Profissões que se sobrepõem
Num cenário que opera com múltiplas possibilidades, os executivos precisam estar aptos a assumir mais que uma função.

Durante décadas, nos ensinaram a seguir carreiras como quem sobe uma escada: um degrau de cada vez, rumo a um topo previsível. Mas o futuro não é mais linear. Ele é quântico. Com a chegada da computação quântica, não são só os dados que entram em estado de superposição. As carreiras também são.
É o físico que vira artista de IA. O analista que simula futuros. O executivo que precisa entender de partículas, ética e probabilidades… As caixinhas do organograma já não comportam a fluidez que vem por aí.
Porque quando os sistemas operam com múltiplas possibilidades ao mesmo tempo, quem opera os sistemas também precisa aprender a existir em mais de uma função, mais de uma lógica, mais de uma verdade.
O problema é que o mercado ainda recruta por cargo. Treina por função. Promove por estabilidade.
Você sabe lidar com o “talvez”?
Mas a computação quântica não premia a estabilidade. Ela exige ambiguidade. É a ciência de quem sabe lidar com o talvez. E a liderança que vai prosperar nesse novo tempo não é a que domina uma área. É a que navega entre áreas.
As profissões do futuro não cabem mais nos títulos do LinkedIn. Serão feitas de fragmentos, de transições, de múltiplas versões de si. Não é a lógica da formação, é a lógica da transformação.
E no epicentro disso tudo está uma pergunta: você está pronto para trabalhar com o que ainda não existe?
Porque as oportunidades que estão por vir não vão chegar com escopo definido. Vão chegar com o convite para reimaginar o próprio papel que você achava que já conhecia.