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Quando eu devo aceitar uma contraproposta?

Sair ou ficar em um emprego? É difícil saber o que fazer quando há uma proposta de retenção. A principal dica é refletir sobre os motivos que te fizeram querer se movimentar em primeiro lugar. Confira outras.

Por Luana Franzão
Atualizado em 16 out 2024, 10h13 - Publicado em 11 out 2024, 08h00
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 (Maria Laura Farinha/VOCÊ S/A)
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epois de entrevistas, expectativas e ligações, você conquistou uma vaga em uma empresa. O próximo passo é se preparar e comunicar aos líderes e pares a decisão de deixar a companhia. Depois do aviso geral, uma réplica: querem que você fique.

Chega a contraproposta. Salário maior, mais benefícios ou aquela promoção que você esperou por muito tempo. Parece o cenário dos sonhos, mas nem sempre é. Destrinchamos aqui o que você deve analisar antes de aceitar ficar em um lugar do qual planejava sair.

Relembre os motivos pelos quais você queria sair

Especialista em recolocação estratégica no mercado de trabalho, Margareth Machado lembra que, nessas horas, é fácil esquecer dos motivos que fizeram você olhar para o mercado de trabalho e procurar uma nova oportunidade. A primeira coisa a se pensar é: por que eu não queria mais estar aqui?

Se a insatisfação com a empresa atual é oriunda ao cargo, salário, benefícios ou outras coisas que podem ser negociadas na contraproposta, a oferta da empresa pode ser atrativa.

Entretanto, se o que te desagrada são fatores como o ambiente de trabalho, perfil da liderança ou falta de desafios, o buraco é mais embaixo. Essas são coisas que não vão desaparecer só porque você demonstrou vontade de deixar a companhia. É provável que, em algum tempo, volte a sentir aquilo que te desanimou no passado.

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Talvez, a vontade de experimentar um novo ambiente de trabalho, com novos colegas e tarefas, seja mais relevante para a sua satisfação no longo prazo do que um salário um pouquinho maior. Vai de cada um.

Machado resume em três pontos as principais reflexões a serem feitas durante a negociação:

  • Lembre-se dos fatores que te fizeram buscar outra oportunidade;
  • Verifique se a empresa está interessada e disposta a fazer mudanças com o objetivo de retê-lo;
  • Para que as promessas não fiquem somente no discurso, combine prazos com o gestor para que os itens da proposta sejam cumpridos.

Joia da coroa

É comum no mundo das empresas a concepção de que um profissional se torna mais valioso para uma companhia uma vez que esta percebe que ele é requisitado pelo mercado.

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A resposta para essa questão, assim como para muitas outras, é “depende”. Não há garantias de que a tentativa de saída fará brilhar os olhos dos líderes. Machado recomenda analisar como a empresa lidou com casos semelhantes anteriormente, antes de apresentar propostas de concorrentes.

Se a empresa tem o costume de “tentar segurar seus profissionais”, pode ser uma boa ideia negociar. Se não há precedentes nesse sentido, o mais prudente é assumir que um pedido de saída seria definitivo.

Vulnerabilidade

Esta é uma das dúvidas que podem surgir na negociação: uma vez demonstrado o interesse em sair da empresa, ela pode me considerar um “elo fraco”? Na hipótese da necessidade de um corte, serei o primeiro da lista – já que foi demonstrado uma vontade de deixar a companhia?

Não necessariamente aceitar uma proposta de retenção te colocará em uma situação vulnerável dentro da empresa.  Machado considera que uma negociação bem feita no momento da contraproposta deve mitigar o perigo de futuros conflitos.

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“Se a contraproposta for feita de maneira estruturada, usando argumentos sólidos – em que tanto a empresa, quanto o colaborador, entendem os benefícios da parceria –, não deve haver fragilidade”, explica. “Ambos tomaram essa decisão [de ficar] de maneira consciente, e desejando manter o vínculo. Supõe-se que os dois lados entendem que a parceria traz frutos”.

Ou vai, ou racha: como decidir

Primeiro, avalie se o contexto interno da empresa atual é favorável para o que você deseja para a sua carreira – sobretudo no médio e longo prazo. Possibilidades de subir a escadinha da empresa, participação em cases relevantes, mudança de cargo e melhorias no salário e benefícios, por exemplo. 

Depois, analise se o ambiente de trabalho é fértil para sua evolução. Reflita sobre sua relação com a liderança e colegas de trabalho e as oportunidades de desenvolvimento que o cargo proporciona.

Uma ideia prática é fazer uma lista de prós e contras (não só na sua mente, no papel mesmo). Colocando na balança, a escolha certa é que faz mais sentido para você.

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