Anástrofe, barbarismo e mais 4 recursos da língua para usar (ou não)
Professor Diogo Arrais cita recursos de linguagem para tornar a comunicação mais criativa e os cuidados na hora de usá-los
Sabia que é possível pensar de maneira mais criativa, sobre o uso da Língua Portuguesa, no dia a dia corporativo? Separei abaixo seis recursos:
ANÁSTROFE
É simplesmente a conhecida Inversão, recurso presente em nosso Hino Nacional: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas, de um povo heroico o brado retumbante”. Sem quaisquer inversões: “As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico”.
Em e-mail, essas inversões podem enfatizar uma informação.
BARBARISMO
Representa qualquer desvio de pronúncia, grafia ou forma gramatical. Dizer, por exemplo, “pégada” em vez de “peGAda”.
Sempre que possível, atente-se muito bem à pronúncia.
CACOFONIA
Expressão de som estranho. Em alguns casos, a reprodução de sentido obsceno, ridículo. Exemplo: “Seu time nunca marCA GOL?”
Tenha muito cuidado com a cacofonia. A expressão “como”, por exemplo, pode criar, em muitos momentos, frases deselegantes.
CATACRESE
Famosa metáfora popular e/ou substantivação popular. Toma emprestado um termo já existente e lhe dá um novo sentido. Exemplos diversos: asa da xícara, boca do estômago, dente de alho, batata da perna.
Na Fala, esses recursos visuais geram uma palestra muito mais interessante.
EUFEMISMO
Recurso também chamado de suavização ideológica: “faltar com a verdade” em vez de “mentir”; “partir desta para uma melhor” em vez de “morrer”.
O eufemismo é um excelente recurso para aumentar a criatividade vocabular.
HIPÉRBOLE
Já a hipérbole constitui o exagero ideológico, como em “ficar careca de tanto estudar”, “morrer de ansiedade”, “corri todo o mundo hoje” etc.
Hipérboles podem tornar o discurso cansativo, pois os exageros podem não revelar o que se passa, de fato, em uma situação. Por isso, é usar a sensatez na hora de criar um texto.
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