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Patrícia Maldonado

Por VOCÊ S/A
Jornalista, trabalha com TV há 24 anos. Passou por Globo/SporTV, Record e Band. Ministra o curso "Perca o medo da câmera". @patriciamaldonado
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Falar corretamente é obrigatório (também) nas redes sociais

Escorregar no português pode colocar tudo a perder nos seus vídeos. Veja os erros mais comuns.

Por Patrícia Maldonado
Atualizado em 27 dez 2021, 17h09 - Publicado em 27 dez 2021, 17h08
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 (Yagi Studio/Getty Images)
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Se você quer gravar vídeos para redes sociais para vender seus produtos, serviços ou a sua imagem como influenciador (a) e não domina o português, comete erros ao conjugar verbos ou vacila na hora de falar palavras no plural…é bom trabalhar isso urgentemente: erros no idioma não são permitidos nunca. E podem colocar tudo a perder.

Não importa o seu ramo, sua idade, nem o que você pretende divulgar: em todos os casos uma das qualidades que a audiência busca é credibilidade. Alguém que fala errado, de cara, já perde pontos nesse aspecto. Se o erro estiver no início do vídeo então, já era.

Já falei aqui na coluna que os segundos iniciais de um vídeo são os mais importantes para prender a atenção da audiência, lembra? Pois é… um erro no comecinho e adeus seguidor ou possível cliente/contratante.

“Ah, mas é meu jeito de falar”, muitos vão dizer. Pois então é hora de mudar esse jeito. É hora de trabalhar. É hora de estudar, se for o caso. Falando nisso, uma ótima maneira de treinar o português é lendo. Ler livros, conteúdos de qualidade. Obras de autores que tragam conhecimento, não apenas entretenimento. Você pode escolher ler jornais, revistas, sites. Mas, por favor, escolha bem esse material porque, caso contrário, o tiro vai sair pela culatra – e você vai perder seu tempo em vez de ganhar cultura.

Espero que depois desse texto você vá atrás de conhecimento mas, para te dar uma mãozinha agora mesmo, separei abaixo os cinco erros mais comuns que as pessoas cometem ao falar português e que você não pode cometer nunca mais, combinado?

 

Erro número 1

Vou estar mostrando/Vou mostrar

Na linguagem falada, o uso incorreto do gerúndio nunca foi uma novidade. Quebre essa tradição e nunca diga ”vou estar apresentando”, ou ”vou estar mostrando” na introdução do seu vídeo, pois essas expressões passam a ideia de continuidade.

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Se você está se referindo a uma ação futura, fica muito mais fácil dizer ”vou mostrar” e ”vou apresentar”, não é mesmo?

Erro número 2

Há muitos anos atrás/Há muitos anos

Já parou para pensar que dizer “há muitos anos atrás” soa redundante? Afinal, as expressões “há muitos anos” e “muitos anos atrás” possuem o mesmo significado.

Portanto, se você quer falar algo na sua gravação algo como “há duas semanas atrás, eu fiz um vídeo sobre esse assunto”, escolha qual modelo você quer priorizar. Você pode dizer “há duas semanas, eu fiz um vídeo sobre esse assunto” ou “duas semanas atrás, eu fiz um vídeo sobre esse assunto”, mas não deve incluir as duas palavras (‘há’ e ‘atrás’) juntas.

Erro número 3

Faz/Fazem

Ao se referir ao passado, muita gente gosta de dizer que ”fazem dois anos que cheguei nessa cidade” ou ”fazem quatro meses que trabalho aqui”. Está errado.

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Sempre que nos referimos ao tempo decorrido, é preciso lembrar de que o verbo ”fazer” é impessoal. Isso significa que só será usado no singular: ”faz dois anos que moro nessa casa” ou ”faz um mês que me mudei”.

Apenas nos outros sentidos, é considerado correto concordar o verbo com o sujeito (exemplo: ‘elas fizeram nosso almoço’).

Erro número 4

Aonde / Onde

A palavra ”aonde” é usada em orações que incluem movimento, como: ”aonde você vai me levar agora?” (quem leva, se desloca para algum lugar).

O ”onde”, por outro lado, é usado para o restante das situações que não incluem movimento (exemplo: ‘não sei onde ela mora’).

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Pode-se dizer, resumidamente, que ”aonde” se refere ao local que alguém (ou algo) vai enquanto ”onde” indica o lugar onde alguém (ou alguma coisa) está.

Erro número 5

Mim/Eu

Um dos equívocos mais comuns é usar o ”mim” para se refereir à pratica de uma ação (exemplo: “tinha muita coisa para mim fazer quando cheguei em casa”). Lembre-se que ”mim” não conjuga verbos. O certo é ”para eu fazer”.

O domínio do idioma também ajuda (ou atrapalha) na hora de passar autoridade sobre o assunto. Estudos mostram que pessoas que terminam frases com “né”, “tá”, “ok” e outras palavrinhas do tipo, passam uma imagem de insegurança e falta de conhecimento sobre o assunto, sabia? Portanto, nada de usar essas muletas se quiser mostrar que sabe do que está falando.

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