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65% da Geração Z já se sentiu incompreendida no trabalho

Afinal, o que a nova remessa de profissionais quer de um emprego? É a pergunta do milhão que uma nova pesquisa da Udemy tenta responder.

Por Luana Franzão
23 out 2024, 12h02
A imagem mostra uma mulher de costas sentada à mesa, olhando para a tela de um laptop. Ela está com os braços apoiados nas pernas dobradas. A cena parece ser em um ambiente fechado, com plantas ao fundo.
 (Sehajpal Singh/Unsplash)
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entar decifrar a nova geração que está entrando no mercado de trabalho é a bola da vez. São mais individualistas, rápidos, desapegados ou desinteressados? São alguns dos adjetivos que já foram atribuídos à Geração Z desde que ela começou a frequentar os escritórios.

A Udemy, plataforma de educação online, quis responder algumas perguntas comuns de quem procura compreender os trabalhadores mais jovens. Vamos aos insights que conseguiram.

Geração por geração

Antes, vamos definir de quem estamos falando quando usamos cada termo. A Udemy definiu os seguintes critérios:

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  • Pertence à Geração Z quem nasceu entre 1997 e 2012, ou seja, quem tem hoje entre 12 e 27 anos;
  • É Millennial quem nasceu entre 1981 e 1996, ou seja, quem tem entre 28 e 43 anos;
  • Pertence à Geração X quem nasceu entre 1965 e 1980, ou seja, quem tem entre 44 e 58 anos.

Você já pode ter visto critérios diferentes para defini-las em outros lugares, mas, por ora, essa é que deve considerar ao ler esta matéria.

A geração incompreendida

Como é natural de todos os jovens, os “genZers” se sentem pouco compreendidos pelos mais velhos. Ah, se não é a boa e velha roda-viva em movimento.

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Segundo o levantamento da Udemy, 65% dos membros da Geração Z que estão no mercado de trabalho já se sentiram incompreendidos no escritório.

Com novas ideias e vontades, os mais novos costumam ser vistos como rebeldes pelos mais velhos, desde que o mundo é mundo. Caso discorde, é só dar uma ouvidinha na canção Velha Roupa Colorida, do Belchior. Lá em 1976 ele já dizia que precisávamos rejuvenescer.

A maioria dos participantes do estudo atribuiu esse ruído a diferenças na comunicação entre as idades. 

Já apontados como teimosos por gerações mais velhas, os Zs dizem querer chegar ao meio-termo. Eles acreditam que os três fatores mais importantes para uma comunicação eficaz são:

  • Aceitação de feedback e disposição para ajustar o estilo (59%);
  • Reconhecimento e respeito por diferentes preferências de comunicação (56%);
  • Orientação clara sobre práticas de comunicação nas organizações (51%).

Influências e aprendizados

A Geração Z afirma se inspirar mais em líderes sêniores e em seus gerentes diretos do que em seus pares (55%). Além disso, eles desejam sentir-se mais valorizados por esses chefes. Quando questionados sobre o que os faria sentir-se mais reconhecidos pela liderança, as respostas mais citadas pelos jovens entrevistados foram:

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  • Investimento no crescimento e desenvolvimento profissional do funcionário (49%);
  • Políticas que promovem o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, como horários flexíveis ou opções de trabalhos remotos (42%);
  • Ênfase no bem-estar do funcionário e apoio à saúde mental (38%).

A preparação para as demandas do mercado foi um dos itens abordados na pesquisa. As réplicas mostraram que 93% da nova safra se sente preparada em algum nível para as exigências dos empregos, mas apenas 35% se sente muito ou extremamente preparada.

Ainda os pupilos opinaram nas habilidades que acreditam ser essenciais na força de trabalho nos próximo cinco anos. 36% citaram a programação, 30% a inteligência artificial, 30% a comunicação, 26% o pensamento crítico e a solução de problemas e 22% a criatividade e a inovação.

Programação, inteligência artificial, comunicação, pensamento crítico e inovação são as habilidades do presente para a Gen Z

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Em casa ou no escritório

Apesar de ser conhecida como a geração da tecnologia, a maior parte dos respondentes Gen Z prefere reuniões presenciais a videoconferências – 58% privilegia os encontros em carne e osso.

Reuniões presenciais, videoconferências, e-mails e plataformas de mensagens, ficaram na frente de ligações telefônicas, que foi o veículo menos preferido de comunicação pelas três gerações estudadas.

No fim, a fome é a mesma

As três gerações apontaram motivações semelhantes, com distribuições diferentes nas respostas. Finalmente, as três gerações priorizam:

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  • Alcançar crescimento pessoal e auto aprimoramento;
  • Aumentar o potencial de ganho;
  • Interesse pessoal no assunto;
  • . Prazer em aprender algo novo;
  • Manter a competitividade no emprego ou no setor.

A Gen Z, no entanto, é mais motivada pelo crescimento pessoal (61%) em relação às outras.

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