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Marco Marcelino

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CEO da Serinews Intelligence Service. Especialista em inteligência de dados voltada a estratégias de marketing e metodologias multiplataformas em comunicação.

O tempo que escolhemos não usar

Focar no urgente em vez de atuar no que é essencial para o trabalho significa desperdiçar os superpoderes que a tecnologia tem nos dado.

Por Marco Marcelino
13 jun 2025, 18h00
Close-up de uso de telefone celular em fundo holográfico.
 (Qi Yang/Getty Images)
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S

im, nós ganhamos superpoderes. A tecnologia nos deu velocidade, informação, alcance. Mas o que fizemos com isso? Aprendemos a nos esconder melhor. Aprendemos a chamar distração de produtividade, e improviso de prioridade. Nos tornamos mestres em justificar. Em dizer que estamos no caminho, mesmo quando estamos parados. Ou andando em círculos.

Estamos, talvez, desperdiçando o recurso mais caro do Universo, o tempo. E o mais cruel é que sabemos disso. Sabemos que ele não volta, não pausa, não tem desconto. E, mesmo assim, trocamos o essencial pelo urgente, o profundo pelo superficial, o compromisso pelo pretexto. A produtividade virou uma ilusão vestida de reunião. A entrega, uma promessa adiada com emojis e áudios de dois minutos. Enquanto isso, do outro lado do mundo, há alguém obcecado em fazer melhor. Mais rápido. Mais barato. Mais consistente. 

E nós? Nos agarramos à ideia confortável de que somos únicos. De que temos valor só por existir. De que nossa utilidade é eterna.

Mas a conta chega. E dói. A angústia se acumula quando percebemos que, na soma dos dias, entregamos muito menos do que prometemos. Esse ano seria diferente. Mas não foi. Segunda começamos. Terça desistimos. Quarta apareceu uma urgência. Quinta, um convite. Sexta já era. E assim seguimos, adiando nossos próprios sonhos, sabotando as conquistas que fingimos perseguir.

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A pergunta que fica tem o reflexo claro de um espelho limpo: quem estamos enganando? 

A angústia se acumula quando percebemos que, na soma dos dias, entregamos muito menos do que prometemos.

Os outros, talvez. Nós mesmos, certamente. E os nossos sonhos? Estão mais perto ou mais distantes depois de mais um dia perdido resolvendo o probleminha de alguém. Até quando? Até quando vamos usar nossos superpoderes para fugir em vez de transformar?

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Aproveite seu dia. Esse é um tempo que nem o Super-Homem, girando a Terra no sentido contrário, poderá recuperar. Pelo menos para você.

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