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Fábio Cassettari

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Fábio Cassettari é Sócio-Diretor da Career Group e há 15 anos lidera programas de outplacement, conectando talentos a oportunidades.

O que sua empresa quer com a inteligência artificial?

Negócios do mundo inteiro exibem soluções de IA em seus slides, mas ainda patinam em uma pergunta simples: para que, exatamente, vão usá-la?

Por Fábio Cassettari
29 nov 2025, 08h00
Imagem gerada digitalmente de uma mão atravessando um portal e tocando uma mão robótica.
 (Andriy Onufriyenko/Getty Images)
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Hoje todo mundo fala de IA, mas poucos conseguem explicar com clareza o que, na prática, querem mudar com ela. A tecnologia aparece como promessa de futuro, mas muitas vezes a conversa termina em mais um piloto tímido que não mexe em nada importante.

Essa contradição ficou ainda mais evidente no encontro global da OI Global Partners, rede internacional de consultorias de carreira e outplacement. Acabei de voltar da edição deste ano, em Lyon, na França, que reuniu empresas que, assim como a Career Group, vivem de apoiar profissionais em momentos de mudança de trabalho.

Em praticamente todas as apresentações havia algum projeto de IA para mostrar: agentes, automações, plataformas proprietárias, robôs que escrevem, fazem triagem de currículos, montam relatórios. Se alguém tirasse o logo dos slides, muita coisa ia ficar parecida demais. A sensação era clara: as ferramentas se igualam rápido; o que começa a fazer diferença é a forma como cada empresa usa essa tecnologia no dia a dia.

Enquanto uma parte do mercado ainda enxerga IA principalmente como uma forma de cortar custo e enxugar estrutura, outra começa a olhar por um ângulo diferente. Em vez de perguntar “quanto isso economiza”, a pergunta passa a ser “que experiência nova isso permite criar”. É assim que prefiro encarar o tema: IA como ponte para encantar pessoas, acelerar resultados e transformar a experiência de carreira, não apenas como atalho para apertar mais um pouco as equipes.

Falta clareza de uso

Na Career Group, uma pesquisa recente sobre IA e carreira deixou isso bem evidente. 73% dos profissionais dizem estar estudando ou aprendendo a usar IA. Só que apenas 28% aplicam o que sabem de forma consistente no dia a dia. No evento em Lyon, em mercados considerados mais avançados, o cenário não era tão diferente. Não falta ferramenta, curso, tutorial. O que falta, na maioria dos casos, é propósito, coragem e clareza de uso.

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Na carreira de quem está lendo este texto, a lógica não é muito diferente. Em pouco tempo, quase todo profissional minimamente atualizado vai saber pedir coisas básicas para a IA, gerar um texto, montar uma apresentação, organizar uma planilha. Isso vira “nota de corte”. O diferencial real tende a aparecer em outro lugar: na capacidade de usar essas mesmas ferramentas para encantar clientes, lideranças e colegas, entregar algo mais claro do que o esperado, antecipar dúvidas, tornar a jornada do outro mais simples em um momento complexo. Não é só o quanto você domina o prompt, é o quanto você transforma esse domínio em confiança do outro no seu trabalho.

Talvez a pergunta mais importante para a sua carreira não seja “qual IA é a mais poderosa do mercado”, e sim “o que as pessoas sentem quando interagem com algo que eu construí com ajuda da IA”. Profissionais que usam tecnologia apenas para fazer mais do mesmo, mais rápido, tendem a ser facilmente substituíveis. Já aqueles que usam a IA para ouvir melhor, propor soluções mais inteligentes, comunicar com mais empatia e criar experiências que marcam positivamente o cliente e o chefe seguem relevantes, mesmo em um ambiente cada vez mais automatizado. No fim, a vantagem competitiva continua menos na máquina e mais em quem sabe colocar humanidade por trás do que a máquina é capaz de entregar.

A vantagem competitiva do futuro continua sendo, no centro de tudo, profundamente humana.

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