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Quiet quitting: a resposta da geração Z ao burnout

A “demissão silenciosa” não tem a ver com demissão, mas com a ideia de que não vale a pena se esforçar demais no trabalho. Veja os motivos.

Por Tássia Kastner
Atualizado em 9 set 2022, 08h35 - Publicado em 6 set 2022, 18h46

Sabe aquele colega de trabalho que jamais se voluntaria para uma nova tarefa e nunca oferece ajuda? Antes ele era o “braço curto”. Hoje dá para dizer que ele aderiu ao quiet quitting.

Apesar do nome, que significa “demissão silenciosa”, quiet quitting não tem nada a ver com pedir demissão de fato. Tampouco é um fenômeno silencioso. A geração Z (aqueles que nasceram a partir de 1995) acabou de chegar ao mercado de trabalho – e não viu grandes vantagens em se matar de trabalhar.

Então muitos começaram a gravar vídeos no TikTok defendendo por que eles estavam determinados a trabalhar apenas para o que foram contratados. No fim do dia, sobraria energia extra para outras coisas da vida, que não o trabalho. Um desses vídeos viralizou e a tag furou a bolha jovem. O auge das buscas no Google ocorreu no final de agosto.

E gerou um flá-flu entre os que defendem a mudança de comportamento e aqueles que acreditam que é preciso dar o máximo de si no trabalho.

De qualquer forma, o fenômeno está ligado a uma redução no engajamento dos trabalhadores. Uma pesquisa da consultoria americana Gallup mostrou que 33% dos americanos não são engajados ao que fazem em troca de salário. Cumprem as horas para as quais foram pagos, fazem o mínimo possível e só. 

Não importa a idade: todo mundo busca um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional. A diferença é que os Millennials – e os GenZ que estão chegando agora – têm menos razões para pender a balança para o lado do trabalho. Apesar de terem estudado mais, ganham 20% menos para o mesmo período de experiência dos trabalhadores que vieram antes. E eles também são os mais afetados pelo burnout, o estado de exaustão completa causado pelo trabalho. Aí aquela hora extra não parece compensar mesmo. 

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