado. Torelli chama atenção para o fato de que a pasta não divulgou as taxas de juros que serão aplicadas nos parcelamentos feitos com o cartão. Se o crédito não for usado de forma estratégica, vira uma armadilha.

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Se mal gerido, o crédito pode piorar a situação financeira não somente do seu CNPJ, como do seu CPF também. O professor recomenda responsabilidade: use o recurso para alavancar o seu negócio e não como uma solução para resolver problemas financeiros imediatos.

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