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O que é o “halving” do bitcoin?

A cada dez minutos, em média, um bloco de bitcoins é minerado. Mas de quatro em quatro anos, a quantia de criptomoedas em cada bloco diminui. Entenda.

Por Alexandre Versignassi
17 set 2021, 05h02

Existe uma quantidade limitada de bitcoins no planeta – da mesma forma que existe uma quantidade limitada de reais ou de dólares. A quantidade de reais ou de dólares cresce todos os dias, conforme os Bancos Centrais vão produzindo mais dinheiro para emprestar aos bancos normais.

O bitcoin, porém, não tem Banco Central. Trata-se de uma rede automatizada, feita para emular a extração de ouro. Ouro, você não “produz” do nada, como os BCs fazem com dinheiro. Ouro, você minera. Bitcoin também.

Satochi Nakamoto, que criou a coisa em 2009, “enterrou” 21 milhões de unidades de bitcoin num sistema inviolável. Para tirar (minerar) bitcoins ali, você precisa ligar o seu computador ao sistema e colocá-lo para resolver problemas matemáticos. Resolveu alguns problemas, o sistema te dá algumas frações de bitcoin em troca. Quanto mais mineradores se conectam ao sistema, mais difíceis ficam os problemas.

Em poucos anos, com zilhões de supercomputadores dedicados à mineração, eles ficaram tão complexos que se tornou inútil usar um PC doméstico. Bom, o sistema paga hoje 6,25 bitcoins para toda essa rede global de supercomputadores cada vez que ela resolve um “bloco”, uma sequência específica de problemas. E cada máquina recebe um teco dessa criptograna.

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Isso acontece, em média, uma vez a cada 10 minutos. Essa quantidade liberada por bloco, porém, diminui pela metade de quatro em quatro anos. Entre 2016 e 2020 dava para tirar 12,5 bitcoins por bloco. Hoje são os 6,25. A partir de 2024, será só a metade disso, 3,15. Isso é o halving (de half, “metade”). 18,8 milhões de bitcoin já foram minerados. Por conta do halving, o último dos 21 milhões de bitcoin só será desenterrado em 2140.

 

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